Four knights?

the emotional mess

Assim que Any terminou de arrumar o cabelo, olhou para seu quarto e percebeu que Josh não estava mais ali. Pensou que talvez ele tivesse tido problemas e teve que sair as pressas. Ao olhar para o balcão no banheiro, viu o relógio dele. Se levantou e pegou suas muletas, tomando o relógio em mãos e saindo em busca do dono para devolver. 
Assim que chegou a porta de seu quarto e abriu, foi bem a tempo de ver toda a cena com Joalin, Bailey e Josh. Nenhum dos três notou a presença dela, até Joalin chocar todos com sua ação inesperada.

- Você me daria uma chance? - ela dirigiu essas palavras a Josh. Any paralisou. Viu um filme passar diante de seus olhos, cenas desde o dia em que conheceu Josh. Uma dor inexplicável lhe invadiu. Mas não era física. Algo pior do que todas as vezes em que sua madrasta e meia-irmã lhe maltrataram. Algo semelhante a dor de quando seu pai lhe expulsou de casa. 
Ela engoliu seco. Josh parecia ter saído do corpo e viajado longe. Então lentamente ele levantou os olhos e os dele encontraram os dela. Foi um momento em que as duas almas se despedaçaram. Bailey deu as costas possesso de raiva e vontade de chorar, entrou no quarto e bateu a porta.
O silêncio seria eterno se não fosse interrompido pelo toque do celular de Joalin. Ela puxou e percebeu que era uma mensagem.

- É uma cliente - ela disse e guardou o celular. Olhou para Josh - Não precisa responder hoje, está tarde. Boa noite, avise a Any que venho amanhã.

E ela saiu sem nem notar que Any observava tudo com seus olhos lacrimejados. Josh e ela paralisados se olhando sozinhos na sala e sem saber ao certo o que dizer.
Ele avançou com medo, passo a passo na direção dela. Ele estava de boca aberta como se quisesse falar algo, mas nada em sua mente parecia funcionar direito.
Ela juntou todas as suas forças para abrir um sorriso leve e estender o relógio para ele.

- Eu queria te devolver - ela disse. Ele segurou, seus dedos tocaram os dela, e ele permaneceu ali apenas para sentir a pele dela, mas logo o encanto se quebrou e ela puxou a mão. Josh engoliu seco voltando a olhar para ela

- Você nem vai conseguir dormir a noite, não é? 

Ela riu e suspirou. Então olhou no fundo dos olhos dele desejando que ele negasse assim que ela disesse.

- Afinal...Você a ama, isso é o que você sempre quis - ela disse. Ele seguiu  em silêncio e ela acentiu, e se virou.

Abriu a porta do quarto entrou e bateu com força. Josh ainda estava paralisado, mirando a porta dela. Any sentiu o ar faltar assim que entrou. Não pode impedir o choro que veio descontrolado, ela tentava ao máximo não fazer barulho. Soltou as muletas e se abaixou, sentando no chão, escorada na porta, e chorando silenciosamente. Josh subiu na varanda dela, rapidamente e levantou a mão para bater na porta. Mas parou antes que a mão atingisse a madeira. Ele respirou fundo e passou a mão pelos cabelos. Se virou, e escorou na porta, deslizando até o chão e abraçando suas pernas. Os dois estavam estilhaçados como nunca antes na vida.

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L

yla estava limpando a casa. Graças a partida de Any, finalmente estavam livres das tralhas da garota, e podiam fazer o que quisessem com a casa, sem os chiliques dela sobre serem "lembranças da mãe".
Estava agora, limpando o armário do marido, que viajava naquele instante. Enquanto dobrava as roupas, viu no fundo do armário, uma caixa grande, que jamais havia notado.
Estava bem escondida, atrás de algumas peças de roupa. Ela puxou, curiosa. Abriu, e ficou mais confusa ainda. Haviam fotografias. De Priscilla, mãe de Any. Ela estava em uma clínica médica, posando ao lado de um outro médico. Alto, imponente. Era bonito, ela não podia negar. Virou a foto. Com uma letra cursiva muito bonita, estava escrito: