꧁࿇ Capítulo 2 ࿇꧂

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꧁࿇ Meu peito doi ao lembrar de quem deixei pra trás, essas lembranças são marcas cravadas na pele me lembrando do meu erro ࿇꧂

  Eu odeio minha vida! Lógico que não toda ela, feito a minha infância foi a melhor fase da minha vida, lá eu estava junto com o Yuu, ele sim conseguia me alegrar até nos piores momentos. Não tem sequer um dia em que eu não me arrependa de ter ido embora sem me despedir dele, fiquei meses sem falar com meu pai depois desse ocorrido, eu o culpava muito, afinal naquele dia em que eu fui embora era o mesmo dia em que ia me declarar para ele, desde o dia em que subimos a montanha juntos quando pequenos eu percebi meu sentimentos por ele, mas o melhor mesmo foi o dia do acampamento, mas acho que nunca mais poderei vê-lo novamente, tinha voltado para quando completei 16 anos para poder procurar o Yuu, mas, assim que cheguei soube que o mesmo já havia se mudado fazia anos e ninguém sabia do seu paradeiro, naquele momento, senti um vazio dentro de mim, não me importava com nada a não ser o Yuu.

   Por conta da minha falta de ânimo começei a me dedicar no que meu pai sempre quis pra mim, porém minha agenda sempre acaba lotada, pelo menos pude esquecer um pouco minha dor de perdê-lo, desde que eu conheci o Yuu que adorava música mais que tudo em sua vida eu queria estudar medicina, assim poderia cuidar melhor dele sempre que se machucasse, mas o mesmo sempre disse que eu tinha cara de médico. Então quando entrei na faculdade eu entrei pensando no Yuu, mas não queria atender os adultos, eles são complicados e difíceis de lidar, então entrei na área pediátrica, porém sempre tem a Ágata para me estressar, ela é uma garota que conheci assim que começei a faculdade, nos damos bem no início, isso é, até ela se apaixonar por mim, mesmo depois de tantos anos meu coração ainda pertencia ao garotinho de cabelos negros e olhos prateados da minha infância:

- Vamos Tony! Vamos sair hoje por favor, só para nos divertir juntos.-suspirei olhando em seus olhos verdes enquanto a mesma passava uma mecha de seu cabelo atrás de sua orelha.

- Olha Ágata, eu realmente vou estar ocupado hoje, então não posso sair com você.-tentei falar da forma mais gentil possível, porém não foi eficaz, a mesma parecia que estava prestes a chorar.

- Mas você tá sempre ocupado, Antony! Quando que iremos poder sair juntos?-uma das coisas que eu mais odiava nela era a sua persistência em sair comigo.

- Assim que eu consegui liberar algum tempo na minha agenda.-me levantei suspirando enquanto guardava meu material antes de colocar minha mochila nas costas.- Se me der licença eu tenho um compromisso agora.

   Assim que me despedi de Ágata fui direto para o enorme pátio do campus que daria direto na rua principal, eu tinha aula de arco e flecha que ficava no centro da cidade e eu ainda tava atrasado devido ao tempo que a aula acabou e a Ágata me perturbando, infelizmente eu estava sem um veículo então tive que ir caminhando até lá, no meio do caminho eu passei por um beco e pensei que poderia cortar caminho por ali, mas não foi de lá minha melhor idéia:

- Ei amigo! Tá perdido ou tá procurando a morte?-me assustei e olhei para trás vendo 2 garotas e 1 cara armado atrás de mim.

- Ah...sinto muito, não sabia que esse lugar pertencia a vocês.-me afastei um pouco dos mesmos me preparando caso eles quisessem me atacar, mas não foi possível, pois mais duas vozes se fizeram presentes no local.

   Fiquei apenas os observando e pensando em formas de fugir dali, afinal, eu não sabia que ali era um território de gangue senão eu nunca teria entrado naquele beco, fiquei perdido em alguns pensamentos até ser trago de volta à realidade por uma voz que se fez presente em meio aquele silêncio que nem vi que havia surgido:

- Tá liberado, pode ir embora garoto.-todos olhavam surpresos para um garoto bem mais jovem que eu, o mesmo tirava seu cigarro da boca soltando a fumaça acumulada.

- Mas, você não estava procurando um inglês igual a ele?-uma das garotas foi a primeira a se manifestar naquele silêncio mortal e eu só me perdia nos olhos prateados do garoto que estava fumando, sentia que o conhecia mas não me lembro mais.

- O cara que procuro é muito mais velho do que esse garoto, que só está na faculdade.-o garoto então levou o cigarro na boca novamente enquanto os olhava com um olhar frio, o que me tirou do meu transe e finalmente pude falar.

- Ah, Obrigado por me deixar ir.-olhei para o garoto e lhe dei um sorriso, mas, o mesmo parecia me olhar com desconfiança, como se quisesse saber algo.

- Só vá embora logo e nunca mais volte aqui, você me entendeu?-me assustei pelo jeito que ele me olhou, então apenas acenei com a cabeça.

   Estava prestes a dar meia volta e finalmente sair daquele local, mas, aquele música começou a soar em meus ouvidos, me virei para trás rapidamente para saber aonde o som estava vindo, aquele garoto de olhos prateados que estava cantando, reconhecia a letra da música como uma das centenas que ensinei ao Yuu, talvez esse garoto saiba o que houve e aonde Yuu está. Logo começei a seguir o mesmo pelas ruas em meio aquela multidão, mas, parei de andar assim que vi o garoto na frente cercado pelo menos por 5 caras bem mais altos e fortes que ele, porém o mesmo não demonstrava nada além de uma expressão tediosa que despertou a raiva nos caras ao seu redor, ambos tentaram acertá-lo mas o garoto foi bem mais rápido em desviar dos golpes e ao mesmo tempo acertando seus adversários fazendo todos caírem no chão, fiquei o olhando impressionado com dia performance. Estava me aproximando quando ouvi um grito de dor saía pelos lábios do garoto, havia um sexto cara escondido nas sombras que cravou uma faca no braço esquerdo do mesmo, antes de acertá-lo na cabeça fazendo o garoto de olhos prateados cair no chão inconsciente, não aguentei e fui para cima do mesmo ó derrubando no chão e socando seu rosto diversas vezes até o mesmo não se mexer mais.

*/* Quebra de Tempo*/*

Estava agora na faculdade cuidando do ferimento do garoto que ainda permanecia inconsciente, seu braço não foi tão ferido assim, mas, não recomendaria que ele se metesse em brigas, pelo menos não durante um certo tempo, aproveitei um pouco para o olhar mais de perto e Meu Deus! Como ele é lindo! Seus cabelos eram de coloração verde água, me pergunto qual seria a verdadeira cor deles, seus olhos havia visto, seu corpo não era musculoso nem fraco e magro demais, era até definido, mas era triste pois ele tinha várias cicatrizes em seu corpo todo, algumas eram recentes enquanto outras eram bem antigas, pela minha experiência eu diria que eram de pelo menos uns 15 anos atrás, me pergunto o que aconteceu com esse garoto, mas acho que ele não irá querer contar algo pessoal assim para uma pessoa que se viu uma vez na vida.

- Bom, vou deixar você descansar um pouco, mas, quando você acordar terei que fazer alguns testes.-sorri acariciando seu rosto de porcelana adormecido antes de me levantar e ir até o depósito.

- H-hubby...

 Coração de VidroOnde histórias criam vida. Descubra agora