Ana Clara
A gente não entrou pra nenhuma aula. Eu nem sabia o que tinha vindo fazer no colégio.
Geral estava de boa sentados quando aparece aquela loirinha que o Luan pegou lá do baile. Com certeza ela estava atrás do Luan. A menina estava acompanhada de uma morena, pelo jeito parecia ser vida louca.
Assim que o Alex viu a menina foi correndo conversar com ela. Reparei que a Evelyn não parava de olhar os dois juntos, até parecia que ela gostava dele.
Yasmim: Parece que a loirinha gostou do que viu — gargalhou — Ou não viu e quer ver
Luiza: Tu não presta Yasmim — gargalhou junto
(...)
Já era umas seis horas da tarde. Tinha tomado um banho bem demorado por conta do calor. Já que não tinha nada pra fazer chamei a Evelyn pra comer um pastel na venda do seu Irinel.
Quando eu ia saindo a porta foi aberta pela minha mãe.
Ducineia: Tá indo onde?
Ana Clara: Na venda do seu Irineu comer pastel
Ducineia: Arrumou o quarto que eu falei?
Ana Clara: Não
Ducineia: Tá esperando o que pra ir? Tudo eu nessa casa. Quero ver quando eu morrer como é que vocês vão viver — revirei os olhos voltando pro quarto
Eu durmo no mesmo quarto que o Luan, é orrivel porque o mesmo é mais desorganizado que eu.
Limpei só a minha parte e deixei a parte dele pra ele limpar. Se ele quiser limpo vai ter que me pagar porque não sou empregada dele.
Ducineia: Limpou direito? — perguntou assim que passei pela sala
Ana Clara: Só minha parte. O Luan vai limpar a dele
Ducineia: Se até amanhã aquele quarto não tiver limpo eu juro que meto a vassoura do cu do Luan — disse indo pegar algo na bolsa — Quando voltar passa no mercadinho e compra as coisas do cachorro quente
Peguei o dinheiro e fui até a venda passando por vários becos.
Quando cheguei na venda de longe vi a Evelyn sentada na mesa mexendo no celular.
Ana Clara: Cheguei!
Evelyn: Demorou hen — disse guardando o celular
Ana Clara: Minha mãe que me fez limpar o chiqueiro antes de vim. — sorrir
Evelyn: Vai querer pastel de quê?
Ana Clara: Vou querer de frango com catupiri e um suco de abacaxi
Ela foi até o balcão e fez o pedido.
O pedido chegou e a Evelyn tava com cara de cú desda hora que cheguei.
Ana Clara: Por que tá com essa cara? — perguntei comendo meu pastel
Evelyn: É que tá acontecendo várias coisas
Ana Clara: Tipo o que?
Ela suspirou.
Evelyn: Eu estava ficando com seu irmão — Quando ela disse isso minha boca foi no chão e voltou — E eu gosto muito dele. Só que ele tá pegando a loira lá e cagando pra mim
Juro que eu não sabia que o Luan estava ficando com a Evelyn. Meu irmão tem todos os defeitos do mundo, mas nunca foi de explanar que pegou fulana ou siclana.
Ana Clara: Por que não me contou antes? Poxa Evelyn, a gente é amiga
Evelyn: Eu sei Ana, mas eu tive medo de você brigar comigo ou sei lá. E também o Luan pedia pra que eu não falasse pra ninguém. Os únicos que sabiam disso era a Yasmim e Luiza porque elas viram no baile uma vez
Ana Clara: Eu não ia brigar com você. Você sabe que o único maníaco de ciúmes lá de casa é o Luan.
Evelyn: Você me perdoa?
Ana Clara: Claro né chata — sorrir — Eu não quero que você sofra pelo Luan, tá ouvindo? Você sabe o quanto ele é cafajeste
Evelyn: Eu sei. Mas eu não consigo, sou trouxa demais pra isso
Ela me contou tudo que aconteceu entre ela e o Luan. O auge foi quando ela disse que tinha transado com o Luan, daí pude ver o quanto sou lerda de não ter percebido.
Pagamos os lanches e fomos até a metade do caminho juntas, porque a casa dela é do outro lado do vidigal e eu ia até o mercadinho comprar as coisas do cachorro quente.
Comprei tudo que minha mãe pediu é quando eu estava na fila do caixa eu vi o sub comandante do tráfico daqui. Ela era conhecido como "Miliano 33". Ele me deu uma piscadela e eu sorrir.
Quando eu ia saindo alguém me puxou até o beco, era o Miliano. Ele beijou meu pescoço e deu alguns chupões e logo tomou minha boca.
O Miliano era negro e alto, seu cabelo era cortado baixo e ele não era nem muito musculoso nem muito magro, seus lábios bem carnudos, seu braços cheio de tatuagens e com veias grossas, uma combinação perfeita. Sua grande mão que estava em minha cintura foi descendo até minha bunda onde ele apertou forte. Sua outra mão vagava pelo cabelos da minha nuca que me trazia mais pra si. Tive que ficar na ponta do pé para alcançar- lo. Ele sorriu enquanto eu o beijava após ele dar sinal que estava de pau duro.
Gostoso!
Me soltei dele sorrindo e peguei minhas coisas que estavam no chão. Quando eu passei pelo beco escuro pude ver sua risada.
Miliano tinha uns 30 anos e nós já tínhamos ficado algumas vezes no baile. Só não tinha ficado mais vazes por causa do embuste do Luan, que tinha muito ciumes.