Estava em meu quarto, Robin havia me ligado dizendo que chegaria essa noite. Comentei por alto sobre o acontecido de hoje, preferi deixar que Emma conversasse com ele.
Tinha saído do banho e vesti a primeira camisola que vi. Sentei sobre a poltrona e comecei a ler um livro, já eram por volta das oito da noite quando ouvi uma batida em minha porta.
- Entre.
- Regina...
- Emma? Algum problema? – Retirei meus óculos de leitura para encara-la melhor.
- Está ocupada?
Sua feição era tensa, ela vestia um moletom branco felpudo e um shortinho rosa claro.
- Não, não estou. O que você quer?
Ela se aproximou cruzando os braços como se desejasse esconder-se do mundo.
- Você acha que posso ser expulsa da escola?
Pensei um pouco.
- É apenas uma possibilidade. Afinal, você agrediu uma aluna. Mas, ajudaria saber se você teve motivos concretos de tê-lo feito, mesmo que isso não justifique nenhuma agressão.
Ela olhou para o chão.
- Eu posso ter vindo de uma família pobre, mas eu fui ensinada a ser um ser humano civilizado. Então, jamais machucaria alguém se eu não tivesse realmente motivos. Eu errei, Regina, admito..., mas não me arrependo.
- Seja como for, eu recebi um e-mail da direção do seu colégio solicitando a presença de um dos seus responsáveis. - Ela bufou se sentando em minha cama. – Mas não se preocupe, Robin chegará hoje à noite.
- Mal cheguei aqui e já criei problemas. – Falou se deitando e olhando para o teto. – Talvez Robin decida me devolver. Seria até esperado...
Eu ri.
- Não seja dramática Emma. Se você não der certo nesse colégio, terão milhares de outros tão bons quanto a esperando.
- Obrigada, estou até me sentindo melhor. Você me faz bem Regina. – Falou tranquilamente.
Aquelas palavras me pegaram de surpresa. Não soube o que responder.
- Está confortável aí? – Perguntei mudando de assunto.
Ela sorriu.
- Sua cama é muito macia!
- A sua não é?
- É, mas essa aqui é melhor.
Me levantei e me aproximei passando a mão sobre as cobertas macias da minha cama.
- Aliás, tudo aqui é belo. Tem que ser digno, afinal, você dorme aqui.
Sorri.
- Esse quarto já foi mais confortável um dia. – Falei de forma saudosa.
Ela apenas me olhou. Não perguntou nada. Como se compreendesse o que quer que eu estivesse sentindo.
- Sabe, Regina, talvez ele volte a ser.
- Como?
- Vem, deite aqui. – A olhei sem entender, mas ela permaneceu firme em seu convite. – Venha, eu não mordo. – Riu
Me sentei sobre a cama. Em seguida, deitei olhando para o teto.
Emma tocou minha mão entrelaçando nossos dedos. Me assustei, ela estava deitada ao meu lado me encarando.
Ela é tão linda, seus traços perfeitos, seus olhos tão verdes que me consumiam ao mirá-los. Não sei por quanto tempo nos encaramos. Se foram segundos ou minutos. Mas, eu realmente não me importava.
Emma virou-se para mais perto de mim. Começou a tocar meu rosto em um carinho leve, contornou meus olhos, nariz, boca com tanto cuidado digno de devoção. Seus dedos desceram por meu pescoço arrepiando-me involuntariamente. Passou por meu ombro chegando até a alça fina da camisola branca que vestia. Aquele toque e delicadeza dos atos de Emma me hipnotizavam como um feitiço, fechei os olhos por um momento. Mas, logo os abri quando a senti tocar meu seio ainda por cima do tecido fino, um suspiro pesado saiu dos meus lábios.
- O-o que está fazendo Emma? – Sussurrei com dificuldade.
Ela se colocou em cima de mim apertando, agora, com firmeza meu seio enrijecido. Seu corpo quente fazia pressão contra o meu. Respirar estava ficando cada vez mais difícil, pois o que meu corpo queria mesmo fazer era gemer. Senti seus lábios em meu pescoço, deixando um rastro de beijos por ali. Me encontrava arrepiada, excitada, eu não encontrava forças para parar aquilo. Mas era errado, é errado. Errado de incontáveis maneiras.
Quando Emma veio em direção a minha boca, virei o rosto. Joguei seu corpo para o lado e me coloquei sobre ela. Mordeu o lábio inferior com um olhar sacana.
- Emma, eu não sei o que você quer com tudo isso.
- O mesmo que você Regina.
- O que a leva crer que eu queira algo com você?
- Isso. – Colocou sua mão por dentro do meu vestido, passeando sua mão até tocar por cima da minha calcinha. – Está tão excitada que poderia ter um orgasmo agora mesmo.
- Ah! – gemi. Fez um leve movimento circular e apertou. – Emma, pare!
- Quer mesmo que eu pare?
Mordi meu lábio para me controlar. Levantei da cama de forma rápida.
- Por que você faz isso Emma? – Falei aflita, ofegante e um tanto irritada.
Ela sentou.
- Eu...
- Não! Apenas, saia. – Apontei para a porta.
Ela suspirou fincando de pé a minha frente.
- Meninas? – Nos assustamos, olhamos para porta onde Robin havia acabado de chegar. – Está tudo bem aqui?
Pisquei algumas vezes. Olhei para Emma que fingia que nada tinha acontecido.
- Está sim, Robin. Que bom que chegou! – Fui até ele e nos abraçamos. – Emma e eu estávamos conversando.
- Fico feliz que estejam se dando bem, afinal, essa minha ausência deve ter ajudado.
- E como. – Emma respondeu. – Bom, eu vou para o meu quarto. Acredito que vocês queiram privacidade.
- Amanhã colocaremos as conversas em dia, Emma. Sei que tem muitas coisas para me contar. – Ela assentiu. – Tenha uma boa noite, filha.
Não demorou e Emma saiu. Suspirei.
Robin colocou sua mala sobre o chão, e me abraçou novamente.
- Senti saudades. Mal via a hora de estar com você de novo meu amor.
Assenti.
- Você está bem mesmo? – Perguntou.
- Estou, só um pouco preocupada com a situação da Emma.
- Não se preocupe, resolveremos tudo amanhã. Agora vou tomar um banho, estou muito cansado.
- Tudo bem, espero você na cama. – Me beijou rapidamente e foi para o banheiro.
Olhei para a cama que a pouco tempo Emma e eu estávamos. Suspirei – Onde eu estava com a cabeça?
Deitei. Não demorou para que meu marido voltasse e se deitasse ao meu lado. Estava tão cansado, que apenas dormiu. Confesso que fiquei aliviada.
Naquela noite, quase não dormi. Meus pensamentos voltavam sempre para uma certa pessoa.
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Amor Proibido
FanfictionVida perfeita, casamento quase perfeito. Tudo corria muito bem na vida de Regina Mills quando, de repente, ela se depara com a descoberta de que seu marido possuía uma filha desconhecida de um antigo relacionamento. E que agora essa garota, Emma, ir...