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Assim que entro no quarto vejo Lorena sentada na cama e seu irmão, Vitor, sentado numa cadeira em frente a cama dela. Ela olha pra mim quando chego no meio do quarto.

- Olha só quem voltou, a problemática-.- Diz com um sorrisinho na cara.

- Se eu fosse você eu tirava esse sorrisinho ridículo da cara, antes que eu arrebente ela.- Digo indo pra cima dela. Sinto braços fortes me seguraram.

Nem preciso olhar para trás pra saber que é o Paulo.

- Me solta Paulo.- Digo tentando me soltar, enquanto a Lorena me olhava com aquela cara de deboche dela.

- Não. Você acabou de voltar. Não vale a pena arrumar confusão por causa dela.- Ela diz me puxando pra trás. Respiro fundo. A Lorena ainda ia ter o dela.

- Tá, tá bom. Me solta.- Paulo vai me soltando aos poucos. O Vitor continuava no mesmo lugar, sem dizer nem fazer nada, pau mandado.

Olho bem pra cara da Lorena.

- Escuta bem o que eu vou te dizer, se mete mais uma vez com a Sofia, e eu acabo com você, projeto de falsificação.

Me viro pra sair do quarto. Paro ouvindo o que a Lorena diz.

- Cão que ladre não morde.- Diz e levanta da cama. Me viro pra ela. Vou até ela e chego bem junto dela.

- Você já me viu latir e não morder?.- Sorrio de lado - Você melhor do que ninguém deveria saber que eu cumpro com o que eu digo.- Coloco as mãos no bolso da jaqueta e vou andando pra trás - Se prepara Lorena, eu voltei e seus dias de paz acabaram.- Sai do quarto da loira falsificada rindo.

Apertei meus punhos por dentro do bolso da jaqueta. Eu queria realmente desfigurar o rosto dela. Olhei pro Paulo de cara feia, odiava quando ele me interrompia.

- Não me olha de cara feia. Você sabe que tem que parar de arrumar confusão. Só vai piorar tudo com a sua mãe.- Ele diz e eu reviro os olhos, odeio que ele esteja certo.

- Eu já sei, não precisa ficar me lembrando.- Digo emburrada e ele rir da minha cara.

Passamos no meu quarto pra chamar a Sofia que tava nervosa pensando que eu tinha brigado, expliquei pra ela que nada aconteceu e ela agradece.

- Eu tô com fome, vamos comer alguma coisa. Quero sair daqui antes da palestra começar.- Digo enquanto descemos as escadas.

- De novo Júlia? Você sabe que seu tio vai te chamar e vai ficar furioso se você não aparecer na palestra de novo.- A Sofia diz, olho pra ela com cara de tédio.

- Azar o dele. Odeio esse negócio dele ficar me chamando pra anunciar que eu voltei, toda vez é isso.- Reviro os olhos, olho pro Paulo - A Sofia eu sei que não vem, continua com a esperança de achar algum garoto novato bonito. E você Paulo? Vai comigo?.

- Claro. O diretor não vai me procurar mesmo.- Ele diz dando de ombros e sorrindo. Ele passa um braço pelo meu ombro e o outro pelo da Sofia.

- Vocês são tão irresponsáveis. Você deveria incentivar ela a ficar Paulo, e não ajudar ela.- A Sofia continua reclamando.

- Sofi, hoje não. Faz assim, você grava a palestra e eu assisto depois.- Sugiro enquanto entramos no refeitório, me solto do Paulo e vou comprar um sanduíche.

- Não é a mesma coisa.- O Paulo e a Sofia dizem ao mesmo tempo.

- Credo, vocês tão muito chatos. Vão sentar, eu compro a comida.- Digo e eles vão procurar uma mesa. Vou até a lanchonete do refeitório - Vou querer três sanduíches, e três cocas.

A moça assente e eu espero ela trazer o que eu pedi. Sinto esbarrarem no meu braço. Olho pro indivíduo que só pode tá querendo morrer.

