4- library and coffee

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( Olá leitor(a)! Neste capítulo, não terá narração do Jungkook, mas quando houver em outro capítulo, eu aviso. Esqueci de avisar que a história se passa em uma cidade dos Estados Unidos, e nem todos os personagens são coreanos, tirando os meninos do BTS, os pais deles e outros personagens que tem sobrenome coreano.  Outra coisa: quando qualquer coisa estiver entre parênteses será uma observação minha. Boa leitura!)

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Realmente, aquele cara misterioso do auditório estava me matando de curiosidade.

Honestamente, o que ele foi fazer ali? Me espionar? Não, não é possível. Eu sou o único gay da escola inteira, bom, tirando o Taehyung, mas o Taehyung é meu amigo e ele nem sequer tinha vindo pra aula hoje. 

Ah, é, tinha esquecido de falar pra você. Taehyung é bi e ele tem crush no Yoongi, do time de basquete, mas eu acho improvável eles ficarem juntos. Yoongi sempre foi visto com um monte de garotas, e isso magoou muito meu amigo. Quando o Tae assumiu isso? Um ano depois de eu ter me assumido pra ele.

Bom, voltando para minhas paranoias, eu não faço ideia de quem estava ali e o que ele foi fazer no auditório. É provável que ele fosse fazer alguma coisa lá, já que viu que ninguém ia ocupar o auditório. 

Ah, quer saber? Dane-se. Tá me irritando já, e eu não quero me estressar. Bom, não agora.

Eu ainda estou muito triste pelo o que aconteceu mais cedo. Nem estou tão magoado assim por causa dos meus pais, mas por Jungkook. Eu realmente tinha esperanças de ter um futuro com ele, do lado dele, ainda mais  com o que aconteceu no dia de ontem.

Nossa, tão rápido assim?

É, mas o meu crush nele não é recente, nem um pouco.

Agora, já estou com a Julie, pedalando por aí, tentando tirar essa tristeza da minha cabeça. Nunca fui de ser uma pessoa triste, sou o contrário. E, agora, aquela tristeza já está se desfazendo, aos poucos mas está.

No meu telefone, eu ouvia Video Games, do The Young Professionals (Recomendo muito), para tentar me animar, e até que estava funcionando.

Um lugar que eu sempre vou no meu tempo livre quando estou sozinho é a Biblioteca da cidade. Tirando a biblioteca das escolas, essa é a única biblioteca da cidade. Normalmente, só pessoas de 22 anos pra cima costumam frequentar aquele lugar, como estudantes de faculdade, adultos e idosos. Raramente vejo um adolescente lá, é até mais frequente uma criança ir do que um adolescente.

Bom, eu preciso de um pouco de Shakespeare.

Sigo a rota para a biblioteca, ainda com a Julie me levando para lá e pra cá.

Parando pra pensar, a Julie é até mais companheira que o Tae. E ajuda mais que ele, sem hesitar.

Claro, é uma bicicleta, você deve estar pensando.

Mas não é só uma bicicleta. É a Julie, a mais linda bicicleta de todos os tempos.

Paro de pedalar quando vejo que eu havia chegado no meu destino. Enquanto deixo Julie no estacionamento de bicicletas, aproveito e vejo o horário, já era 15:25. Provavelmente minha mãe vai ligar, mas eu não vou atender. Quando leio Shakespeare é um momento sagrado e não deve ser interrompido, a não ser que algo urgente tenha acontecido.

Já com Julie no estacionamento, subo as escadas da tal biblioteca e me deparo com a cena rotineira de quando eu costumo ir para lá: silêncio das pessoas lá presentes, a bibliotecária vendo algo no computador um pouco velho e o cheiro não tão forte de café da pequena cafeteria que havia na biblioteca.

Bad Liar (JIKOOK)Onde histórias criam vida. Descubra agora