Um tremor inesperado abalou o piso sob os meus pés, metal rangendo com metal. O movimento brusco me derrubou, e como uma covarde recusei engatinhando até minhas costas baterem se chocaram com a rígida parede metálica, escolhi minhas pernas bem de encontro ao corpo e pisco esperando que meus olhos se acostumassem com à escuridão.
Com mais um solavanco, o compartimento moveu-se bruscamente para cima, como um velho elevador num poço de mina.
Os sons ensurdecedor de correntes ecoaram pelo lugar, fazendo me tampar os próprios ouvidos. O elevador balançava para a frente e para trás enquanto subia, o que azedou meu estômago me causando náuseas, sem falar do forte cheiro de ferro e metal, a vontade de chorar era grandiosa mesmo que não caísse lágrima alguma.
"Meu nome é sophia" pensei.
Essa era a única coisa que consegui pensar sobre mim, mesmo com o bom funcionamento da minha mente eu não lembrava de onde vinha, ou como vim parar nesse lugar, ou quem era minha família. Só do meu nome.
Com um rangido seguido de um novo tranco, o compartimento terminou se subir. Com a parada me levantei do chão empoerado e me pus de pé. Frustrada por continuar naquele escuro, gritei por ajuda esmurando as paredes. Mas nada, nem um baixo barulho. Somente o silêncio e o escuro permaneciam ali.
Voltei novamente para o canto, cruzei meus braços e estremeci. O medo que nunca foi, voltou e dessa vez mais forte fazendo minhas mãos tremerem. Senti um tremor no peito como se meu coração quisesse pular para fora do meu corpo.
- Alguém..... me.... ajude - gritei, mesmo com cada palavra rasgando a garganta.
Outro barulho.
E então uma linha reta de luz apareceu no teto e a observei se alargando e sendo arrastada para os lados à força. Depois de tanto tempo mergulhada na escuridão a luz me feria meus olhos, desviei o olhar e tampei meus olhos.
- Que diabos é isso? - ouvi supresa na sua voz.
- O novato é feio?
- Claro que não, cara de Mértila. Hoje nem é dia de um novo trolho chegar.
- Calem a boca!
- É uma garota!
- Não diga mertilas, newt!
Fui tomada por uma onda de confusão, eu não entendia nada que estava acontecendo. As vozes eram tão estranhas, e todas... masculinas?...
- Ela parece morta
- Ela não está morta, seu trolho!
A princípio só conseguir ver sombras se movendo logo ganharam a forma de corpos. Vários meninos inclinados para a abertura do teto olhando na minha direção como se eu fosse um monstro.
Eram adolecentes, uns mais novos, outros mais velhos. Mas todos eram meninos.
Juntei todas minhas forças e fiquei de pé novamente. Um garoto de cabelos cabelos claros me olhava com medo.
- Onde estou? - todos eles se afastaram um pouco quando ouviram minha voz. Que apropósito estava roca por conta da sede.
- Num lugar nada bom, novata - O mesmo garoto de cabelos claros e queixo quadrado disse.
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the maze girl - correr ou morrer
ActionAo acordar dentro de um escuro elevador em movimento, a única coisa que Elisa consegue lembrar é de seu nome. Sua memória está completamente apagada. Mas ela não está sozinho. Quando a caixa metálica chega a seu destino e as portas se abrem, Elisa s...