Bêbado - 36 capítulo

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Joel narrando:

Viro mais um copo de Whisky já sentindo o álcool presente em meu corpo algumas horas atrás. O carinha que me servia já estava revirando os olhos toda vez que eu o chamava e a vontade de meter o soco na cara dele era bem grande,mas eu apenas me contentava em mandar o dedo do meio quando ele virava de costa.

-Trás um copo de Whisky pra mim, não, melhor trás um copo de Tequila. -Falo com a voz embolada,o babaca revira os olhos outra vez e eu debocho jogando uma azeitona (que eu não fazia ideia o porque de está ali) em suas costa e ele apenas rosna.

Os ponteiros do relógio que era pregado na parede da espelunca começaram a girar sem parar, minha vista fica turva e a voz do real motivo da minha bebedeira ecoa pela minha cabeça.

Eu sou um fudido.

-Tá aqui. -Joga o copo que quase virou com tudo em cima de mim.

-Tá ficando louco Papai Noel? Cadê o dono desse cabaré?quero os meus direitos- Falo.

-Eu sou o dono desse estabelecimento! - O corno do Papai Noel fala alterado e eu me levanto quase caindo.

-Nem dinheiro pra pagar um funcionário não tem. Também, quem quer trabalhar nesse fim de mundo?-Ninguém prestava atenção na nossa "conversa" Já que todos ali estavam bêbados que nem eu.

-Já chega, me pague e vai embora antes que eu chame a polícia palhaço. -Diz fazendo menção de pega o telefone pra discar o número.

-Eu pago só pra você criar vergonha na cara e pagar um funcionário, porém eu não vou embora. -Jogo várias notas de dólar em sua cara.

-Pois então chamarei a polícia para você seu bêbado maluco. -Fala indo mais pra dentro.

-Bêbado eu tô mesmo! -falo abrindo a garrafa de tequila.

Viro mais alguns copos até que eu começo a rir aleatoriamente da minha desgraça.

-Até que enfim eu te encontrei! -Viro de uma vez, vendo a puta do Vera girar instantaneamente.

-Que porra é essa? -pergunto vendo ele me puxa.

Daqui eu não saio,daqui ninguém me tira!

-Vamos embora, vou te levar pra casa. -Tenta me puxar só que eu aperto seu braço e ele resmunga.

-Vai toma no cú, eu só vou sair daqui quando eu quiser. -Tomo outro copo.

-Já sei. -Ele fala pegando o telefone saindo e eu reviro os olhos.

-SEU FUDIDO! -Grito antes dele desaparecer por completo da minha vista.

Dez minutos depois...

-Como foi ser corno pela primeira vez da Mamãe Noel Papai? -Debocho pela milésima vez de sua cara.

-Eu já estou sem paciência, eu realmente vou chamar a polícia pra você rapaz. -Que velho babaca.

-Joel? -uma voz doce atingi meus tímpanos fazendo com que eu vire dando de cara com aqueles olhinhos perdidos.

Quando foi que eu me tornei um babaca assim?

O bar que era composto por vários velhos barrigudos que conversavam ficam calados ao perceber a voz da única mulher no local e eu reviro os olhos ao ver o tamanho do seu short que marcava tanto suas coxas quanto sua bunda.

Ela se aproxima de mim, com aqueles olhos que eu tanto amo segurando em minha mão e eu as aperto.

-Já são duas da madrugada, não era pra você tá aqui bebendo,Vem comigo agora. -Ela me puxa de costas e eu tive a visão perfeita da sua bunda o que me fez morde os lábios.

Se controla porra!

-Tu é um fofoqueiro mesmo sua puta! -Dou um tapa na bunda de Johann que xinga.

-Entra no carro,jajá a gente conversa. -Johann fala e eu me jogo no banco de trás, abrindo as janelas.

-Ele pode dormir lá em casa, eu ajudo ele a tomar banho e tudo mais... -Maya fala e Johann concorda.

