22 de agosto de 2001 - prólogo

55 4 8
                                    

Às 13:45 um casal chega no hospital. Um casal bonito, a alegria surgia em meio ao pânico pré parto, sabiam que seria uma linda menina querida por todos. Pela madrugada de 23 de agosto finalmente pôde-se ver um mundo novo, diferente do qual havia passado os últimos nove meses, chorava pouco e buscava saber de quem eram aqueles braços tão carinhosos que a segurava. Lentamente abriu os olhos, não podia enxergar direito ainda, mas acabou por reconhecer a voz que lhe dizia coisas belas, era a mesma da mulher que vivia do lado de fora, porém mais perto. Os anos vão passando e a pequenina vai aprendendo mais e mais coisas, cativando todos a sua volta. Os fios ruivos e o rosto angelical se destacavam sempre pelas ruas, junto de suas roupas muito bem arrumada, por onde passava havia um elogio, e assim, todos conheciam a pequena Hanna, a menininha encantadora do bairro. Tinha a vida perfeita, era querida por todos, tinha um pai e uma mãe felizes, uma verdadeira melhor amiga e sempre tirava notas boas... até que chega a esperada adolescência. Hanna acabou por se desenvolver muito cedo, aos 12 já tinha um corpo cheio de curvas e seios fartos e isso acabou por chamar uma atenção indesejada. A menina há tempos estranhava seu pai dentro de casa, ele a encarava de um jeito diferente, ela não entendia, até que aos 13 anos teve a "bela" notícia que a mãe voltaria a trabalhar e seu pai ficaria em casa cuidando dela. Hanna não entendia porque se sentia diferente quando sozinha com o mais velho, apenas tinha medo de voltar pra casa, então ficava sempre o máximo que podia na escola ou na casa dos amigos, mas aos poucos a paciência do homem chegou ao fim.

give me my cigarette Onde histórias criam vida. Descubra agora