Me disseram para escrever
mas como o fazer se não sei quais palavras dizer?
Se hoje quem sou não é mais que um pedaço de papel abandonado
rasgado
largado
por mim e os meus problemas
que a essa altura já foram jogados para as estrelas
Nem sempre sóbria ou estável
mas nunca deixada de lado
pelo que nunca existiu
(até porque se isso fosse possível
eu riria numa mesa de bar com os meus amigos
mas já que eles não mais existem isso também seria impossível)
Se a consciência nunca falha
mas sempre tarda
em mostrar a realidade
do que nunca foi pensado
e jogado de lado
por palavras que nunca foram ditas
E agora eu me encontro arrependida
sem saber o que dizer ou ao menos o porquê
só sei que estou perdida
e embora não saiba o motivo
já tardo em tentar entender
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SE TODOS OS OBJETOS FALASSEM EU DARIA ADEUS AO COGUMELO
PoesíaPessoas dão adeus, objetos não.