-Bom... e então, o que vamos fazer para iniciar as férias? -Dean me perguntou animado enquanto ia até o sofá.
- Você eu não sei, eu vou para meu quarto, tenho muita lição pra fazer. -Mentira. Não tinha lição nenhuma, e mesmo que tivesse não faria agora. Eu só queria me afastar dele.
Sem que eu percebesse, ele já estava na minha frente, segurando minhas duas mãos e numa aproximidade perigosa. Ai meu Deus! Como ele estava fofo. Aquele biquinho que ele fazia pra me convencer me deixou louco para beija-lo. Mas eu não podia. Virei o rosto rápido para não vê-lo.
- Não.
- Por favor! - Ele deitou a cabeça no meu ombro e me abraçou. Ele estava muito perto e por isso nossos membros roçavam um no outro. Aquilo estava me deixando louco. Não sei quanto tempo vou aguentar sem me virar para ele e beija-lo.
- Se eu... se eu ficar com você, você me solta? - Falei, quase suspirando de tão bom que era a sensação dele tão perto de mim.
-Solto. - Ele falou triunfante, já sabia que tinha vencido.
-Ok. - E mais uma vez, falhei aos seus encantos. Não vou aguentar um mês inteiro disso.
- Estava pensando, que tal uma festinha hoje a noite? Podemos chamar a galera da nossa escola.
- Você que sabe. Mas tenta não fazer confusão porque a culpa vai recair sobre mim. Lembra que mesmo você sendo o responsável por cuidar da casa, a culpa sempre é minha.
- Ah, tá tá, agora deixa de ser chato e se solta um pouco vai.
Passamos o resto do dia arrumando as coisas pra festa. A noite, a música já estava alta, perdemos a noção de quantas pesssoas estavama na festa, e a bebida rolava solta, mesmo a gente sendo menor de idade.
Meu irmão parecia que ia comer a garota com que ele se agarrava na sala. Toda semana era uma garota diferente.Uiiiii Uiiii alerta de ciúmes. Eu não podia simplesmente ir até ele e o afasta-lo da vagaba. Então, peguei um copo de cerveja, andei até eles como se estivesse meio chapado. Fingi tropeçar e... Chuaa. A intenção era fingir que tinha derramado sem querer, mas a imagem dela toda molhada me fez rir como louco. Gargalhei da pobre garota sem qualquer piedade.
Ela estava completamente chapada. E ficou furiosa com o banho de cerveja que dei nela. E assim se início a briga.
- Você está louco? Cara, se quer tanto me comer, me compra com cerveja!-olhei pra ela chocado. É sério isso?
-Não gosto de putas- Respondi sorrindo.
-Oh Shit - ela me olhou com puro ódio. Estava claro que ela estava bebada, do nada ela mudou a língua em que falava, mas as palavras saiam enroladas e me esforcei pra compreender o que ela estava falando.
-Yeah bitch - entrei na onda do inglês pra ver no que ia dar.
-Your motherfucker! - Opaaa, ai já é demais. Se tinha uma coisa que eu não admitia era que falassem mal da mamãe.
-Olha aqui sua vadia, é bom você se colocar no seu lugar que ninguém aqui te deu autoridade pra falar comigo assim.
-OH MOTHERFUCKEERRRRR. - Ela falou cambaleando em minha direção. E a cena que acontece agora é tão ridícula, que teria me feito rir se eu já não tivesse bebido muito e não estivesse com raiva por ela ter ficado se agarrando com meu irmão. Ela levantou a mão no alto, e em um movimento confuso e desajeitado bateu no meu rosto. O tapa nem foi forte, foi uma coisa medíocre até. Mas foi o suficiente pra me explodir.
Sem ter noção do que estava fazendo, parti pra cima dela gritando nem sei o que, mas antes que podesse agarrar aqueles cabelos de palha seco meu irmão se pôs no meio. Sua tentativa de me segurar era meio falha, mas pelo jeito eu estava enganado e eu que estava mais bebo do que ele ali, e apesar de ser mais forte, não tinha forças pra lutar contra ele.
