Capítulo 3- Familia de sangue quente

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- O que tem a Kaogiri ? - Pergunta vovó preocupada.

- O que tem!? Esqueceu que eles tiraram tudo de nos!? Levaram nossa família e acabou com o povoado? - Exclama Gabriel que demonstra ódio em suas palavras - Eu preciso resgatar nossa família, e acabar com eles... - Continua ele.

- Mas Gabriel... eles são uma organização muito grande, como você sozinho vai acabar com eles?! - Pergunto preocupada com meu primo.

- Eu ainda nao sei, mas deve ter um jeito de acabar com esses malditos de uma vez - Responde Gabriel.

- Você é fraco, porquê acha que irá conseguir? Você é um moleque, não vai conseguir nada lá fora, você é fraco Gabriel - exclama minha Vó com dureza.

O silêncio toma conta do local, Sara e Natália olham com pena para Gabriel, pareciam concordar com minha avó, mas Gabriel não se deixou levar por aquelas palavras e continuou:

- Não posso deixar as coisas do jeito que estão, acha que eles pararam por aqui? Isso só vai acabar com todos eles mortos ou quando eles dominarem tudo - Argumenta Gabriel.

- Você vai morrer!! - Grita alterada minha avó.

- Todos vamos um dia. - Retruca Gabriel - Só tem nós cinco aqui, viver para sempre com a minha família vai acabar com a minha sanidade, preciso dar um jeito nisso - Brinca tentando descontrair.

Dava para ver o quanto ele já estava decidido, e acho que minha avó também percebeu, então ela foi para os fundos da casa balançando a cabeça negativamente

- Eu também vou com ele - Diz Sara - Alguém precisa garantir que ele volte vivo para casa.

- Seu pai não iria permirtir Sara!! - Diz minha avó olhando fundo em seus olhos.

- Ele não está aqui, faço isso para que ele esteja em breve, já tomei minha decisão - Rebate ela.

- Que ótimo vou perder dois netos!!! - Reclama minha avó que está mais alterada que antes.

- Três, eu não vou deixar meu irmão sozinho de novo, não vou nem ficar para atrás de novo! - Diz Natália em tom firme.

- Eu...

- Você vai ficar com a nossa vó - Me interrompe Gabriel.

Minha avó não precisava de mim, ela é forte, sempre gostou de viver sozinha, eu não quero ficar para trás, eu amo minha avó, mas aqui ela estará segura.

- Vocês não tem nada na cabeça, não é? Vocês são apenas crianças, não podem ir sozinhos, vocês não sabem nem para onde vão - Resmunga alto minha Avó.

- Há uma cidade ao norte daqui, dizem que a cidade está sendo refém da Kaogiri - Responde Gabriel - Pretendo começar por lá - Continua o mesmo.

Todos os três parecem bem decididos, pareciam não temer a morte, estavam muito maneiros, e eu claro só olhando quieta, não tenho voz entre eles, me sinto frustrada naquele momento.

- E quando partem ? - Pergunta minha avó

- Logo pela manhã - Responde Gabriel.

- Então descansem, suas jornadas irão ser grandes, vocês parecem decididos, então só me resta apoia-los, não é mesmo? Mas não concordo com essa atitude - Diz minha avó já calma novamente - Você parece buscar vingança Gabriel, seus olhos queimam por dentro, a vingança nao é um caminho bom para se seguir, não gosto do que estou sentindo em relação a você, você está lembrando mais do que nunca o seu pai.

- Não se preocupe, vou trazer todos de volta e encher essa casa novamente - Fala Gabriel com um sorriso de canto.

- Certo me deixe avaliar vocês dois, vamos todos para a frente da Cachoeira - Tenta se animar minha avó.

Então saímos de casa e fomos em direção a cachoeira, eu estava alegre por minha avó ter aceitado a decisão da partida dos meus primos, mas algo dentro de mim não parava quieto, estava ansiosa, mas só saberia o porque mais tarde.

- Quanto tempo não trilho esse caminho - Diz Gabriel se animando.

- Você parece animado Gabriel - Fala Sara logo ao lado.

- Estive treinando as meninas durante esse tempo, elas mostraram resultados até que bons - Fala minha avó caminhando a frente de nós

- Quem será que teve o melhor treino hein? O que acham de decidir o resultado em um combate? Sara contra Natália essa noite em frente ao rio - Agita Gabriel.

- Eu quero ver!! - Grito animada.

- Eu vou evaporar minha priminha - Debocha Natália.

Fomos caminhando em direção ao lago, Gabriel fazendo graça como sempre e agitando o caminho, muitas risadas foram dadas, e em meio a tudo isso, acabei esquecendo que teria que me despedir dos meus primos.

Chegando no lago...

- Lorrane, levante duas paredes de pedra bem altas - Ordena minha avó, e eu rapidamente a obedeço, criando as paredes de pedra.

- Natália, cubra as de fogo - ordena mais uma vez minha avó.

Natália então as cobre de fogo.

- Agora destruam a parede Gabriel e Sara, como vão lidar com isso ? - Provoca minha avó.

Sara manipula a água de forma suave, apagando boa parte do fogo ali presente na parede de pedra.

Em seguida aponta suas mãos para a imensa parede e faz com que a água crie uma superfície por cima da pedra, após isso, ela libera uma pequena brecha e manda uma forte, mas porém pequena rajada de água em direção a abertura criada.

Tchaa!!!

Fez o barulho quando a água se chocou com a pedra, a parede foi então caindo lentamente, Como se estivesse sendo descolada da parte de baixo.

Ela olha diretamente para Natália, com um olhar calmo e desafiador.

- Sua vez Gabriel - Fala minha avó.

Gabriel então olha para a parede e fica em posição de luta, parecia usar a base de karatê, olhou firme para frente e desferiu um soco, logo a frente um punho de água se formou e se chocou contra a parede.

Suup! poow!!!

Fez o barulho após o choque dos elementos, a parede cai para atrás rapidamente, e Gabriel assopra sua mão sorrindo para todos.

- Hump, exibido - chia Natália.

Minha avó abre um sorriso de canto, parece muito orgulhosa de seus netos, e quando eu menos espero ela diz:

- E o combate entre o Ying e o Yang nao vai rolar? - Fala Vovó que parece curiosa.

Batalhas entre Água e Fogo eram lindos de se ver, são opostos, e nenhum ser que manipula a água gosta de perder para outro que manipula fogo e vice e versa.

- Eu aceito o combate -Diz Sara com voz firme.

- Eu também quero lutar! - fala Natália ainda mais firme.

- Eeh! Isso vai ser legal, mas não é melhor nos afastarmos? - Digo para a plateia familiar que ali se encontra.

Tomamos distância, mas não muita, ninguém queria perder nenhum detalhe daquele combate.

Natália e Sara então, se encaram firme, a luta está prestes a começar.


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A Guerra dos quatro nortes.

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