É o telhado do mundo inteiro.
É o palco das nuvens
cuja maciez aparenta ser indescritível
É o meu refúgio
O azul que me perco ao olhar durante o dia
uma vez que não pude mais me encontrar em teus oceanos
A pintura mais linda
que nem mesmo o mais renomado artista seria capaz de reproduzir
cujos traços me parecem tão delicados quanto aqueles que traçaria por tuas linhas
Durante o dia é cenário para o Sol
Os raios deste atingem minha pele
uma vez aquecida por teu toque
e agora, não mais
Sucede com o crepúsculo
cujo gradiente me traz calmaria
alumbrando o horizonte onde meus olhos se fixaram
buscando
você?
Uma vez que o Sol se vai
abrem-se alas para a Lua
a que
incansavelmente
fico a admirar
E, junto à ela
Milhares e milhares de estrelas
até onde a vista alcança
e que jurei um dia para ti contar
Tantas delas
Incandescentes
Brancas
Brilhando no céu escuro
tal qual como tinta
Atuando como velas
de um banquete cósmico.
E a melhor parte
Não se trata apenas do céu
É o mesmo céu
a que dividimos
As mesmas estrelas
sob as quais nos deitamos
E se
simultaneamente
perpetuamente
Se admirarmos a mesma constelação
Contarmos as mesmas estrelas
Assistirmos ao mesmo Sol poente
Olharmos para o mesmo céu
Podemos nos considerar tão distantes?
Talvez seja a hora de nós dois começarmos a olhar para cima
