Emma

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POV- REGINA

Desde o incidente com Emma, naquela noite passada, evitei ao máximo que pude sua presença durante esses dias. Não era como se estivesse fugindo, é obvio que aquilo ocorreu por dois motivos. Um, a bebida e dois, a insolência daquela garota sem escrúpulos algum.

Graças a correria do meu trabalho mal ficava em casa. Chegava, me trancava no escritório e jantava por lá mesmo. Por muitas vezes notava o olhar reprovador de Robin. Eu precisava do meu tempo afinal, não?

Hoje é domingo, meu marido teve que fazer uma curta viagem a trabalho e com isso nem me dei ao trabalho de sair do quarto. Porém, a monotonia daquele lugar estava sufocando-me. Decidi ir até a cozinha e ver se Norma estava por lá... talvez tomasse um chá para relaxar e conversar um pouco nessa tarde.

Desci as escadas e rumei a cozinha. Ouvi alguns ruídos vindo de lá e acabei supondo que minha governanta já estivesse mandado preparar o jantar, o que para minha surpresa, era só uma garota loira e alta de frente para o fogão.

— O que a senhorita está aprontando? — Perguntei de modo inquisitivo de braços cruzados no batente da porta.

Ela se assustou e deu um pulinho. Me segurei para não rir.

— Regina... não sabia que estava em casa, quer dizer, não sabia que ainda morava aqui.

— E por que eu não moraria na minha própria casa? — Falei me aproximando do balcão e sentando no banco alto.

— Bem, porque..., você sumiu nessas últimas semanas que eu pensei até que não a veria mais.

— Trabalho. — Dei de ombros — ou você acha que eu mantenho esse luxo todo como?

— Pode até ser... — Respondeu um pouco pensativa — mas creio que não seja isso. — Voltou a mexer na pequena panela no fogo a sua frente.

— E você acredita que seja pelo que?

— Fugindo de mim... Óbvio. — Falou ainda concentrada no que fazia.

Dei uma gargalhada sarcástica

— Fugindo de você? Ora Emma por favor.... Se acha tão importante a ponto de me afetar?

Ela apagou o fogo colocando a panela no balcão a minha frente, pegou duas colheres e me ofereceu uma.

— Aceita?

— O que é isso?

— Uma colher. — Ela riu — fiz chocolate sua boba... vai aceita, ninguém recusa chocolate...

— Eu recuso.

— Vai Regina... é o meu chocolate, é o melhor do mundo... totalmente irrecusável!

— Isso está quente Emma, você acabou de retirar do fogo.

— E daí? Você não gosta das coisas quentes? — Perguntou com uma falsa inocência.

Bufei, afinal eu desci para comer algo... oh, o meu chá....

— Vou apenas provar senhorita Swan.

— Como sabe meu sobrenome? — Me olhou confusa

— Eu devo ao menos ter um dossiê das pessoas que moram comigo, não é? Saber seu sobrenome é o mínimo.

— Sou grata por Robin não o ter tirado do meu nome, ele é da minha avó e é importante para mim. — Falou tirando uma colherada cheia de chocolate e assoprando um pouco antes de passá-lo a boca. A observei por uns instantes e em seguida fiz o mesmo.

Amor ProibidoWhere stories live. Discover now