Verdades e revelações

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SAM

- Oi garotos - ele sorriu e ergueu uma das mãos. Em seguida os homens com arma se posicionaram um do lado do outro atrás dele. - Estou muito feliz com o que vi agora... essa brincadeira, o Bobby ensinou a vocês?
- Que merda é essa John? - Dean olhou pra ele com cara de ódio. Segurei seu braço tentando deixa-lo calmo. Depois do que tinha acabado de acontecer, eu não sabia o que meu pai estava planejando, s não podíamos nos exaltar.
- Se acalme Dean, vou explicar tudo, mas acho que aqui não é bom um lugar. - ele estalou os dedos e os caras partiram pra cima de nós. Consegui socar dois deles, mas logo fui imobilizado. Colocaram um saco preto em minha cabeça e antes que eu podesse fazer qualquer coisa senti uma agulha em meu braço e desmaiei.

《~》《~》《~》《~》《~》《~》《~》

Quando acordei novamente estava sentindo uma dor enorme de cabeça. Meus pulsos estavam amarrados atrás da cadeira que eu estava sentado com correntes de ferro. Na minha frente havia três caras altos e fortes portando armas. Olhei para o lado e vi que meu irmão estava na mesma situação, porém ainda dormia. Na nossa frente, sentado em uma cadeira nos observando, estava nosso pai. Fiquei o encarando, sem reação, analisando como poderia sair daquela situação. Impossível.
Em pouco tempo Dean acordou, assim como eu analisou tudo em volta, mas sua reação foi diferente da minha.
- Que porra é essa seu filho da puta lunático! Solta a gente agora!- ele se debatia na cadeira olhando o John com puro ódio. Um dos caras que estavam perto de sua cadeira apontou a arma em sua direção.
- Dean, se eu fosse você eu parava com isso agora. - John falou na maior calma possível.
- Por que? Você vai mandar esses idiotas atirarem em mim? Atira! - ele gritou desafiadoramente. Se eu pudesse já tinha dado um soco na cara dele. John sorriu.
- Em você não, nele. - de repente todas as armas apontaram para mim.
-Seu filho da...
- Seu eu fosse você Dean, eu ficava quientinho. Um estalar de dedos e eles atiraram. - Dean ficou quieto.
- Bom, agora que vocês dois estão prontos, acho que é hora de explicar o que está acontecendo aqui. O pai de vocês, ou seja, eu, é o chefe do maior grupo da máfia do país meus filhos!
- Espera, o que? Você? Como assim?
- Vou começar a história do início, fiquem calmos, vocês irão entender tudo. Quando eu conheci sua mãe, minha família estava passando por um momento difícil, seu avô e sua avó trabalhavam como escravos e ainda assim não conseguiam pagar todas as contas, tive que começar a trabalhar também para sustenta-los. Acabei me apaixonando por sua mãe e ela por mim, mas essa história vocês já conhecem. Um dia antes de nos casarmos, sua mãe veio me contar uma coisa. O negócio da família. O pai dela era chefe de um pequeno grupo de traficantes, e era dessa forma que eles se sustentavam. Ela achou que eu iria largar ela depois disso, mas na verdade eu só vi ali uma pequena mina de ouro.
Olhei pro Dean e ele também me olhava chocado. Mamãe, filha de um chefe de traficantes. Aquilo era loucura.
- Vocês devem estar se perguntando como que sua mãe, uma mulher doce e gentil se meteu nessa né? Quando ela me contou, ela achou que podíamos fugir e criar uma vida honesta. Mas eu sabia o que aconteceria, iríamos trabalhar como pessoas boas... pra que? Pra acabar como meus pais? Não. Eu a convenci a permanecer no negócio da família. Uma semana após o casamento o avô de vocês, pai dela, morreu. Juntos, nos tornamos os novos chefes. Mas não nos restringimos a apenas o que o seu avô era. Crescemos, começamos a vender não apenas drogas, mas também armas, assassinos de aluguel, informações secretas, roubamos bancos. Sem nunca deixar rastros, sem nunca deixar pistas. Sua mãe era apaixonada pelas criaturas místicas e sobrenaturais. Então decidimos deixar nossa marca. Em cada cena de crime, deixavamos algo "sobrenatural" no local. Em um assassinato, marcas de vampiro, lobisomens. Feitiços de bruxas, pele de metamorfo. Não demorou muito para as pessoas começarem a nos chamar de os fantamas, por não deixarmos rastros. Gostamos disso. Então começarmos a deixar um recado oficial. Um desenho, o simbolo de invocação de demônio. E assim nos tornamos...
