Oieeee, tudo bem com vocês? Espero que sim...
Gostaria de pedir desculpas pela demora em atualizar essa adaptação, mas para compensar, resolvi colocar o capítulo inteiro para vocês, espero que gostem ♥️
+18 😏
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Nua, sentia-se livre, como o foram seus ancestrais que corriam, guerreiros, por toda a extensão do antes fora o Mar de Xaraés. Sua pele dourada bebia do sol que aos poucos desmaiava e se apagava. Não sabia para onde fugia, mas podia sentir que as ramas da mata, lhe açoitavam a pele macia do rosto e seu corpo era tocado por inúmeros dedos invisíveis.
Quando sua força se esgotou, percebeu que estava perdida.
Havia descido para um pequeno desfiladeiro. Tudo à sua volta era de forma e tão semelhante de modo que era impossível distinguir de onde viera. Não sentia medo. Não sentia mais nada, apenas o aproximar daquela sensação de ausência, que lhe anuviava os pensamentos, como outrora em sua infância solitária. Era uma espécie de torpor, uma prostração em que seu corpo se imobilizava quieto e seus olhos, muito abertos, contemplavam o vazio, sem ver... sem ouvir...
Dentro de si, as imagens e sensações que lhe acometera quando acreditara ser amada por JiSoo. Depois a dor da rejeição, do desprezo. Não se admirou pelo fato de aceitar amar uma mulher. Não rejeitou esse amor dentro de si e nem lhe calou o seu gemido de desejo. Mas, agora ali estava, perdida dentro de si. Dentro de um universo que agora sentia não pertencer...
O temporal caiu copioso. Ela sentia as gotas fortes se abaterem contra seu corpo e vergá-lo. Resistiu. O furor do vento rugindo e desfolhando as árvores, os coriscos cortando o céu negro e sem estrelas, o retumbar dos raios, a fazia se sentir maravilhada com a fúria da natureza. Pouco a pouco, tudo a sua volta, em uma tormenta sem fim, perdeu seu desenho e definição e ela sentiu seu corpo febril ausente dos seus comandos e desmaiou.
Quando enfim acordou, estava em um lugar novo, de arquitetura diversa do que fora construído à Escola de Artes. As paredes eram recobertas de um tipo de mármore rosado, esculpido finamente, a cada detalhe... Haviam arcadas, abóbadas e vitrais. Inúmeros deles, filtrando a luz com suas formas...
Jennie levantou-se da bela cama com cetim carmim onde estivera instalada. Sobre seu corpo, um roupão de seda de um tom salmão deliciosamente sensual, cobria-lhe a nudez. Sentia que estava mais esguia. Certamente perdera peso. Um enorme espelho de cristal à sua frente, denunciava-lhe o aspecto, que agora para ela, era como se contemplasse uma estranha.
Ali se encontrava uma mulher de pele dourada, coberta por uma fina lanugem cor de mel, onde assentado em um pescoço longo e altivo, estava um rosto oval ornado com lábios que fechados, tinham um formato delicado, um nariz reto, meio grego e os olhos, estes, como dois rasgos simétricos como de felinos, estreitos e guarnecidos de espessos cílios castanhos, deixavam entrever o cristalino brilho de uma fúria em ebulição. Sua franja longas em tons castanhos muito claro, lhe ornava a testa, naquele seu modo rebelde, que não se assentava. Com seus cabelos longos exalavam muita sensualidade.
Porém ainda havia algo diferente. Sim, ali à sua frente não estava mais a antiga Jennie, moça sonhadora e sensível. Havia algo como se a personificação da fúria e da sensualidade.
Saiu do quarto. Havia uma escadaria em caracol e ela pode perceber que estava em uma torre. Desceu. No outro piso, uma mesa estava posta. Havia muita variedade de frutas, sucos, mel, queijos, leite e pão. Jennie não se fez de rogada, entregou-se a devorar o desjejum. Sentia-se faminta e ainda um pouco febril.
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Pour Elle
Fanfiction(ADAPTAÇÃO) O sonho de Jennie sempre foi ser uma grande pianista, mas para isso ela primeiro terá que entrar para uma das mais famosas escolas de artes, porém nada para ela será fácil, ainda mais depois de conhecer a filha da dona da escola de artes...