Dia 3

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A dor se alagar a cada dia que se passa. Eu andei por muitos lugares da tenebrosa casa e queria escapar pela porta da frente, porém a mesma era cercada de fechaduras de todos os tipos e algumas delas era impossível de localizar.

Ela me ouvia em todos os lugares que eu passava, a casa era uma completa armadilha.

- Onde você está? - Disse a vovó, tentando me encontrar, eu estava escondido em um dos esconderijos que encontrei no segundo andar da casa, algo que parecia um baú, porém enorme como um caixão.

O lugar que eu me via, tinha como principal característica o manequim imóvel em um lugar e em seguida, havia dois lugares que eu não podia entrar, pois um estava fechado por tapuas de mateira e o outro estava com o piso em situação precária e preferi não arriscar.

Após ela sair, eu vi o espaço do outro lado das tapuas de madeiras. Um berço de bebê me chamava atenção, será que ela tinha um bebê? O que será que aconteceu com ele? Essas dúvidas me deixavam cada vez mais atordoado.

...

Ela estava atrás de mim, seus passos se tornavam mais próximos, mas consegui distrai-la passando pela janela que estava marcada com sangue, similar a uma mão.

Ao passar, me encontrei no lado exterior da casa, porém ainda me encontrava cercado pelo grande muro que vinha com as cercas afiadas, impossibilitando a escapatória.

No mesmo lugar, via algo que soava como um instrumento de decapitação, similar aqueles usados como pena de morte na idade média. Ela tinha um equipamento assustador em sua casa, e aparentava ter sido feito por ela mesma.

Um som de uma porta foi ouvido, e assim me escondi dentro de um baú que também se encontrava no local. Ela olhava para os lados tentando achar o que seria sua presa, porém minhas intenções eram outras.

- Você quer brinca de pique esconde? - Disse ela, com sua gargalhada forçada e fraca.

Então ela saiu.

Fiquei no baú por algum tempo, tentando pensar sobre um modo de sobreviver nessa casa, será que eu iria escapar? Ainda tenho dois dias para pensar em uma forma de fugir desse inferno, eu não vou desistir.

...

Consegui achar algumas chaves e peças em lugares escondidos. Os usei para poder destrancar a porta totalmente protegida. Em algumas das minhas descobertas, eu conseguir achar uma melancia, nela aparentava ter algum objeto, minha intuição me dizia que isso podia ser uma das chaves que eu precisava.

Me recordei do instrumento de decapitação, talvez se eu pudesse ir usar nessa fruta, eu poderia pegar a chave com mas facilidade.

Mas do mesmo jeito que a ideia vinha com rapidez, a maldição veio em dobro. Ela estava vindo em minha duração e nos primeiros minutos de corrida, acabei por cair em sua armadilha de urso.

A dor sentida era insuportável, minha perna estava ferida e tentei de todas as formas desfazer aquela armadilha, porém ela conseguiu me pegar, e agora eu estava cada vez mais ferido e sem esperança.

Eu agora entrarei no dia quarto, não sei se conseguirei sobreviver, minha perna dói e minha cabeça está cada dia pior.

VovóOnde histórias criam vida. Descubra agora