- Os supernaturais...- falei me lembrando das várias reportagens que vi na TV sobre seus ataques.
- Exatamente. - Ele sorria extremamente feliz. Andava de um lado para o outro como se estivesse em transe. De repente, ele andou até o Dean e parou na sua frente. Se agachou e o olhou nos olhos.
- Até que descobrimos a melhor coisa de nossas vidas. Sua mãe estava grávida. Ela achou melhor abandonar tudo, era mais seguro. Tudo bem que a polícia não nos achava, mas tínhamos muitos inimigos. O que era normal. Nem tem coml você entrar nessa vida e esperar que seja tudo flores não é mesmo? Eu não concordava com ela, não queria abandonar nossa mina de ouro. Mas acabei aceitando. Passamos o legado para um primo dela que seria de confiança.
Ele abaixou o rosto e pôs as mãos em cima da boca, esfregando o indicador na parte de baixo do nariz, como se pensa-se e não gostasse do que estava vendo.
- Ficamos anos cuidando de você, e não vou mentir, foram os melhores anos das nossas vidas. - ele voltou a olhar para o Dean e sorriu. - depois você nasceu, e eu imaginei que não tinha como as coisas ficarem melhores. - dessa vez ele se dirigia para mim. - quando vocês estavam um pouco maiores, eu decidi voltar a antiga vida. Sua mãe não concordava, tivemos uma briga feia. O primo dela ouvio que eu queria retomar o poder e não gostou nada. Sua mãe foi trabalhar, e eu pedi para o Bobby cuidar de vocês enquanto eu iria até nossa sede. Ele sabia do meu plano, esperou eu sair de casa e entrou. Quando eu cheguei aqui, um dos seguranças me disse que iria até minha casa, queria conversar comigo, e logo eu intendi o que ele planejava. Corri a toda do volta para casa e quando cheguei o Bobby estava caido desmaiado no chão. O Sam estava encostado em um canto da parede e chorava. Em pé sobre ele estava o primo da mãe de vocês. Ele me falou que se não desistisse da idéia de retomar o poder ele mataria a todos. Eu também estava com uma arma, apontei para ele. Atirei em sua mão e ele deixou a arma caí. Não queria mata-lo pois sabia que ele era importante pra sua mãe. Então parti pra cima dele na tentativa de imobiliza-lo. Ele alcançou a arma novamente, e sua mãe chegou bem na hora...
Ele parou de falar e se afastou da gente.
- Ele atirou no Sam...e ela se pôs na frente... o tiro foi fatal. Eu peguei minha arma e atirei na cabeça dele o matando na hora - silêncio - eu voltei ao comando, passava vários dias aqui e pedi que o Bobby ficasse com vocês quando eu não podia. Pedi também que ele treinasse vocês. Os jogos de paintball, foge-esconde, corrida. Era tudo treinamento para esse dia.
Ficamos em silêncio digerindo tudo.
- Você... a mamãe morreu por que você... - Dean falou baixo quebrando o silêncio - a mamãe morreu por sua culpa!
- Claro que não! Eu jamais teria deixado isso acontecer.
- Mas deixou! E ela morreu por sua ganância!
- Cala a boca! Você não sabe do que está falando! - ele estava elevando a voz, Dean estava o irritando.
- VOCÊ MATOU ELA! - Dean gritou com raiva. John pegou a arma da mão do segurança e apontou para o Dean.
- NÃO! - Gritei deseperado.
- Eu mandei você calar a boca! - POOW. Ele atirou.

Um mês de perdições Onde histórias criam vida. Descubra agora