Edward Mãos De Tesoura

Capítulo X - Depois Que Apareceu, Nevou!

A idosa agora está meio debruçada na sua poltrona, ela está com a mão no coração e a neta ainda dela está acordada e escutando a bela e linda história que sua avó lhe contou, a lareira ainda queimava e aquecia aquele local frio, que ficava assim por conta de neve que caía do lado de fora da terra.

— E ela nunca mais o viu, nunca mais depois daquela noite! Completou a idosa.

— Como você sabe? Perguntou a neta curiosa.

(Música: The Grand Finale - Danny Elfman)

— Porque eu estava lá! Respondeu a idosa, retirando os óculos de seu rosto e revelando ser a Kim da história que contou a sua neta.

— Vovó, você poderia ter subido lá e ainda pode ir! Disse a neta, vendo a idosa abrir um pequeno sorriso fraco.

— Não meu amor, agora estou muito velha... Prefiro que ele se lembre de mim, como eu era antes! Disse Kim.

No alto da colina, na velha e gótica mansão de Edward, o dia se amanhecera calmamente e entre as ruínas do castelo, Edward descia calmamente os degraus de uma escada que levava ao jardim, se aproximou de uma escultura que era um coelho, cortou alguns galhos que cresciam violentamente pelo nariz do coelho, depois seguiu para uma cegonha e cortou alguns galhos, depois cortou algumas folhas da mão feita de folhas, logo depois parando no meio do jardim e observando o mesmo ser iluminado lentamente pelo sol, que nascia naquele dia.

— Como sabe que ele está vivo? Perguntou a neta, curiosa e olhando para Kim.

— Eu não sei, não com certeza, mas... Acredito que esteja! Respondeu Kim. Dentro da mansão, Edward subia calmamente pelos degraus, que levava para o segundo andar da mansão, ele subia em direção aquele andar, os degraus eram iluminados lentamente pelo sol que nascia.

— Sabe, antes dele aparecer nunca nevou! Disse Kim, com uma imagem na cabeça de Edward subindo os degraus da longa escadaria.

— Depois que apareceu, nevou... E se ele não estivesse mais lá, eu acho que não estaria nevando! Disse Kim, com um olhar meio triste.

— As vezes me surpreendo dançando na neve! Completou Kim, depois abrindo um belo sorriso fraco para a neta e lembrando de Edward.

No segundo andar da mansão de Edward, o gigantesco rombo do telhado nos dá a visão de uma bela escultura de gelo de Kim, que estava com uma mão levantada e estava com a mesma pose da última noite que Edward estava lá, depois temos a visão do jovem rapaz cortando o gelo, e esculpindo a estante de fotos da casa de Peg, perto dele há uma escultura de dois meninos brincando com uma bola e de pequeno bebedouro de passarinhos, as raspas do gelo saíam pela janela que Jim quebrou a mesma, a neve branca e macia caía do alto da janela daquela velha mansão e pousava sobre o chão e as flores, que tinham no jardim, logo na lembrança de Edward aparece Kim dançando na neve e com um belo sorriso no rosto.

Do alto da colina, a mansão de Edward liberava várias raspas de neve para todo o bairro daquela cidade, a neve caía sobre o ar e o vento empurrava ela para o bairro, a velha mansão era escura e dali a neve vinha como vários passarinhos numa manhã de primavera, Edward ficou sozinho e incompleto naquela mansão, lá ele estava protegido e sempre estava a observar o bairro de Peg, a mansão obscura prendia Edward no alto da mansão e fazia com que o jovem ficasse lá preso, incompleto, solitário e esperando por seu amor que talvez um dia, poderia voltar para viver ao seu lado para todo o sempre...

Em homenagem à Tim Burton, Johnny Deep, Winona Ryder, Vincent Price e todo o elenco de Edward Scissorhands...