4. Pedaço de mal caminho que eu seguirei.

647 42 4
                                    

Natalie Heroux.

"Vou abrir outra filial em Madrid, mas dessa vez venho para morar." Ouvi a mulher do outro lado da linha suspirar.

"E vou junto, não é?"

"E e eu teria coragem de te deixar em Paris sozinha?" Dei uma risada. "Tenho que desligar, às 9h o jatinho estará aí, amo vocês."

"Estamos com saudades, querida. Te amamos também"

Desliguei o deixando na bolsa e entrei na sala onde Florentino e meu pai me aguardavam, sorri para Florentino e sentei ao lado de Adrien.

- Boa tarde. - Me sentei ao lado de Adrien.

- Boa tarde, senhorita. - Florentino sorriu gentil e apertou minha mão. - Fico feliz que tenha fechado conosco, tenho certeza que a Heroux será uma ótima patrocinadora para o Real. Nós já encerramos contrato com a Adidas, podemos usar os atuais uniformes até em dezembro.

- Eu sei disso, por isso resolvi visitá-lo hoje. Preciso conhecer o Real Madrid por inteiro, para que eu consiga fazer algo único para o clube. Eu mesma tratarei de fazer o novo uniforme do Real. - Florentino concordou. - Minha equipe de Marketing virá amanhã.

Nós três nos levantamos e Florentino nos guiou até a saída da sala.

- O Real Madrid foi fundado no dia 6 de Março de 1902. - Começou. - Pelos irmãos Juan Padrós e Carlos Padrós.

- Desculpe, Florentino, mas, por enquanto eu preciso apenas observar. - O interrompi. - Os jogadores já estão no treinamento? - O mais velho assentiu e começou a nos guiar para um caminho oposto.

- Nem todos chegaram, o treino começa às oito e são. - Olhou no seu relógio. - sete e quarenta e cinco.

Caminhamos até o começo do campo e já havia alguns jogadores brincando entre si, todos olharam para Florentino quando o mesmo gritou para chamar atenção de todos.

Inclusive a dele.

Olhando de lado, vi o olhar de Sergio virar imediatamente para mim, sorri de leve ao ver ele suspirar fundo visivelmente desconfortável.

Ponto para mim.

⚽⚽⚽

– Eu deveria saber que voltaria, não é? – Ouvi o espanhol forte de Ramos e me virei sorrindo.

– Como assim? – Arqueei as sobrancelhas em dúvida.

– Você não é boba, Natalie. – Bufou já ficando nervoso.

– O mundo não gira em torno de você, Sergio Ramos, acha mesmo que eu tenho tempo para perder com você? – Dei um sorriso atrevido e seu rosto ficou cada vez mais vermelho. Se enfurece por pouco, coitado. – Olha para mim, Ramos, sou uma mulher ocupada e importante, você seria a última pessoa que eu me preocuparia.

– Você continua a mesma pessoa estúpida de sempre. – Riu coçando a barba rala.

Neguei com a cabeça e entrei no carro.

– E você continua egocêntrico. – Dei um risada fraca. – Me deixa em paz, Ramos, é um favor que você faz para nós dois.

– Natalie. – Me chamou e abaixou, mostrando o rosto através do vidro aberto do carro. – Você está linda para um caralho.

Continua safado e sem vergonha.

Dei um sorriso amarelo e subi o vidro fumê e sem pensar duas vezes, dei ré no carro, fazendo o caminho para sair do estacionamento.

Vengeance. Onde histórias criam vida. Descubra agora