-Sua amiga louca não vai me matar?

-Porque ela te mataria? Camila não é isso tudo, você sabe que ela mudou é muito. -Ela diz meio exaltada e eu caio na gargalhada.

-Esse é o motivo que eu não gosto quando ele exagera no álcool, ele fica debochado e mais retardado do que ele já é! -Johann fala e eu gargalho mais ainda.

-Falou o santinho! -Falo e ele me encara emburrado.

-Johann, eu acho melhor nós irmos. Já está ficando bem tarde. -Fala e eu a olho dos pés a cabeça.

Como eu queria beijar aquela boca.

-Vamos,já tô cansado de olhar pra cara do pateta ali. -aponto pro dono do barzinho que eu estava bebendo. Ele me olhava com uma cara nada boa.

-Me diz que você não arrumou briga com seu Bernardo Joel. -A puta fofoqueira pergunta e eu reviro os olhos.

-Foi ele que começou.

-Johann, colabora. Ele tá bêbado... - Maya olha pra Johann e depois olha pra mim.

-Eu vou logo levar vocês antes que eu me estresse mais. -Diz entrando no carro meio atordoado.

Babacão.

-Quer que eu vá ai atrás também? -Maya pergunta.

-Quero. -Falo me afastando dando espaço pra ela sentar.

O caminho até sua casa foi tranquilo,johann me ajudou a subir as escadas já que nem isso eu conseguia. Eu estava sentado na cama de Maya enquanto ela conversava com o Vera, minutos depois ela aparece trancando a porta do quarto em seguida me encarando.

-Você tá bebendo desde o dia em que brigamos? -Pergunta e eu assinto.

-Estava, e eu pretendia continuar...

-Porque?

-Porque eu não quero te perder, eu não quero me afastar de você, eu te amo Maya e eu não encontrei outro jeito de te esquecer pelo menos uma noite. -Falo baixando a cabeça, eu não sabia o que fazer.

Eu nunca fui tão sincero com alguém antes, eu nunca me declarei dizendo que amava sem ser alguém da minha família ou dos meus amigos.

-Joel, mas se toda vez que brigamos você irá fazer isso? Não é o certo, você arrumar confusão com o seu amigo por minha culpa, depois você sai e não diz pra onde vai. Eu não quero que você perca seus amigos por minha causa. -Ela fala, um sentimento de culpa e tristeza se faz presente em mim.

-Eu não queria que aquilo acontecesse, é que... Quando eu liguei pra você e você não me atendeu eu comecei a pensar várias coisas ainda mais na possibilidade de você está com outra pessoa... Depois que Chris disse que viria pra Miami pra ficar com Camila, eu me arrependi e resolvi vir pra te pedir desculpas só que ai o resto você já sabe.

-Olha nos meus olhos e diz que não vai mais fazer isso. -Ela se aproxima se sentando ao meu lado passando a mão em meu braço.

-Eu não consigo. -Fecho os olhos sentindo sua mão pegar a minha pondo em cima de sua coxa.

-Você me ama?

-Amo.

-Faz isso por nós?! 

-Tudo bem... Eu faço isso por nós. -Falo encarando-a e ela sorri me abraçando.

-Eu te amo Joel Pimentel.

-Eu também te amo muito Maya Fuller. -Nos separamos ela me olhava com um certo desejo porém continuava com aquele jeitinho doce e meigo dela.

-Bom... Vamos tomar banho? Ou você consegue sozinho? -Pergunta quebrando o clima e eu sorrio.

-Preciso de ajuda. -A única coisa que falo minutos antes dela me ajudar a levantar e irmos em direção ao banheiro. Tiro minha camisa, meu tênis faltando apenas a calça jeans.

-Me ajuda? -Falo me referindo a calça preta que eu vestia.

Love at first sight - Joel PimentelOnde histórias criam vida. Descubra agora