Ela estremecia mais a cada lance de escada. O guarda que a levava não havia feito qualquer som ou expressão de desgosto pela escolha do rei, como quase todos no salão haviam feito.— ele virá logo — foi a única frase que o homem disse ao parar frente a uma grande porta e abri-la. Sakura sentiu o ar sumir completamente dos seus pulmões. A gigantesca cama destacava-se com seus vários lençóis de seda, os moveis em mogno e as janelas abertas clareando todo o recinto, as pinturas, os adornos, tudo do maior requinte. O quarto digno de um rei. Algo que ela jamais viu. Passou tanto tempo olhando para o lugar que não ouviu quando a porta fechou-se atrás de si.
Perto da cama havia uma mesa coberta com diversos alimentos, em sua grande maioria, desconhecidos para Sakura. Ela salivou ao sentir o cheiro da carne assada e dos pães recém saído do forno. Seu estomago protestou, lembrando-a que a muito não comia. Deu um passo em direção ao banquete, mas se deteve antes mesmo de dar outro passo.
— pode ir — a voz rouca soou atrás de si fazendo-a pular pelo susto e virar-se para olhar o vampiro atrás de si. Ele a estudava com demasia curiosidade. E ela a ele. Os olhos negros eram o que mais a atiçava. Nos seus poucos anos de vida, nunca viu um vampiro que tivesse os olhos de outra cor a não ser vermelhos.
— está com muita fome? — ele perguntou e ela assentiu freneticamente. Ele não esboçava qualquer reação, suas feições eram sempre serias, ela nunca conseguiria dizer se ele estava com raiva. — então coma — ele desapareceu e ela soltou um suspiro pesado. Virou-se para vê-lo segurando uma cadeira, esperando para que ela senta-se. Ele era um cavalheiro, mas ela não sabia o que era bons modos. Nunca teve oportunidade de saber.
A dor em sua garganta aumentou e ela tentou engolir em seco. Caminhou até a cadeira e sentou-se, ele sentou-se ao seu lado vendo-a olhar timidamente para tudo, mas com os olhos famintos para saborear tudo. Ele estendeu-lhe um pão e ela pegou olhando-o timidamente. Levou o pão aos lábios. Abriu a boca devagar rezando para que conseguisse comer o pedaço de pão, até que uma mão a parou e ela abaixou a cabeça segurando o choro.
Ele tomou o pão de sua mão para devolver a bandeja, ela não entendia, mas imaginava que aquilo era algum castigo. E esperou que fosse menos cruel que o seu ultimo.
...
Sasuke olhava a garota dirigir o pedaço de pão a boca, totalmente insegura do que fazer. Ele não imaginava de onde ela veio ou o que fazia para não poder ou saber comer um pão. Parte de suas perguntas e a timidez que a envolvia desapareceram quando ela abriu os lábios.
As pequenas bolhas que avia no começo dos lábios o deixou em alerta. Tomou o pão e o devolveu a bandeja. Teria que examinar o que havia acontecido com ela antes de alimenta-la. Ele virou-se em sua cadeira a colocando frente a ele. Ela tinha os olhos úmidos e ele pode cheirar seu medo crescente.
— abra a boca — ele comandou. Ela o fitou atentamente com os olhos arregalados, e abriu a boca lentamente, testando até onde a dor seria suportável. Os olhos negros endureceram. As feridas eram muitas e estavam por todo lugar. Ele levantou-se movendo a cabeça dela para que pudesse olhar a sua garganta. Ela estava em pior estado, com bolhas enormes. Seus olhos pareciam navalhas ao ver o estrago que fizeram com a garota. — é por isso que você não fala. — ele mais afirmou do que perguntou.
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You belong with me
أدب الهواةSasuke Uchiha rei da maior nação vampírica da Ásia havia a escolhido dentre quatro jovens para si, algo na garota sem nome de cabelos rosados e olhos verde o atraiu de certa maneira que o fez quebrar regras. Ele estava disposto a passar por cima de...