OBRA REGISTRADA.
NÃO!
Rory não perdeu um sapatinho e encontrou um príncipe, nem comeu uma maçã e ganhou um beijo encantado.
Ela não era a mocinha!
Ao menos, não até seu coração ter falhado e um transplante ter sido feito
A ideia de que seu novo...
" Mesmo que seja estranho e complicado, eu não trocaria essa história por nenhum conto de fadas."
Pequena Sereia.
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Flashback.
— A Coroa sumiu!
Os boatos do sumiço da tão desejável coroa se espalharam por toda Atlanta, enquanto uma busca acirrada pelo “ladrão”, ou pior; pela “ladra de coroa” tornou a noite do baile um verdadeiro campo de acusação.
“Rory é a culpada, ela era a única sem chance alguma de se tornar a rainha!”
“Sem sombras de dúvidas, Rory Mazon roubou a coroa”
As acusações eram constantemente fixadas no quadro negro direcionadas a mim, mais um ato maléfico. Entretanto, seria eu a ladra da coroa? Ou isso não passava de uma consequência por meu histórico de vilã?
Anos depois:
Nunca fui apegada a contos de fadas. O universo “encantado” onde a mocinha em apuros espera incansavelmente o seu príncipe para lhe tirar de uma situação embaraçosa, não passava de um universo “meloso” assim como o doce que havia em minha bolsa para aumentar a minha glicose.
E para piorar a situação Atlanta, minha antiga escola, decide após dois anos, fundar uma “noite do reencontro” baseada no “conto de fadas” cujo recebi como sugestão de look, a caracterização de uma personagem dos contos... “A mais chata por sinal”.
Lá estava eu diante do grande dia, em frente à escola, que tinha montado um grande evento: “o baile real!” aos pés de um grande tapete vermelho onde podia perceber como era aveludado, dava para notar como a escola tinha investido pesado para mascarar o desastre que havia sido o nosso baile de formatura, com o “furto da coroa” trazendo consequências devastadoras a respeito de um dia tão especial, principalmente para as garotas. Aquilo deu o que falar! Digamos que Atlanta ganhou uma mancha em seu histórico “impecável” de festas em comparação às demais escolas.
Assim que cheguei, me direcionei em direção a um corredor de flores disponibilizado pela escola, com as mãos agarradas sobre o vestido pomposo e acinturado, cujo me lembrava de que eu não poderia sentar caso ingerisse algum alimento. Enquanto meus pés queriam fugir do salto fino, meu dedo mindinho resmungava devido a pressão insuportável proporcionada pelo couro do salto.
Segundos depois que entrei no lugar anunciado, pude sentir alguns olhares me perfurando e logo os cochichos alçaram os meus ouvidos, e isso estava me dando nos nervos. Tendo em vista que eu odiava com toda a minha força de ruiva, ouvir “cochichos” ao meu respeito.
Era óbvio! Eles cometeram um erro em minha personagem. Eu não era a bela adormecida, mas sim, a Malévola de vestido vermelho com os cabelos escarlate, preste a avançar em cima das mocinhas dos contos.
