Prólogo!

642 30 5
                                    

A neve branca e macia caía sobre a cidade, ela vinha do alto da montanha, onde tinha uma mansão escura e sombria no alto da colina, uma velha idosa observava a mansão e a neve vinha daquela gigantesca montanha e da casa.

— Puxe o cobertor meu amor, está fazendo muito frio! Conselhou a idosa vendo a neta com o cobertor na barriga.

— Porque está nevando vovó? De onde vem a neve? Perguntou a neta confusa e curiosa.

— É uma longa história meu amor! Disse a idosa ajeitando o cobertor no corpo da criança.

— Eu quero ouvir! Pediu a neta.

— Mas hoje não, você vai é dormir! Disse a idosa, indo se sentar na poltrona.

— Eu não estou com sono, conte por favor! Pediu a neta.

— Então está bem! Cedeu a idosa se sentando na poltrona.

— Deixe eu me lembrar, acho que tudo começou por causa das tesouras! Disse a idosa se ajeitando na poltrona.

— Tesouras? Perguntou a menina confusa.

— Bem, existem vários tipos de tesouras e uma vez existiu um homem que tinha mãos de tesoura! Disse a idosa batendo os dedos calmamente no braço de poltrona.

— Um homem? Perguntou a menina confusa e sem entender a história.

— Sim! Respondeu a idosa.

— Mãos de tesoura? Perguntou a menina novamente sem entender nada.

— Sim! Respondeu a idosa numa única palavra.

-Você sabe aquela mansão, lá no alto da montanha? Perguntou a idosa apontando em direção a mansão no alto da montanha.

— É assombrada! Respondeu à menina.

— É dele! Respondeu a idosa pousando a mão no braço da poltrona e se esquentando perto da lareira.

— Muito tempo atrás viveu um inventor lá naquela mansão e eu acho que ele inventou muitas coisas! Disse a idosa, deixando sua mente sair da casa e seguir pela rua em direção a mansão.

— E também criou um homem, deu lhe órgãos, coração, cérebro, tudo! Disse a idosa com a mente chegando perto do final da rua.

— Bem quase tudo! Sabe o inventor era muito velho e morreu antes de terminar o homem que criou, e o homem ficou sozinho, incompleto e solitário! Disse a idosa deixando sua mente começar a subir pela colina e se aproximar mais da montanha.

— Ele não tinha nome? Perguntou a menina curiosa.

— É claro que ele tinha um nome, ele chamava… Edward! Respondeu a idosa.

E do alto da mansão, o jovem Edward observa as luzes do bairro através de uma janela quebrada, os gigantescos fios de cabelo voavam com o vento do alto da gótica mansão, que estava caindo aos pedaços.

Edward Mãos De TesouraOnde histórias criam vida. Descubra agora