- Foi mal aí.- O garoto diz, olho ele de cima a baixo. Paro o olhar em seu rosto, ele era até bonitinho.

- Olha por onde anda da próxima vez.-Digo e me viro novamente pra lanchonete vendo a moça pegar as cocas.

- Ou sem educação, eu já disse que foi sem querer.- Ouço e respiro fundo, olho pro garoto de cabelo preto novamente.

- Você é novato, né?

- Sou.- Diz como se fosse óbvio. Em outras circunstâncias eu acabaria brigando com aquele garoto, mas como ele é novato apenas respirei fundo, paguei os lanches, peguei a bandeja e olhei novamente pro garoto.

- Não esbarre em mim novamente, ou você vai perder os dedos.- Disse e passei por ele indo até onde a Sofia e o Paulo estavam.

Me sentei de frente pra Sofia.

- Quem era aquele garoto?.- Sofia perguntou sorrindo.

- Novato.- Disse e peguei meu sanduíche. Paulo pegou nossas cocas e abriu.

- Então, pra onde vamos?.- Paulo me perguntou bebendo sua Coca. Sofia nós olhava enquanto comia.

- Não pensei, vou pegar minha moto no porão e depois decidimos o destino.- Disse bebendo um gole da minha Coca-cola.

- Voltem logo, tá? Você acabou de voltar e ja vai me abandonar.- A Sofia disse fazendo os drama dela. Eu e o Paulo seguramos a risada.

- Não seja dramática. Você deveria vim também, sempre arrumo espaço pra mais um na moto.- Digo sorrindo terminando meu sanduíche.

- Eu não, por mais que tenha sentido sua falta. Eu quero ver os novatos bonitos que chegaram.- Diz sorrindo

- Você não muda Sofia.- Paulo diz rindo.

Terminamos nossos sanduíches, e nos levantamos. Ouvimos alguns chiados no microfones e de repente a voz do diretor se faz presente:

- Aviso para todos os alunos, se dirigirem ao terraço principal, a palestra irá começar. Sem exceção de nenhum aluno, todos devem ir. Como tem alguns engraçadinhos que gostam de faltar, esse ano iremos fazer uma chamada e os alunos que estiverem faltando iram receber um castigo. Obrigado pela atenção de todos.- Sofia  olhava de cara feia pra mim e pro Paulo.

- Vocês ouviram o diretor, vão acabar ficando de castigo.- Ela dizia preocupada, segurei em seus ombros e a vírei em direção ao terraço principal e fomos andando.

- Relaxa princesa Sofia, apenas finja que não sabe de nada, eu e o Paulo aguentamos um castigo, o que eu não aguento é ouvir o diretor tagarelando a mesma coisa todo ano.- Digo revirando os olhos - Agora tchau, e se aquela imitação de Barbie fizer alguma coisa com você, me liga que eu venho, tá?.- Ela assente suspirando, beijo o topo da cabeça dela, o Paulo faz o mesmo e aproveitamos a multidão pra sair de fininho.

Já sabíamos onde cada câmera ficava, então apenas nos esquivamos delas e saímos pela porta, fomos correndo prós fundos da faculdade, abrimos o cadeado e o Paulo me ajudou a abrir a porta de madeira.

- Você deixou ela com gasolina?.- Paulo me perguntou enquanto eu ia até minha moto.

- Não lembro.- Digo rindo e dando de ombros, vou até uma caixinha preta e empoeirada, que estava escondida, pego a chave da minha moto, tiro o pano de cima da mesma e ligo a mesma - É, tá com gasolina.- Subo na moto e viro a mesma, pego os dois capacetes, coloco um e dou o outro pro Paulo. Saiu com a moto e o Paulo fecha a porta. Ele sobe na moto e coloca o capacete.

- Só não mata a gente, tá?.- Paulo diz segurando na minha cintura. Rio.

- Eu vou tentar.- Digo e acelero a moto, passando em frente a faculdade e seguindo pra rua, onde eu acelerei a moto, sentindo o vento bater no meu corpo.

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