Febre Repentina

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Os primeiros raios de sol apontavam, fazendo hestias no rosto de Thorffin.

—Acorda princesa, está na hora de ir!

Porém apesar do chamado o loiro não mostrou sinais de se mexer.

— Que droga, será que está querendo morrer princesa?

Se aproximou puxando Canute para o lado, porém sua atitude mudou quando viu a situação do outro. O garoto estava com as bochechas muito vermelhas e respirava com dificuldade, banhado em suor e murmurava algumas coisas sem sentido. Thorffin tinha as mãos calejadas demais para sentir qualquer coisa, aproximou sua testa da testa do companheiro, certificando que o menor está queimando em febre.

— Mas que merda!

Levantou rápido tomando Canute em seus braços, correu até uma riacho que passava perto de lá. As conveniências eram quase milagrosas. Se Thorffin não acreditasse naquela baboseira toda de Cristo ele realmente concordaria que o messias estava zelando pelo príncipe.
O garoto tinhas momentos lúcidos para logo voltar a desmaiar. Thorffin preferiu tirar a roupa de Canute mergulha-lo no rio, apesar da água fria da manhã, esse era o único jeito.

— Acorda princesa, precisa ficar de pé. Vamos lá.

Após desnudar o menor novamente se mostrava na frente do bárbaro aquele corpo que causava tantas emoções controvérsias.

— Vamos príncipe eu vou te ajudar a descer.

Canute tinha as pernas bambas apesar de ter recobrado a consciência.

— Não!

Proferiu ele, aferrando-se ao corpo do outro.

— Como não? Me larga e entra aí de uma vez.

— Não! Eu não quero! A verdade é... que eu não sei nadar! Ragnar sempre estava comigo então eu não posso fazer direito sozinho.

Thorffin engoliu a explicação a contra gosto. O que mais aquele velho fazia por ele, limpava a bunda ? Pensou em silêncio.
O bárbaro não queria molhar a própria roupa, mas se ambos ficassem nus, seria ainda pior.

— Tá bom, me solta, eu vou com você.

Thorffin tirou a parte de cima das roupas pelo menos essas estariam secas, ele odiava pensar na ideia que teria que ficar com as bolas molhadas pelo resto da manhã.
Ambos desceram e o príncipe parecia um gatinho assustado, agarrado firme ao corpo do outro.
Enquanto estavam assim tão próximos, apesar da água fria o príncipe podia sentir o calor do outro emanando dos músculos firmes e definidos.
Enquanto ele estava no castelo nunca sentiu o calor de outra pessoa, ou mesmo o cheiro, o aroma de Thorffin era forte e marcante, não era ruim, pelo contrário ele gostava daquele cheiro.
Sentia seu corpo cada vez mais leve, já não tinha mais medo da água. Aproximou o rosto do pescoço de Thorffin, respirando em sua orelha, largou o peso do corpo obrigando o bárbaro a segura-lo pela  cintura.

— Que cheiro bom....

Thorffin sabia que o loiro estava sendo influenciado pela febre e podia estar alucinado mas isso não o impediu de estremecer com o comentário e ações de menor. Sentiu seu sangue subir, ou melhor, descer...

— Para com isso princesa! E por falar nisso já deve estar bom, vamos sair daqui.

Afastou-no ajudando a subir depressa na tentativa que não descobrisse sua ereção. Mas era tarde, nada passava pelo príncipe.

— Oh, assim que você também está com uma aí, deixa eu ajudar, afinal você me ajudou da outra vez.

Canute tentou tocá-lo, porém foi impedido por um tapa que afastou sua mão.

—NÃO! NÃO ME TOQUE. Respirou se recompondo. — Quando estiver pronto e conseguir andar retorne ao acampamento.

O bárbaro saiu em disparada deixando o príncipe para trás. Perto do acampamento recostou em uma árvore, sentado esfregava seu membro com força e velocidade. Nunca tinha sentido tanta vontade de possuir algo.
Queria manchar Canute, enche-lo de suas marcas para que todos vissem que só pertencia a ele, queria que ele gritasse como como a mulher da  cabana, queria ouvir cada som, ver cada expressão.
Os delírios culminaram no clímax do pequeno bárbaro.
Ele sabia que se não tivesse se afastado teria feito todas aquelas coisas ao príncipe, com ou sem seu consentimento. Então era isso o que aqueles homens sentiam quando obrigavam aquelas pobres mulheres?

— Era esse seu plano ao me mandar aqui, Askeladd?  Me tornar uma besta como todos os outros ?

Ele deixou seu corpo cair para um lado, permanecer junto ao príncipe seria uma missão muito mais difícil do que qualquer inimigo.





O Lírio Que Floresce No Campo-ThorffinXCanuteOnde histórias criam vida. Descubra agora