Eu prometi para mim que seria diferente, que dessa vez tentaria entender as situações antes mesmo de agir ou falar. Prometi a mim que seria mais romântica, teria mais empatia, seria mais compreensiva e amável.
Eu sem dúvida pensei que isso construiria um relacionamento mais estável. Ingênua !
Fiz tudo isso. Fui uma das melhores pessoas (mesmo possuindo defeitos como qualquer pessoa), contornei cada problema da melhor forma possível e tentei o equilíbrio em meio ao caos. Afinal, nem sempre são mil maravilhas.
E cá estou,no auge da minha ingenuidade, sem me dá conta de que é algo a dois.
Ficha caiu!
Em uma bela noite após uma discussão por algo banal e um dia inteiro sem comunicação eu refleti:
Quando sabemos que é o momento certo pra insistir em algo?
Se a reciprocidade não está sendo servida a mesa, o que fazer?
Até que ponto é aceitável uma atitude irracional? Ou não é aceitável?
Eu penso e penso e penso...
Eu escrevo músicas ,poemas, cartas, me declaro mas ainda sim, um dedo é apontado para dizer que não é o suficiente. Falta algo!
O que ? (Eu pensei!)
Senhoras e senhores,
Merecemos palmas por sermos quem somos!
Alimentamos uma relação como uma espécie de jogo, esperamos que tudo dê certo sem se quer abrir mão de nada, nosso orgulho é de extrema importância, nosso egoísmo é como um filho e aquela velha e boa jogada do "nunca estou errado" é bizarra.
A que ponto chegamos?
Em um dia estamos de mãos dadas e no outro, nem se quer nos falamos, como estranhos.
Será que é isso?
Dos tantos ciclos criados pela vida o mais complexo são essas relações/relacionamentos.
Você segura a mão de alguém , olha nos olhos , faz amor,namora mas não sabe se amanhã ou depois essa pessoa continuará ali.
Aqueles sorrisos e abraços tão frágeis quanto porcelana.
E o que buscamos?
Eu me perguntei isso hoje.
O que eu quero?
Respeito! Essa foi a conclusão.
De forma involuntária dentro de uma relação o que importa é o respeito mútuo. Não?
Mas e o restante?
Tem muito mais que isso.
Quando penso em uma relação, penso em estabilidade. Algo bem de filme, casa, cachorros, crianças, mas estabilidade é uma palavra covarde, ela cria a ilusão de que de fato existe um estado que você possa manter como constante em sua vida. Balela!
Nenhum sentimento é estável.
Você já leu que "o amor nasce nos detalhes e pelos detalhes ele também morre"? Eu estou apenas parafraseando o escritor da frase, que é de uma realidade admirável e eu desconheço.
Infelizmente,apesar dos pesares, somos de uma época de desapego!
Uma geração sensível/egoísta.
Nada mais nos importa, já estamos habituados com as perdas,aos ciclos que se fecham e assim seguimos, céticos, narcisistas e egoístas.
Damos tão pouca importância a uma relação em potencial e na mesma proporção sonhamos e queremos um relacionamento dos sonhos. Confusos, no mínimo.
Por que ?
Porque é mais fácil pra alguns deixar para valorizar amanhã do que valorizar hoje?
E as horas vão passando e a perda não é a preocupação, mas o choro vem quando isso acontece.
Por que somos assim?
Cruéis com nossos próprios sentimentos.
Ciente das consequências permanecemos ali, parados, esperando a jogada do companheiro. E quem perde? Quem ganha?
Por que fazer do amor um jogo?
Um brinde ao amor.
Daqueles que são criados, construídos e sustentados com amor.
