Capítulo 7. Nosso melhor jeito.

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Será que alguém teria dúvidas de que o clima ficaria tenso para um caralho?

Pilar sabia sobre mim e quando me viu ali, empinou o nariz, deu meia volta e foi embora e Sergio foi atrás da mulher, mas voltou sozinho minutos depois.

Por enquanto Sergio não se aproximou de mim nem de Anto, ele, Marcelo e James mantinha uma conversa animada perto da churrasqueira, enquanto eu e Clarice conversamos perto do bar.

- E você e James, uh? - Deu um sorriso de lado.

- Ele é bom. - Digo deixando o duplo sentido.

- Bom? Tipo como? Bom de cama? - Assenti rapidamente. - Grande?

- Você realmente quer saber isso do amigo do seu marido? - Arquei as sobrancelhas e ela soltou uma gargalhada.

- Óbvio que eu quero, quero sabe se você tirou a sorte grande. - Bebeu um gole da cerveja no copo. - Por exemplo, eu tirei uma sorte enorme, o Marcelo é GGG.

- GGG? - Soltei uma risada.

- Gato, gostoso e grande. - Seu sorriso malicioso aumentou e eu ri.

- Então acho que o James é GGG. - Ela levantou a mão para fazer um high five e eu a acompanhei. - Mas só transamos algumas vezes, no máximo três. - Dei ombros. - Isso não quer dizer nada.

- Olá garotas. - A voz rouca e baixa de Sergio soou pelos meus ouvidos, me fazendo arrepiar.

- Sergio. - Clarice exclamou animada e deu um beijo na bochecha dele.

- Natalie, que prazer revê-la. - Sergio se afastou de Clarice e veio em minha direção. - Está cada dia mais gostosa, pena que é uma sacana enganadora. - Me abraçou e sussurrou em meu ouvido.

- Você é patético, Ramos. - Revirei os olhos e quando fui voltar a minha atenção a Clarice, a piranha estava junta com os rapazes.

- Por que voltou? - As mãos grandes do rapaz pararam em minhas coxas.

- Porque eu quis?

- Você sabe que não foi por causa disso, você voltou para me ferrar. - Riu. - E já conseguiu a primeira desgraça, hoje eu não posso entrar em casa.

- Isso não é problema meu. - Dei uma risada sarcástica e dei ombros. - Quem optou por ficar e não seguir a mulher como um cachorrinho foi você.

- Cachorrinho? - Suspirou fundo.

- Oi. - Anto disse com voz baixa e eu desci pegando o menino no colo. - Estou com sono.

Sergio observava o menino com curiosidade, ele já sabe que Antoine é filho dele e se não sabe, é burro.

- Oi grandão. - Sorriu para o menino que o respondeu com um sorriso não muito grande. - Quantos anos você tem? - Anto me olhou e em seguida olhou para Sergio e mostrou cinco dedinhos para o jogador.

Sergio apenas balançou a cabeça e seu sorriso desapareceu quando olhou para mim.

- Pretendia me esconder até quando? - Cruzou os braços.

- Você está de brincadeira comigo? - Digo já brava. - Lembra o que me disse quando eu contei? Lembra?

Sergio ficou em silêncio, deu um suspiro fundo e olhou para Anto coçando a barba.

- Mamãe, eu quero ir embora. - Antoine disse baixo no meu ouvido.

- Nós vamos. - Beijei o rosto do menino e me virei para ir embora.

- Nós não acabamos. - Sergio disse um pouco mais alto e eu mostrei o dedo do meio sem encará-lo.

- Pessoal, estou indo embora. - Parei ao lado de James. - O menininho aqui está cansado.

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⏰ Última atualização: Jan 12, 2020 ⏰

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