A ligação - 35 capítulo

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Sabe aqueles dias em que você quer apenas fica na sua cama sem fazer absolutamente nada? É, então você me entende.

Hoje seria o dia em que nós iríamos fazer a prova e que como eu havia dito Camila não iria, por isso eu marquei de me encontrar com Chris em frente ao hospital pra eu entregar as chaves pra ele e seguir meu caminho com Maria Eduarda pra facul.

-Toma aqui palhaço e toma conta da nossa amiga ouviu bem? -A anã de circo fala e ele concorda.

-Bom nós vamos indo que temos que pegar as cadeiras da frente, tchau Christopher. -Puxo Duda que resmunga.

-Calma Maya! -Diz e eu reviro os olhos.

-Você sabe que não podemos chegar atrasadas, ainda temos que resolver com a diretora sobre Cami. -Digo   drobando a esquina de onde era nossa faculdade suspirando.

-Ai May, essa prova vai ser difícil. Vamos embora e fingimos que nada aconteceu.

-Maria Eduarda! A prova vai ser fácil se acalma... -Estreito o olhar pra ela.

(...)

5 horas depois...

Ok, essa prova estava difícil com toda certeza,Teve mais de dez questões e mais de dez jeitos de eu enlouquecer.

Eu falei com o professor do estado de saúde de Camila e ele entendeu perfeitamente e disse que ela poderia fazer semana que vem.

-Tô morta, vamos? -Duda aparece do banheiro e eu concordo.

-Amiga tá tudo bem? Tá, você não tá bem e isso tá na cara mas você quer conversar? -Pergunta com os olhos focados em mim enquanto saiamos pelo portão do prédio.

-Não é nada, eu só tô muito cansada sabe,ontem tivemos um dia cheio de problemas.

-E esse problema tem nome e sobrenome. -Ai Maria Eduarda para com isso se não eu vou chorar.

-Vamos encerrar essa conversa por aqui tudo bem? -Começo a andar ligeiramente sem esperar a garota que tinha uma feição agora meio fechada e isso com toda certeza me fez sentir um pouquinho de culpa porém eu não queria que essa história fosse a diante. O caminho que era percorrido por quinze minutos, hoje foi por dez.

Duda foi pra minha casa outra vez já que sua mãe estava viajando e ela não gosta muito de ficar sozinha, adentramos na recepção do prédio e logo em seguida entramos no elevador.

-Você tem que... Conversar com alguém sobre isso entende, não guarda isso pra si só, Joel te ama entende. É só ciúmes! -Fala e eu a encaro.

-Porque ele não segurou os ciúmes dele? Foi preciso fala tudo aquilo pra mim Duda? Eu tenho culpa? Eu tava na gravadora, pegando chuva pra depois ele fala aquilo? -Interrogo com a voz embargada sentindo um forte aperto no peito.

-Mas também né Maya, se fosse eu, eu também ficaria assim, primeiro você não atende nehuma chamada dele, segundo ele,Rk veio com você, logo depois tu aparece vestida em uma camisa do cara me diz como tu acha que ele iria fica?!Conversa com ele -Ela continuava a me olhar confusa.

-Que dizer que a culpa é minha? -Ignoro seu conselho,perguntando segundos antes de sairmos do elevador e caminharmos ao meu apartamento.

-Não, nunca falarei isso May, só que a culpa não é toda dele! -Fala entrando dentro do cômodo e eu paro por alguns minutos.

Ela tava certa mas eu ainda não conseguia entender o porque dele ter feito aquilo tudo, eu não quero que ele perca as amizades dele por minha causa.

-Amiga, não vai vim me abraçar? -Camila aparece, ela estava meio pálida e tinha algumas olheiras, por mais que ela tivesse passado apenas uma noite, acredito que ela não tenha dormido nada.

-Oi meu amor, desculpa... -Abraço-a e ela me aperta mais e mais.

-Fiquei sabendo do ocorrido... Me desculpa, foi minha culpa por vocês terem brigado. -Ela sussurra em meu ouvido.

Não Cami, você não teve culpa de nada.

-Porque você tá falando isso? -Falo no mesmo tom que a mesma separando do abraço.

-Porque se eu não tivesse passado mal, você não precisaria ir ao médico junto com o tal lá. -Fala se referindo a Sebastian.

-Para com isso, a culpa não é sua. Quem que te contou isso hein? -Já até imagino quem seja.

-Chris,  lógico! -Dia e eu vejo o rapaz na cozinha tentando fazer panquecas eu acho.

-Hum...Você como cozinheiro, como ainda não colocou fogo na cozinha? -vou até a geladeira pegando um copo de suco vendo ele me mostra a língua.

-Vem cá, isso são horas de tomar café ou é hora de almoçar? -Maria pergunta e só ai me dou conta que os dois tinham acabado de acordar também.

-É, parece que a gente vai ter que comprar quentinhas. -Viro pra garota que se jogou no sofá.

-Ok, tu liga ou eu?

(...)

Acordo com o toque do celular, bato no criado mudo ao meu lado em busca do aparelho e quando eu encontro atendo sem ao menos ver o nome.

Ligação on:

-Maya? -Escuto a voz rouca de Johann do outro lado da linha.

-Johann? Aconteceu algo? -Pergunto vendo que eram exatamente duas da madrugada ainda.

-Você já sabe o motivo em que eu te liguei né?vem aqui no barzinho perto da minha casa, vou está te esperando. - Fala e eu começo a me preocupar.

-Eu tô Indo ai, espera rapidinho!

Ligação off.

Me levanto, trocando de roupa colocando um shortinho jeans com uma camisa comprida porém não cobria a parte debaixo, faço um coque descabelado e desço as escadas vendo que Chris e Camila dormiam no sofá abraçados.

-Camila,ei. - Sussurro e ela desperta resmungando.

-Que foi?

-Vou sair, jajá eu volto ok?!

-Vai lá, até mais tarde e cuidado. -Ela volta a dormir e eu saio pegando o elevador que na mesma hora chegou ao andar debaixo.

-Aonde vai a essa hora mocinha? -Seu Rodrigo pergunta e eu o respondo.

-Vou na casa de um amigo, ele tá precisando de ajuda... -Saio de lá vendo que Miami já estava mais calma e serena, eram poucas as vezes que ela está assim já que ela sempre vive em festa.

O caminho até o bar foi o tempo em que eu pensava várias besteiras e essas besteiras só me diziam que tinha algo haver com ele. Eu me sentia péssima por nossa briga, só que eu não entendo o motivo daquele ciúmes todo.

Minha cabeça tava um peso só,eu sentia tanta saudades dele...

Dos seus carinhos, do seu sorriso, das nossas brincadeiras, dos beijos.Tudo aquilo me deixava triste, eu queria ele do meu lado.

Eu já estava na rua da casa de Johann. Não era atoa que lá era conhecido como a rua que tinha mais bares de toda Miami Beach.

A visto o garoto que tinha a cabeça baixa, com as duas mãos no bolso bem em frente ao primeiro compartimento.

-Oi, cadê ele? -Pergunto depois de me aproximar...

Love at first sight - Joel PimentelOnde histórias criam vida. Descubra agora