CAPÍTULO 6

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Annabel permaneceu onde estava, mal conseguindo se mover. Estava abismada pelo que acabara de ouvir. Como a filha de daquele duque havia desaparecido? E por que ele tinha o mesmo sobrenome que o dela? Constantin a observava sem conseguir entender a situação.

- Conde de Auttenberg? E sua filha desaparecida? - Constantin se questionou. - Essa notícia não lhe trouxe nenhuma lembrança, Annabel?

- Eu não sei, eu... - As palavras sumiram de sua boca. Se aquele fosse seu pai, ela estaria a um passo de encontrar sua família. Emocionada, as lágrimas começaram a escorrer dos seus olhos.

- Por favor, não chore. - Constantin a consolou, enquanto pegava seu queixo delicadamente.

- Se eu sou a filha desse conde, como eu fui parar naquele lugar? - Mais lágrimas escorreram pelos seu rosto.

- Não vamos nos preocupar com isso agora. Não quero vê-la triste, Annabel.

- Tudo bem. Você tem razão. Pode ser que nem seja eu. Há tantas pessoas no Reino Unido que têm Auttenberg no nome. - Constantin limpou últimas lágrimas de Annabel.

Eles saborearam as panquecas e os croissants. No entanto, aquela ideia não saía da cabeça dela. Será que ela era a filha desaparecida daquele homem? Afastou esses pensamentos e decidiu que, por enquanto, aproveitaria o passeio com Constantin. Além do mais, ser uma guarda-costas real era seu novo trabalho. Terminaram de comer, Constantin pagou a conta e eles deixaram a cafeteria no sedan luxuoso do príncipe.

Ele dirigiu pelas ruas mais movimentadas, mostrando a ela o Big Ben e as cabines de telefone vermelhas pelo caminho. O primeiro ponto turístico que visitaram foi o London Eye, que estava fechado devido à neve intensa.

Constantin visitado a London Eye muitas vezes, no entanto, aquela vez era diferente. Ao lado da atração, Constantin vivia uma batalha interna, onde o desejo por Annabel estava reinando em seu corpo. Seus olhos baixaram para os lábios rosados e cheios.

Quando Annabel notou que ele estava observando-a fixamente com desejo, sentiu suas bochechas esquentarem. Era inegável a tensão entre eles. Mas a questão era o que fariam com isso. Como se Constantin pudesse olhá-la através da alma, ele baixou a cabeça e selou seus lábios com os dela.

Assim como o primeiro beijo que haviam trocado, aquele foi igualmente explosivo. As mãos fortes e masculinas apertaram a cintura de Annabel, de modo que a fez perder o controle. Primeiro, ele abriu a boca dela com a língua hábil, e depois, Annabel se soltou mais e entregou-se à paixão. Espantada pela reação que Constantin provocava em seu corpo, sentiu uma torrente de calor subir pelo corpo. Beijaram-se com paixão, deixando-se levar pelos hormônios à flor da pele. Quando se separaram devido à falta de ar, os lábios de Annabel estavam inchados, por conta da paixão do beijo

- O que foi isso? - Perguntou ela, com a respiração entrecortada.

- Isso é algo que não podemos mais tolerar. Chama-se química. - Respondeu com a voz rouca.

- Não sei se é certo...

- Eu também não sei se é certo ou não. A única coisa que eu sei é que nunca desejei tanto uma mulher. - Confessou, entredentes.

Ela não disse nada, mas Constantin sabia que ela cederia cedo ou tarde. Annabel Auttenberg era a mulher mais difícil que ele já havia tentado conquistar. Ela era diferente. Entre todos os casos e namoros que terminou, sempre conheceu mulheres que davam uma forte importância à aparência e ao dinheiro. Annabel nem maquiagem passava, mas aos olhos dele, era mulher mais bonita que tinha conhecido.

- Para que lugar vamos agora? - Annabel perguntou, curiosa.

- Nós iremos apreciar o pôr do sol na Tower Bridge, mesmo que não seja tão nítido, devido ao tanto de neve que tem caído.

Memórias de Um Amor (Conto Único) (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora