Qual era a razão daquilo estar acontecendo com ele?
Sem emprego. Sem amigos. Sem família. E agora sem lugar para ficar.
Não havia nenhuma alternativa, senão aquela. Que ele odiava.
Não tinha como ser expulso do hotel do seu avô, o mesmo onde havia sido o casamento. Ninguém podia lhe negar abrigo ali.
- Com licença - ele disse entregando o cartão do avô - Josh Urrea, poderia me arranjar um quarto?
A mulher sorriu.
- Claro - ela disse entregando um cartão. Ele acentiu e começou a caminhar na direção do elevador. Ao dobrar no corredor ele parou em silêncio ao se deparar com duas pessoas.
Era o guarda, e a garota insolente.
Ela parecia implorar por algo e ele apurou os ouvidos para saber o que era.
- Mas me deixaram entrar ontem! - ela disse gesticulando - São só dois minutos!
- Ontem a senhorita estava com um hóspede - o guarda disse -Hoje não posso deixá-la entrar.
Ele olhava para ela com desprezo, e Josh notou que era por conta da forma como ela se vestia. Um moletom largo e calça velha. Um tênis bem batido e o cabelo preso em um rabo de cavalo.
Josh bufou e respirou fundo.
Ele ainda se perguntava o motivo do que estava fazendo, mas avançou.
Ele caminhou imponente como sempre, sério e sem demonstrar um sorriso no rosto.
- Ela está comigo - ele disse se aproximando. O guarda fez uma reverência.
- Sr. Urrea - ele disse temeroso.
Any se virou confusa. Ela baixou a cabeça para não manter contato visual com ele.
- Beauchamp - Josh corrigiu. Se virou para Any e indicou o elevador- Vamos logo.
Ela acentiu e entrou no elevador, ainda sem entender o motivo dele tê-la ajudado. Ela parou ao lado dele em silêncio enquanto ele apertava um botão. Ele colocou a mão no bolso e olhou para a garota, muda e cabisbaixa.
Ele voltou a olhar para frente e foi a vez dela mirá-lo. Nem um sorriso ou sinal disso. Nada. Ela jamais havia visto um sinal de alegria no rosto dele. Ele apenas olhava sério para a frente.
- O que quer aqui? - ele perguntou ríspido.
Ela engoliu seco.
Não podia abaixar a cabeça pra ele. Olhou reto, de cabeça erguida e olhar como o dele.
- Eu vim buscar minhas coisas - ela disse. Ele a olhou, mas ela nem moveu um músculo.
- Que tipo de "coisas"?
- Desde quando te interessa?! - ela perguntou.
- Desde que fui eu que te ajudou a entrar aqui - ele disse. Ela suspirou. A quem queria enganar. Ela não tinha nem direito de tentar ser ríspida com ele.
A porta do elevador se abriu e ela o seguiu.
- Qual quarto? - ele perguntou.
- 314 - ela disse. Ele bufou. Como poderia ser o mesmo que ele iria ficar?
Ele caminhou sendo seguido por ela. Ao chegar diante da porta, passou o cartão e abriu.
Não se importou com bons modos ou cavalheirismo, ele entrou diante dela e simplismente parou e olhou para trás fazendo sinal.
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Four knights?
FanfictionHISTÓRIA ADAPTADA Se tem algo que Any Gabrielly nunca achou em sua vida foi facilidade. Sofrer para conquistar o que quer, foi a realidade dela desde criança. Quando sua vida sai completamente dos trilhos, uma simples proposta de que tudo vai se res...