- Saía daqui agora- Ele falou olhando friamente pra garota.
- Você não está falando sério? Você vai defender esse cretino ao invés de mim?
- Esse cretino é meu irmão e acho bom você tomar cuidado com o que fala. Aposto que ele está louco pra meter a mão nessa sua cara, e se você me irritar não vou mais impedir.
- Vocês não podem bater em mim, eu sou mulher, se fizerem isso eu chamo a polícia.
- Pois então acho que todos nós sairemos daqui em carros particulares hoje. Você na ambulância e a gente com a polícia. Quer pagar pra ver?
-Aff- ela bufou e foi embora.
-Beleza, acabou a festa pessoal, todo mundo fora, vamos! -Meu irmão me colocou no sofá e foi retirando o povo da festa.
Depois que todos foram embora, ele andou até mim e se jogou no sofá.
-E então maninho, tudo bem? - Ele me olhou sorrindo.
- Arrgg! Me leva pra cama Dean.- olhei pra ele quase implorando. Meu corpo todo começava a doer e eu estava quase desmaiando de tanto cansaço.
- Ok, ok. Vamos lá. Se apoia aqui. - Ele pegou meu braço e passou em volta de seu pescoço e me ajudou a andar até o andar de cima e me pôs na minha cama. Minha cabeça já estava delirante e eu não consegui controlar a língua.
- Deannnnn... - Falei baixinho e de forma meio embolada.- Deita comigo?
Ele demonstrava estar hesitante. Passou a mão na nuca e olhou pra trás.
- Não sei não...
- Por favooorr.
-Hupf.. vai pro lado. - ele me falou me empurrando pro canto. Sorri e obedeci.
Me virei pra ele e me encaixei de forma que ficasse colado nele.
- Hum.. Sammy.. você se importaria de ir um pouco mais pra lá? - ele me empurrou delicadamente.
- Sim, me importaria- me juntei ainda mais a ele. E espera ai, o que era isso que eu estava sentindo nele? Não pode ser... meu irmão estava excitado? Não, era o efeito da bebida, só podia ser.- Dean, eu sei que sou o irmão mais responsável, e que não devia estar nestas condições, ou fazer isso mas...- Sem pensar direito, me aproximei dele e quase colei minha boca na dele.
- Sam o que você...
- Só uma vez... por favor.
- Eu... me desculpe- e antes que eu pudesse pensar em qualquer coisa, ele cortou a distância entre nós e colou sua boca na minha. Eu queria aquilo, eu pedi aquilo! Mas não podia deixar. Não estava certo! Afastei ele e olhei para baixo, evitando seu olhar.
- Achei que você quisesse isso. - ele falou com um tom de ressentimento na voz.
- Me desculpe. Eu quero mas... - antes que eu terminasse a frase ele me beijou novamente, dessa vez com vontade e intensidade. Eu podia afasta-lo, eu tinha forças pra isso. Mas não queria. E afinal, amanhã era só por a culpa na cerveja mesmo. Passei minha mão pela sua nuca e o apertei junto a mim. Sua mão deslizava pelo meu corpo, indo até minha barriga e deslizando pelo meu tanquinho.
Sem parecer se controlar, ele subiu ficando de quatro por cima de mim. Sua boca maltratava verozmente meu pescoço. A sensação era maravilhosa, ahh, a quanto tempo eu tenho esperado por isso.
De repente, meu olhos começaram a pesar, me fazendo ter um grande esforço para mante-los aberto. Mas o sono ganhou e desmaiei
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Um mês de perdições
FanfictionSam está apaixonado por seu irmão mais velho Dean, e agora que seu pai vai sair novamente a trabalho por um mês inteiro, ele terá que aprender a lidar com seus sentimentos. Será que Sam será capaz de esconder seus sentimentos?