Outono de Pã

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Agarrados à uma fina chance de sobrevivência , enquanto a vivacidade da aquarela abacinada corre.

O invejoso corta a vida pela raiz. Destrói qualquer demência ao som do vívido machado banhado no mais inocente, no mais ilusório sangue.

Transforma a essência em puro oleandro, rasgando a atração em pequenos olhos-de-boneca, sedando-me, cegando-me ao inevitável fim.

Ao que lhe parece primavera, é apenas o início de um eterno ciclo outonal de cada alma, derrubando cada parte boa que ainda nos resta, deixando-nos em meio ao solo guerrilhado, ao caos de cada (aparente) aurora.



[16h35 – 28/06/2017]

[revisado 19/11/2019]

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