O Julgamento na Floresta

Apresentação do Caso 2

- A Leoa 2 também desrespeitou a lei da selva, logo os mesmos argumentos se mantêm. Ela sabia ser errado e mesmo assim atacou a vítima. E, Sr Lobo, nem adianta argumentar que a vítima não se defendeu pois a Leoa 2 perseguiu o avestruz... Ele correu por sua vida! Nós da defesa exigimos pena máxima! -  explicou o porco em tom de aclamação.

- Bem... bem... isso não é bem verdade também. Veja, a leoa 2 dormiu o dia inteiro, logo, não ouviu a mensagem das pombas. Quando o avestruz começou a correr, ela, com fome, apena foi atrás dele. Talvez, se ele tivesse ficado parado, ela teria notado que não poderia mais atacar aquele clã. - argumentou o Lobo.

- Isso é um absurdo! Com a leoa anterior você disse que a culpa era do avestruz pq ele nada fez, agora você diz que a culpa é do avestruz porque ele correu. Isso é falta de argumento! - reclamou o porco.

Como o lobo não apresentou nenhuma informação Dona Coruja iniciou seu processo de analise do caso. Quando se decidiu proferiu a seguinte sentença:

- Considero a Leoa 2 culpada e a condeno a só poder ser alimentar daquilo que o clã dela lhe oferecer, ou seja, de sobras, pelo próximo mês.

Dessa vez foi a vez do Lobo gritar: - Mas isso é uma injustiça Dona Coruja!!! Ela não sabia de nada, logo, não pode ser culpada!!!

A Dona Coruja, com a mesma calma que falou com o Sr Porco no caso anterior explicou agora ao Sr Lobo:

- Ela não pode ser absolvida apenas por alegar não saber de nada, era obrigação dela saber. A informação estava lá, se ela não soube foi porque não quis. Logo é, no mínimo, culpada por ter sido irresponsável em sua conduta e negligente em relação às suas responsabilidades.  Além do mais, o avestruz correu para salvar sua vida em clara demonstração de que não estava de acordo com a morte, ele fez a parte dele.

Com isso o Lobo se calou.