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—Você esteve esperando por este dia toda a sua vida, não    foi? Você sempre teve inveja de mim e da atenção que recebo. Você está com ciúmes por eu ser mais bonita, mais magra e mais popular.

—Ei, agora, isso não é.... — Poncho fala.

—Cale a boca, seu porco!. — Belinda grita. —Meu marido está chamando seu pai agora para te demitir.

—Belinda, acalme-se, — eu digo, mas minhas palavras são como óleo na chama.

—Eu não vou me acalmar. Não quero que vocês dois continuem a arruinar o meu  dia. Eu  não  posso  acreditar  que  você trouxe o seu namorado falso aqui e, em seguida, começou a fazer com que ele fizesse tudo o que podia para tornar este dia  tudo sobre você!.

Eu sei que este é o casamento de Belinda, mas não posso ouvir essa calúnia de Poncho. Se ela tivesse insistido em me insultar, eu teria sorrido e entediada. —Foi o amigo do seu marido que ficou tão bêbado que não pôde comparecer à cerimônia. Poncho entrou na sua insistência porque você não queria que os números  fossem errados. Foi Greg quem quase te empurrou no altar. Poncho salvou você. E fui eu quem....

—Sim, foi você! — Belinda chora. —Você não pode manter um homem e, no fundo, você sabe que nunca vai ser tola se lhe pedir para casar com você e porque você não poderá ter um casamento como esse— - ela balança os braços e o buquê vai voar —você  tinha que estragar meu dia. É o seu egoísmo que faz você solteira. Você vai morrer solteira porque ninguém quer você!.

—CALA A BOCA BELINDA, SUA CADELA MIMADA — Poncho rosna. —Eu a quero, eu a quero tão malditamente e fodidamente como a minha alma e  vou fazer a única coisa que venho com vontade de fazer nessa porcaria de cerimônia.

Todo o meu mundo se afasta do seu eixo enquanto Poncho desce  e captura minha boca. Eu separo meus lábios em surpresa. Poncho aproveita imediatamente. Sua língua arremessa e lambe o céu da minha boca. Meus joelhos cederam, mas os braços fortes de Poncho  me pegaram e me puseram contra ele. Eu beijei alguns homens na minha vida - principalmente para me ajudar a esquecer Poncho -, mas nunca senti nada assim. Eu nunca percebi que o toque dos lábios  de um homem pode fazer o mundo desvanecer, pode te elevar   tão alto que você sente que está flutuando nas nuvens, pode acender um fogo em sua barriga que nenhuma água poderia apagar.

Eu passo meus braços em volta do pescoço dele e esqueço que estou em uma igreja. Risca isso. Eu esqueço tudo. Eu esqueço meu voto de nunca deixar meu desejo ultrapassar a razão. Eu esqueço que a amizade dura para sempre e o romance sempre morre. Eu esqueço meu próprio nome.

A onda de sensações que flui dos seus lábios para o meu núcleo me faz tremer. Eu não sou nada mais do que uma massa de nervos, e com cada passo de sua língua contra a minha, aproximo- me da borda do penhasco.

Eu o agarro mais perto, cheio de necessidade desesperada e não satisfeita. Suas mãos caem da minha cintura até a minha  bunda, me puxando com força. Mesmo através das múltiplas camadas de algodão, lã e cetim ainda posso sentir a queimadura do seu eixo rígido. Meu ser inteiro ilumina você. Eu levanto a minha perna, abrindo para ele, abrindo caminho...

—Anahi Puente Portilla! Você para agora!. — Minha mãe grita.

Sua mãe estridente atravessa e rompe meu nevoeiro induzido pela luxúria. Minha perna cai no chão. Eu olho para os lábios vermelhos e inchados de Poncho e levanto dois dedos para a minha própria boca picada de abelha. Os pensamentos racionais que fugiram no momento em que Poncho começou a me beijar me inundaram como uma onda gigante e envolvente. Um grito de alarme escapa da minha boca. Ponho a mão sobre a boca, pego o paletó de Poncho, pego meu telefone e faço o que qualquer outra pessoa sensata faria na mesma situação.

Eu corro.

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ATÉ QUE ENFIM PONCHO TOMOU UMA ATITUDE .....

Me faça Seu! ( Mini)Onde histórias criam vida. Descubra agora