o beijo

44 3 0
                                    

- Fala, porque, Holly? - perguntou ainda segurando seu braço.

- Por que... Eu... - Holly olhou para o chão enquanto dizia - Por que, quando eu caí e você me segurou eu senti vontade de te... Senti vontade de beijá-lo.

Holly voltou a fitá-lo. Charlie a olhou. Porque ela havia dito aquilo? Porque disse tal coisa?
Charlie afrouxou a mão no braço dela, deslizou a mão até a altura do cotovelo e a puxou para si, com toda calma e leveza que conseguia, e disse:
- Você realmente quer fazer isso, Holly? - perguntou Charlie olhando bem no fundo de seus olhos.

- Isso foi um erro, eu não devia dizer isso e... - Holly pigarreou e disse: Sim, eu realmente quero te beijar. Por mais que eu sinta que é errado tal coisa, por você ser melhor amigo de meu irmão, eu quero. Por favor, Charlie, beije-me.

Holly deu um passo a frente e, novamente, disse:
- Beije-me, por favor, ninguém precisará saber. - Holly disse pondo a mão no peito de Charlie, enquanto ele acariciava sua bochecha com o dorso da mão.

Ele não queria, não queria mesmo, alimentar esperanças, mas para o inferno tudo aquilo.
Charlie ergueu o rosto de Holly e a beijou, suave e calmamente. Com o braço vago lhe apertou a cintura, puxando-a para si. Holly pôs as mãos no pescoço de Charlie, enroscando seus dedos nos cabelos ondulados, negros e espessos, dele.
Charlie sentiu uma vontade tremenda de soltar os cabelos de Holly, enquanto beijava seu pescoço.
Ele estava, realmente, beijando Holly Holloway, a menina que ele sempre foi apaixonado
Ele já havia beijado inúmeras mulheres, mas aquela podia, certamente, ter sido a primeira vez.
Charlie ficou com medo que ela fugisse dali, mas sabia que não faria isso, pois ela era Holly, a menina, menina não, a mulher que não se importava com nada, nem com ninguém.

- Holly - gemeu Charlie contra o pescoço dela - Ah, Holly, o quê você faz comigo? Por que você faz isso?

- Charlie - disse enquanto jogava seu pescoço para trás, para que Charlie beijasse mais o seu pescoço.

E Charlie a beijou, beijou inclusive seu colo, sentiu uma vontade imensa de por a mão dentro daquele espartilho e acariciar aqueles seios que pareciam ser tão arrebitados.
Charlie sentiu vontade de possuí-la bem ali, naquela hora, não se importava que sua mãe estivesse lá em baixo, nem que Ryan pudesse chegar bem ali naquela hora.

Charlie teve que interromper o beijo, ou faria coisas de que se arrependeria mais tarde, sabia das consequências.
Colocando sua testa na de Holly, ainda a abraçando, disse:
- Corre, por favor, Holly. Eu não quero lhe fazer nenhum mal.

- Você não faria nenhum mal para mim, Charlie. - disse olhando para ele - Você é, de alguma forma, meu porto seguro. E...

- Holly, por favor, não faça isso ficar mais complicado. Seu irmão me mataria se soubesse do que acabamos de fazer. - disse dando um beijo na testa dela e ajeitando-lhe os cabelos acrescentou: Nós não poderíamos ter feito isso.

- Não mesmo, nós não devíamos ter feito isso. Meu irmão mataria você. Fizemos isso sem pensar, eu disse aquilo sem pensar. Desculpa - disse virando o rosto.

Charlie puxou o rosto de Holly para perto do seu e deu um beijo suave nos seus lábios e disse:
- Por favor, não se desculpe. Você precisa ir, Holly, sua mãe irá desconfiar.

- Tá bem. - e saiu correndo do quarto, deixando Charlie para trás.

Charlie se perguntou se ela, de fato, sentia algo por ele, aparentemente, não. Talvez tenha sido o calor do momento, que a fez dizer aquelas coisas. Talvez ela quisesse sentir os prazeres de ser beijada.
Mas tudo aquilo foi glorioso, e Charlie, pelo menos da parte dele, não se arrependera de nada, teria feito, mas teria feito coisa bem pior se ele não interrompesse tudo aquilo, sua virilha dizia bem aonde tudo aquilo iria acabar.
Charlie ficou bem decepcionado ao saber que ela disse tudo aquilo sem pensar, ele tinha alimentado esperanças, mesmo dizendo para si mesmo que não devia.

Um amor a descobrir - Os Holloways Onde histórias criam vida. Descubra agora