Ana Clara
Eu já tinha tomado um copão de tequila e agora já estava no meu terceiro copo de caipirinha de maracujá. Não estava bêbada, apenas animada. Luiza dançava roçando em um cara, Yasmim dançava sozinha descendo até o chão com cerveja na mão e eu fazia quadradinho no meio da pista. Senti falta da Evelyn e fui perguntar a Yasmim.
Ana Clara: Tu viu a Evelyn? Faz tempo que vi ela
Yasmim: Deve tá dando por aí — me abraçou
Ana Clara: Credo Yasmim! Minha amiga não faz essas coisas não
Yasmim: Claroo que não — debochou me fazendo revirar os olhos
Sai de lá indo buscar mais um copo de caipirinha quando eu esbarrei na Evelyn.
Ana Clara: Onde estava sua louca?
Evelyn: procurando vocês — notei que ela estava com um chupão enorme no pescoço — vamos dançar
Ana Clara: Calma. Vou pegar minha caipirinha
Fomos até o bar comprar a caipirinha.
Estava olhando a galera quando vejo meio irmão se pegando com uma loira. Reparo que a Evelyn olhava fixadamente pra o Luan. Bato em sua cabeça pra ver se ela desperta do transe.
Ana Clara: Tá aprendendo como se beija é? — rir
Evelyn: Não. É que...— a Yasmim chega junto com a Luiza
Yasmim: FALA GALERINHA DO VIDIGAL — nos abraçou
Luiza: Viadas, eu peguei um boy. pense, gostoso viu
Yasmim: Mas era feio. Só se recompensou no pau — gargalhou
Luiza: Para. Sou virgem — se fez de santa — ao contrário da Evelyn. Quem foi bichão que fez isso contigo mona? Fala pra eu ficar bem longe. Ele queria era teu sangue viu, abre o olho — gargalhamos mas com todo respeito
Yasmim: Agora para de encarar o Luan por que se não é capaz dos teus olhos queimar com tanta feiura — arqueie a sobrancelha — Nada contra
Evelyn: Vamos em bora? Tô passando mal — disse com a voz embargada
Ana Clara: espera eu beber minha caipirinha
Virei meu copo de Caipirinha e depois fomos embora. A gente iria dormir hoje na casa do Yuri, já que era mais perto, depois nós iria pro colégio de lá.
Quando estávamos voltando a Yasmim tomou uma tropeçada caindo de quatro. A bichinha ralou o joelho todo. Eu e as meninas quase nos mijamos de tanto rir.
Luan
Tinha passado o resto da noite com a loirinha. Nos beijamos bastante mas não passou disso, a menina era "santinha", mas valeu a pena.
Cheguei na casa do Yuri bêbaço. Abri a porta e estava tudo apagado. Olhei no relógio em cima da geladeira e marcava 03:01 da manhã.
Estava indo pro quarto quando esbarrei na Evelyn que vinha do banheiro. Ela ia passar direto mas a segurei.
Evelyn: Me solta Luan. Tá doido? — tentou se soltar
Luan: Da có foi Evelyn?
Evelyn: Pergunta pra loira que estava com você no baile
Luan: IIh, tá com ciumes é — falei e tentei beijar seu pescoço mas a mesma saiu — Para de doce Evelyn. A gente tava de boa mais cedo e agora tu tá trancando cu pro meu lado.
Evelyn: Acho que tu não intendeu ainda né Luan — arqueei a sobrancelha sem intender — Homem é tudo burro mesmo né
Ela tentou sair mas segurei mais uma vez em seu braço.
Luan: Se tu tá querendo falar que gosta de mim, eu sei. Mas Evelynzinha, eu sou bicho solto. Eu gosto de você mas não quero namorar ninguém agora, e você sabe disso.
Evelyn: Então é melhor a gente parar de ficar já que não vai rolar nada.
Luan: Tudo bem. Só não quero te magoar, se ligou?
Evelyn: Tudo bem
Ela foi pro quarto de hóspedes e eu fui pro quarto do Yuri. Ele estava deitado de bruços.
Me joguei em cima dele e ouvi o mesmo resmungar. Deitei do outro lado e apaguei.