De volta. (Capítulo 20)

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LARIESCE GRACE
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Acordei com o alarme berrando no meu ouvido. Cass levantou se agarrou em mim e sussurrou diversas vezes o quão cansada ela estava.
Minha mãe já estava acordada, o cheiro de café se espalhou por todo quarto.

-Nem acredito. -Falei.

Cass se espreguiçou e riu.

-Nem eu... -Falou.

Terminei de ajeitar minha mochila e me certifiquei que todos os livros estavam lá. Esse semestre precisamos focar nos estudos pra conseguir uma bolsa na faculdade, ou sei lá. Eu preciso de foco, só de foco. O lado bom de dividir o quarto com outra pessoa é que não perderei tempo namorando, brigando ou com qualquer outra coisa que me distraia.
Ouvi minha mãe berrar e sai às pressas. Estava consideravelmente animada e curiosa pra saber o que mudou naquele lugar.

-Bom dia, filha. -Falou servindo o suco.

-Bom dia. -Respondi.

Minha mãe me encarava com a cara de que precisava dizer algo.

-O que foi, mãe? -Questionei.

Cass chegou logo em seguida com as bolsas.

-Bom dia, senhorita Marg! -Falou empolgada.

O humor dela pela manhã era algo incompreensível.

-Tenho boas notícias. -Falou.

Cass arregalou os olhos e parou de comer. Confesso que estava curiosíssima, mas tentei disfarçar.

-A sua mãe está morando com sua avó em Dallas. -Falou. -O bebê está bem e ela gostaria de rever você. -Completou.

Cass fechou o semblante e continuou a comer. Achei que ela ficaria feliz.
Minha mãe ficou confusa e calou-se no mesmo instante.

-Conseguiu falar com ela de que forma? -Perguntei.

-Pedi informações na polícia e consegui o telefone dela. -Falou.

Cass se levantou e retornou ao quarto. Encarei minha mãe e ela fez um sinal pra ir até a Cassie e ver o que estava rolando.

-Falei algo de errado? -Sussurrou.

Subi as escadas devagar e fui até o quarto. Cass estava choramingando na janela, meu coração ficou em pedacinhos.

-Estou confusa... Não era isso que gostaria de ouvir? -Perguntei me aproximando.

Cass secou os olhos e respirou fundo.

-Era, eu estou feliz. -Falou.

Ainda estava totalmente confusa.

-Eu só queria que pudéssemos ter autonomia, nossa própria casa, nosso próprio carro... -Falou. -Parece que tudo que tínhamos era daquele homem. -Completou.

Juro que eu queria mudar toda essa situação e ajuda-la... Mas foge tanto do meu alcance. Fiquei olhando-a atentamente.

-E eu não sei se consigo rever ela... Estou muito magoada. -Falou chorando.

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