Capítulo 4

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Dia seguinte
08:03hrs A.M da manhã

Neste exato momento estava na sala de aula com a kellen e toda a atenção estava em nós pois apresentávamos o trabalho de biologia. Kellen é muito inteligente, ela sempre se subsai nas aulas e tira notas super altas, no entanto, eu não sou a melhor, mas chego na média exigida e me safo na perfeição, na verdade meu foco é outro o que torna ainda mais difícil conseguir notas tão altas.

Logo que terminamos, a turma aplaudiu e a professora sorriu pra nós.

_ Muito bem, gostei da apresentação, estiveram ótimas! _ falou ela anotando qualquer coisa no seu caderno _ Anair você terá um B+ e Kellen terá um A, podem se sentar! _ Falou e assentimos.

Caminhamos até a carteira e logo a outra dupla deu início.

_ É impressão minha ou o Jay está babando por você? _ Sussurro para ela olhando na direção do Jay que a olhava incessantemente.

_ O que você está falando? _ Perguntou envergonhada e corando vezes mil.

_ Olha pra o seu lado esquerdo discretamente... _ falei e ela virou rapidamente e como previ não foi nada discreta fazendo Jay sorrir para ela_ Eu disse discreta Kellen!

_ Desculpa...

[°°°]

Estava sentada no pátio com a Kellen e em meio a risadas e fofocas diárias logo ouvimos um barulho estranho atrás de nós, quando nos viramos para ver, já havia uma roda enorme e duas pessoas lutavam bruscamente.

_ O que aconteceu? _ perguntou Kellen.

_ Eu também não sei!

Levantamos e corremos pra ver o que sucedia, e eram dois rapazes da nossa turma que estavam aos socos e pontapés, enquanto os outros se divertiam filmando e tirando fotos.
Já era possível ver sangue nos dois, o que me deixou apavorada.

_ Alguém os separe, eles vão se matar! _ gritei mas ninguém ligou.

_ Melhor ficar quieta Anair! _ Kellen falou.

Eles não se largavam de jeito nenhum e isso me deixou aflita, por isso passei entre as pessoas e fui tentar apaziguar. Logo todos gritavam para que saísse daí, porém, a única coisa que fiz foi me jogar no meio deles para separar.

_ Parem os dois com isso! _ gritei.

_ Sai da frente ou eu te bato também! _ Falou o rapaz loiro de olhos castanho mel.

_ Vocês não podem brigar assim! _ falei.

Antes mesmo que ele respondesse senti um empurrão e meu corpo foi de encontro com o chão e senti uma dor enorme na cabeça quando a mesma chocou com o ferro que estava no chão.

_ Anair? _ ouvi um grito no fundo parecia mais eco.

_ O que você fez idiota? _ ouvi outro grito.

Eu estava sendo chacoalhada, mas logo tudo ficou escuro e não ouvi nem vi mais nada.

[°°°]

_ Como você está? _ Kellen perguntou assim que entrou na enfermaria do colégio.

Eu estava sobre uma maca, e minha cabeça estava enfaixada e doendo.

_ Melhor agora que você chegou! _ falei.

_ Por que fez aquilo, podia ter sido pior sabia?

_ Ninguém fazia nada, eu não suporto violência!

_ tá bom defensora dos pobres e oprimidos, nunca mais faça isso, entendeu? _ Falou e eu assenti.

Olhei para os lados por alguns segundos e simplesmente não via o meu pai, será que não o tinham avisado? É o que uma escola normal faria.

_ Onde está o meu pai? _ Perguntei e antes que ela respondesse a enfermeira entrou.

_ Tentamos ligar para o seu pai mas ele não atende, tem alguém que nós possamos ligar, sua mãe por exemplo? É que na lista de contactos só tem o seu pai! _ Falou e eu olhei para o lado bufando.

Ele deve estar preocupado com a porcaria do jantar para o seu amiguinho e se esqueceu que existo.

_ Pode deixar, eu vou sozinha para casa, meu pai está de viagem e eu fiquei somente com a empregada da qual não decorei o número! _ Falei com certa raiva.

_ Está bem então! _ A enfermeira falou e saiu.

_ Mas... O seu pai nunca esteve de viagem! _ Kellen falou_ Porquê mentiu?

_  E você ainda pergunta?

Ela olhou para mim cuidadosamente e assentiu como se percebesse, apenas me abraçou e sorriu para mim sendo correspondida.

[°°°]

7:45hrs P.M da noite

Abri lentamente a porta de casa e assim que entrei dei de cara com o meu pai me esperando junto a porta de vidro da sala e estava com uma cara de poucos amigos.

_ Você fez de propósito? _ perguntou apertando os maxilares.

_ É que... _ falei e ele me interrompeu.

_ Eu disse cedo Anair, custa uma vez na vida me obedecer? Qual o seu problema? _ Gritou e eu já senti um nó na garganta ele nunca falou desse jeito comigo.

_ Pai eu...

_ Silêncio, suba agora e vá trocar de roupa daqui a pouco a nossa visita chega e eu te quero apresentável _ falou me olhando.

O olhei uma última vez prendendo as lágrimas e saí correndo escadas acima, ele nem percebeu que a minha cabeça está machucado e enfaixada, simplesmente pensou nele, doeu muito em mim, foi como uma facada, eu quero a minha mãe, eu preciso.

Bati a porta do quarto e me joguei na cama chorando.

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