Capítulo 5

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CAPÍTULO NÃO REVISADO




Athemis

Os dias que se seguiram foram tranquilos, eu estava conseguindo manter tudo sob controle, menos a mim mesma. Eu não conseguia dormir, ele invadia os meus sonhos de forma bruta e absurda, as poucas  lembranças invadiam os meus sonhos e os pesadelos só pioravam, eu estava confusa. Confusa com tudo que estava acontecendo, eu não gostava, muito de pensar em tudo que havia acontecido comigo, na verdade eu não me lembrava de muita coisa desde a primeira vez. Eu preferia fechar os olhos quando ele entrava no meu quarto na madrugada, preferia fingir que nada daquilo era real, eu não suportava o toque de sua mão pesada e áspera descendo sobre minha barriga até minha intimidade, eu não queria mais sentir.. então minha mente criou uma cortina de fumaça, e tudo muito embaçado e tudo muito confuso, mas era melhor assim..

Eu estava praticamente dormindo em pé enquanto me arrumava para ir trabalhar como garçonete em um bar que era ali perto, o salário e muito baixo, mas dava para manter o leite da minha pequena

-Ta tudo bem Athemis?

A senhora Paula perguntou me olhando visivelmente preocupada. Eu odiava saber que eu era o motivo de preocupação dela, ela já não tinha mais idade para isso.

-Não e nada, não se preocupe com isso

Digo sorrindo fraco e sabendo que minhas palavras não trariam nenhum conforto a ela 

- Os sonhos voltaram?

ela perguntou caltelosa e eu suspirei pesadamente, eu nunca contei oque realmente aconteceu comigo e com a sara naquela casa. Porém ela sempre respeitou o meu espaço, ela sempre soube o necessário para que ela fique em segurança caso alguem venha atrás de mim.

- Com força total..

Sussurro derrotada, eu estava muito mas muito cansada. Cansada ou ponto de não saber se vou conseguir suportar, o peso do meu mundo conturbado estava pesado de mais para mim carregar sozinha e eu me sentia uma criaça de 5 anos que está com medo de um monstro em baixo da cama. A diferença e que eu gostaria muito que eu fosse uma criaça e que minha mãe viesse me salvar dos monstros em baixo da minha cama, mas eu não era uma criança e minha mãe não me solvaria.

- Oh minha criança não chore 

Só então eu fui reparar que lágrimas grossas escorriam dos meus olhos, molhando minhas bochechas em uma velocidade impressionante.

- Tem certeza que voce não quer conversar sobre isso?

Ela pergunta com os olhos marejados e eu suspiro secando meu rosto com as costas da mão. Caminho até ela com um pequeno sorriso no rosto e beijo sua testa

-Eu amo voce, e exatamente por isso que eu não vou te contar nada..

-Não quero que nada aconteça com voce, eu nunca me perdoaria

Ela suspira pesadamente e segura o meu rosto com delicadeza

-Eu sei que tudo que voce esta fazendo hoje, e consequencia de algo que aconteceu no seu passado, eu não vou te obrigar a dizer nada, mas voce prescisa entender uma coisa athemis. Quando o nosso mundo começa a desmoronar, nós prescisamos reconstrui-ló voce athemis não prescisa carregar toda essa dor e esse peso dentro de si sozinha. Eu estou aqui para te ouvir quando voce quiser falar 

Ela beija as costas da minha mão e eu suspiro me controlando para não desabar na frente dela

-Eu te amo

E tudo que ela diz antes de sair do quarto com sarayu no colo. paro e respiro 1, 2, 3 vezes e saio da casa indo em direção ao meu trabalho que nao ficava longe dali pedindo aos céus para que tudo ficasse bem pelo menos uma vez.










Athemis Um Caminho Sem VoltaOnde histórias criam vida. Descubra agora