Um amor a descobrir - Os Holloways

Mães...

Holly era, na opinião de Charlie a pessoa mais amável e alegre da Grã-Bretanha. E agora que ele havia voltado, depois de três anos fora, ela era a garota mais bonita que ele já havia conhecido, ela era linda.
Charlie sempre gostará de Holly, porém não deixava a esperança florescer, pois sabia que Holly não gostava dele, e, além do mais, ela era a irmã do melhor amigo dele.
Por Deus, ele estava parecendo um garoto de 12 anos apaixonado, ela o fazia se sentir assim.
Ela não era como as outras Damas. Ela não era somente bonita, tinha também uma inteligência sem igual. A maioria dos homens não gostavam de mulheres mais inteligentes que eles, principalmente mulheres que falavam o que vinha na mente, que não tinham medo de falar o que pensavam, e Holly Holloway, desde de pequena, era assim, dizia o que pensava sem se importar com as pessoas.
Se Charlie se casasse, esse seria um ponto fundamental, além da mulher ser inteligente, pois não iria aguentar viver ao lado de uma pessoa que só soubesse falar de laços e vestidos o tempo todo.

- Certo... - Holly suspirou

Charlie se perguntou se ela havia suspirado por medo da proposta que faria.

- Se você quiser pode ficar aqui, é claro, eu preciso falar com o meu pai, aliás, ele volta amanhã. - disse ela levantando os braços acima da cabeça, como se estivesse agradecendo ao céu por tal coisa - Eu não aguentava mais minha mãe toda preocupada com o baile.

- Seu pai deixará? - perguntou ele.

- Certamente, você já é da família.

- Então eu aceito. - disse ele dando um sorriso, em forma de agradecimento.

Charlie viu Ryan no batente da porta.

- Procurei vocês pela casa inteira. - disse Ryan se jogando em cima de Holly, na poltrona.

- Ryan, sai de cima de mim! - Exigiu Holly batendo nele - Já disse o quão chato você é hoje? Você ganhou, senta na poltrona - Ela levantou e passou a mão pela frente do vestido.

- Obrigado, e não, você não disse que eu sou chato hoje, mas obrigado pelo elogio. - disse ele com ar angelical.

- Meu Deus, não seria mais fácil se você tivesse me pedido para que eu me levantasse? - Holly colocou as mãos na cintura e o fitou.

- Seria, mas aí eu não iria te ver irritada. - Ryan olhou para os lados do cômodo e disse :
- Será que não teria nenhum pintor por perto? Pois momentos raros, como te irritar, deviam ser registrados.

- Bom, eu não fico assim tem... - ela colocou o dedo indicador no rosto e tamborilou, como se estivesse pensando. - Tem três anos.

- Eu também te amo. - disse levantando e dando um beijo na bochecha dela.

Holly revirou os olhos enquanto dizia:
- Infelizmente, eu também.

- Irmãzinha, eu estou com tanta fome. - disse voltando para a poltrona e colocando os pés na mesa de centro.

Holly se virou para Charlie e disse:
- Eu não disse?!

- De fato, você disse. Ele fazia a mesma coisa na Universidade.

- Eu vou arrumar o que eu preciso arrumar. Quando a comida chegar, alguém poderia me chamar? - disse ela já de costas para eles, indo em direção às estantes.

- E minha comida? - perguntou Ryan.

- Eu já pedi.

- Obrigado, querida irmã. - agradeceu com ar de deboche.

- E tire os pés de cima da mesa de centro, por que se mamãe descobrir ela te mata.

Ryan tirou os pés da mesa na mesma hora.