Capítulo 13

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Personagem :

Rosally Renaud, 36 anos

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Rosally Renaud, 36 anos

°°°
Voltamos para o salão e todo mundo estava sentado em suas mesas, Luan soltou a minha mão e permitiu que fosse a frente, avistei meu pai ainda conversando com aquela mulher e me sentei do seu lado, logo Luan fez o mesmo, sentando-se de frente para mim.

_ onde vocês estavam? _ Perguntou meu pai.

Eu olhei para Luan sem saber o que dizer.

_ Fomos ver o jardim e aproveitei contar-lhe um pouco sobre a nossa rotina de trabalho! _ Falou Luan e eu respirei fundo.

_ Sim, foi isso! _ Falei e meu pai sorriu.

_ Espero um dia tomares os meus passos, a Rosally é uma ótima bombeira, você também seria! _ Falou e eu revirei os olhos.

Ele está fascinado por essa mulher, eu conheço o meu pai, sei bem como sua cabeça funciona, eu não acredito que ele já se tenha esquecido da minha mãe.

Baixei minha cabeça e fiquei olhando para os talheres, uma tristeza invadiu meu coração, olhei para o lado e ele sorria para aquela mulher como sorria para a minha mãe, eu simplesmente não posso acreditar.

Empurre a cadeira pra trás e me pus em pé.

_ Aonde vai filha? _ Papai perguntou e Luan olhou curioso.

_ Vou ao banheiro! _ Falei seca olhando para aquela mulher.

_ Tudo bem, não demora! _ Falou.

Saí andando em direção ao grande corredor, eu sentia uma vontade imensa de chorar, meu peito ardia, eu não podia deixar ele esquecer tão depressa a minha mãe.

_ Espera! _ Falou Luan puxando o meu braço e eu tomei um susto.

_ Você não devia estar aqui, me solta! _ Falei e deixei as lágrimas cair.

_ Ei, calma, o que foi? Porquê chora? _ Perguntou e eu neguei com a cabeça.

_ Não quero falar disso! _ Falei.

Ele me encostou contra a parede e me envolveu em seus braços, beijando minha testa.

_ Para, alguém pode nos ver! _ Falei tentando empurrar ele.

_ Não me interessa os outros agora, só quero te fazer sentir melhor, eu gosto de você! _ Falou olhando nos meus olhos.

Fiquei por instantes raciocinando o que ele disse e como um impulso o abracei fortemente.

[°°°]

Terminei o banho e saí em direcção ao closet, vestindo meu babydoll, apaguei as luzes e fui até a cama acendendo o abajur.
Eu não conseguia tirá-lo da minha cabeça, sempre que fechasse os olhos, seu rosto invadia os meus pensamentos, devaneiava a todo instante no que aconteceu hoje e pra piorar, seu consolo naquele corredor mesmo sem entender o motivo do choro, foi o ápice da minha certeza.

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