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Gotas de chuva escorriam pelas janela do táxi, eu as olhava fixamente, até perceber que meu celular estava tocando, peguei o mesmo e vi quem me ligava.

Ligação Casa...

Atendo o celular bufando.

- Alô?- Digo sem um pingo de animação na voz.
- Onde você esta?- Ouço a voz da minha mãe perguntar.
- Onde mais eu poderia estar? Tô indo pra porcaria daquela faculdade.- Digo como se fosse óbvio, até porque era.
- Que bom, você fez a escolha certa.- Diz e tenho certeza que ela tá sorrindo.
- Isso não está certo, você não pode me separar dele assim. Só porque você acha que é o certo, não significa que seja justo você fazer isso.- Digo sentindo o mesmo aperto no coração de semanas atrás. Minha voz começava a ficar embargada, e eu sentia meu nariz arder.
- Não só posso como já fiz. Quando chegar lá me avise.- Diz no mesmo tom autoritária de sempre. Vejo o táxi parar em frente a faculdade.
- Tá, eu aviso. Desligo o celular e o jogo na bolsa respirando fundo.

Desço do táxi e o motorista pega minhas poucas malas, que estavam no porta-malas e me entrega. Pago a corrida e ando em direção a entrada da faculdade com todos me olhando.

Meu nome é Maria Júlia Scott, tenho 18 anos, estudo na faculdade Sol, não que eu tenha muita opção. Minha mãe quer sempre saber tudo sobre mim, então ela me colocou numa faculdade onde meu tio é diretor. Ela praticamente me jogou aqui quando eu tinha 16 anos, ano passado eu reprovei, o que fez minha mãe ficar mais furiosa ainda. Mas eu nem liguei. Eu não queria voltar, mas eu não tive escolha...

Enquanto eu andava até a porta da faculdade as pessoas se espantavam por me ver ali, e já se afastavam. Todos sabiam que meu pavio era curto, então ninguém se aproximava. Digamos que eles tenham um pouco de medo de mim. Desde que eu cheguei nessa faculdade eu só fiz aprontar, arrumar confusão, já briguei com metade dos alunos daqui, então não é culpa deles sentirem medo. Mas eu gosto assim, quanto menos pessoas na minha vida, menos pessoas sofrem.

Não vou dizer que sou totalmente sozinha, tenho dois amigos, o Paulo, e a Sofia, assim como eu, eles reprovaram ano passado, foi aí que nossa amizade começou. Por ser muito pavio curto sempre tô metida em brigas, sempre que alguém arrumava confusão com a Sofia, eu ia lá e resolvia por ela, o Paulo vivia tentando me manter longe de confusões, o que era um pouco complicado, mas mesmo assim ele tentava. Sim, nunca fui expulsa, até porque o diretor da faculdade é meu tio, então me aproveito bastante disso já que eu sei que minha mãe odeia.

Entro na faculdade e o corredor fica em silêncio, ajeito minha jaqueta preta e sigo com minhas malas em direção as escadas que levam pro segundo andar, onde do lado direito fica o dormitório dos meninos, e no lado esquerdo o dormitório das meninas.

Entro no mesmo quarto que eu usava antigamente, só deu tempo de colocar a mala no chão e duas criaturas entraram no meu quarto como se o mundo estivesse acabando.

- AAAH. VOCÊ VEIO.- A Sofia gritou me abraçando forte.

- Que isso mulher?.- Digo rindo e assustada pelo abraço repentino.

- Eu tava com muita saudade, nunca mais me de esse susto. Achei que você não iria vim.- me adverte e o Paulo rir. Olho pra ele.

- Ei estranho. Vai me abraçar não?.- Digo e levanto um braço pra ele se juntar ao nosso abraço.

- Eu não, não tava com saudades.- diz dando de ombros. Olho pra ele com a cara feia, e ele da um sorriso sínico.

- Mentira Ju! Ele ficava reclamando o dia inteiro, dizendo que tava com saudades e que queria que você voltasse.- Sofia diz calmante, e eu levanto as sobrancelhas olhando o Paulo.

- A Sofia é tão fofoqueira.- diz revirando os olhos. Vou até o Paulo e pulo no colo dele, pelo reflexo ele rapidamente me segura - Tá louca? Quase me derruba sua gorda.

- Eu sabia que você iria me segurar.- digo convencida, e sorrio. Abraço ele bem forte - Senti saudade de vocês.

- A gente também sentiu sua falta.- ele sorrir. Desço do colo dele e me jogo na cama que fica junto da janela, que sempre foi a minha, e relaxo.

- Quero saber as novidades.- Digo deitando de bruços e olhando prós dois. Sofia olha pro Paulo e depois pra mim e olho pra baixo enquanto brinca com os dedos da mão.

- Bom, não tem muitas, a faculdade tava calma sem você aqui.- Ele diz e nós três rimos - Já chegaram os alunos novos.- Paulo falou pensando, até que pareceu se lembrar de algo - Ah e a Lorena como sempre arrumando confusão com a Sofia.

- Ei!.- Sofia disse pra ele fazendo careta. Assim que escutei o nome daquela coisa eu me levantei.

- O que ela fez com você?.- Disse já me sentindo irritada.

- Nada.- olhei pra ela de cara feia - É sério, você acabou de voltar, não fica arrumando briga, por favor.

- O que ela fez Smok?.- a chamo pelo sobrenome, e só por isso ela já sabia que eu tô a ponto de surtar. Ela suspira.

- Ela veio no meu quarto mês passado, e disse que algumas meninas foram dizer a ela que eu tava espalhando fofocas sobre ela, aí...- Ela hesita em falar.

- Anda Sofia, me fala. O que ela fez?.- Digo impaciente.

- Aí ela veio pra cima de mim, a gente brigou e eu fiquei de castigo aqui o resto do mês...

- Por isso você não queria ir me ver? Você não tava doente, você tava de castigo. Você deveria ter me dito Sofía!

- Eu te conheço Júlia, você iria querer vim aqui.- Ela diz e senta na minha cama.

- Claro que eu iria. Mas eu já tô aqui, né. Então vou resolver.- Saiu do meu quarto, contando até 10 pra não acabar com a vida da Lorena. Garota implicante.

Sigo o caminho do corredor até o quarto da Lorena, eu ia passando e esbarrava nas pessoas, os que eram novatos diziam pra eu olhar por onde estava andando, os que já me conheciam sabiam que eu estava irritada e só saiam da frente.

Cheguei em frente ao quarto da Lorena e nem hesitei na hora de abrir a porta com força.

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História nova pra vocês.
Espero que gostem e aproveitem muito essa história.

O que acharam da Maria Júlia?
O que acharam da Sofía?
O que acharam do Paulo?

Dêem suas opiniões.

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E não esqueçam a estrelinha ⭐❣️
Pois isso me incentiva a posta capítulos mais rápidos pra vocês ❤️

Gente um avisinho, eu não tenho dias certos pra postar as histórias. Me veio a ideia dessa história na cabeça, então decidi escreve-la pra não perde as idéias que estava vindo na minha cabeça. Por isso só vou postar capítulos novos quando me vierem mais expirações, okay? Espero que vocês entendam e não desistam de mim.

E não, não vou abandonar minhas outras histórias, eu vou continua-las só tô precisando de algumas idéias.

Amor ImprevistoOnde histórias criam vida. Descubra agora