Amor Proibido

Capítulo Piloto

— O que disse Robin? — Perguntou Regina com o peito subindo e descendo expressando sua indignação, quase que não acreditando na nova descoberta na qual se deparava.

— Regina... — tentou se aproximar — É... É, eu... Estou tão surpreso quanto você. Não sei como ela escondeu isso por tanto tempo e me privou dessa informação tão importante...

— Você tem uma filha.... — falou aflita, mais para si mesma do que para ele. — Quantos anos?

— Dezessete, segundo a assistente social... A avó morreu faz umas semanas, e procuraram saber se ela teria algum parentesco com mais alguém. Mary contou que haviam fotos minhas e em uma delas eu me encontrava com a mãe dela.

— Ter fotos suas não significa que seja o pai dessa garota! – falou ríspida.

— Por via das dúvidas me ligaram. E quando soube fiquei muito assustado. Disseram pra eu comparecer semana passada para realizar o exame de DNA. O resultado saiu hoje e por isso estou contando agora.

— TUDO ISSO ACONTECENDO DESDE SEMANA PASSADA E VOCÊ ME ESCONDENDO ROBIN? — Regina gritou alterada indo firmemente em direção ao marido. No fundo não sabia ao certo o motivo da raiva e indignação que estava sentindo... Sabia que Robin provavelmente não tinha culpa, mas estava confusa demais e atônita com a bomba que acabara de receber.

— Eu não queria preocupa-la meu amor. Eu estava assustado e queria ter certeza se afinal eu tinha ou não uma filha. Não acreditei quando me contaram... E eu não queria ter que passar por isso que estamos passando agora. — falou cuidadoso e calmo olhando para ela de forma suplicante.

— E a mãe dessa garota Robin? Onde ela está? Quem é ela?

— Eu não sei onde ela está... Acredito que ninguém saiba. Ela, era difícil. Não conseguiram encontrá-la... Uns dizem que ela fugiu quando Emma era um bebê, outros que foi presa ou pode estar até morta também. O fato é que ninguém sabe.

— Jesus... — Regina passou a mão no cabelo jogando-o todo para trás de forma preocupada. Eram muitas informações... Seu coração estava acelerado e detestava mudanças bruscas. Sua vida estava perfeita. Perfeita! Sucesso na carreira profissional, seu marido muito bem alicerçado na sua área, tinha uma excelente estabilidade e uma vida que, conforme as aparências, era a mais almejada. Mas agora? Teria que lidar com um aparecimento de uma filha bastarda do marido e de linhagem duvidosa, onde a mãe poderia ser uma marginal. Como isto seria visto? Como Robin pôde se envolver com gente assim? — E... Agora? Ela ficará aqui? — Perguntou temendo a resposta. Que infelizmente veio como imaginou.

POV — Regina

Uma semana depois de Robin organizar todas as documentações, inclusive a procura de escolas de renome da área em que morávamos, por fim, ele estaria trazendo-a nesse exato momento para nossa casa.

Estava sentada no sofá da sala de estar enquanto bebericava uma taça de vinho. Talvez ele me relaxe! — Apesar de ter tido essa semana para pensar, eu ainda não conseguia engolir a ideia de ter uma garota adolescente rondando a minha casa. Seria o meu último momento de privacidade e silêncio total? Essa garota parece que estaria caindo como uma bomba na minha fortaleza.

— Ainda pensando na nova enteada patroa? — disse Norma me assustando.

— É claro que sim. Afinal, uma desconhecida vem para dentro de casa, não é?

— Não se martirize tanto dona Regina, ainda nem a conhecemos. Ela pode ser uma boa pessoa...

— Pode até ser Norma, mas a casa terá regras... e se ela quiser conviver aqui de forma pacifica, terá que obedecer!