Capítulo 11 - Adeus amor (pt2)

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A ligação foi finalizada deixando Maya inquieta, mas conformada com o fato de não poder tira-la de lá naquele momento.

Maya queria as coisas da forma certa, conforme os dias iam se passando ela fazia o possível para planejar a ida de Emily para a Califórnia, sonhava com esse momento que trazia esperança e seu coração ficava em pedaços com cada ligação que Emily fazia

Toby aproveitou o tempo que ainda estavam no Texas para visita-la algumas vezes e ver como ela estava, já que Maya foi restritamente proibida de entrar ali

- Como ela está? - Maya perguntou ao vê-lo chegar

- Nada bem - Toby respondeu cabisbaixo 

Maya apenas sentou-se no sofá deixando suas lágrimas caírem e sendo amparada por Toby, assim que sessou o pranto ela levantou-se e correu para seu quarto, voltando pouco depois com outros trajes.

- Onde vai?

- Não se preocupe, eu preciso me distrair um pouco, só vou esfriar a cabeça - Ela respondeu

- Você se sente bem?

- Não, mas vou ficar - Ela soltou um suspiro pesado - Volto logo

Ela saiu deixando Toby sozinho no apartamento em que estavam dividindo. Dez horas se passaram e nem sinal da Maya, Toby já estava desesperado, Sr Hastings, o chefe dos dois, partilhava do mesmo sentimento que Toby, depois de todo o tempo de desespero Toby pôde se lembrar de um lugar onde Maya poderia ter ido.

- Emily, me diz por favor que Maya está aí com você - Toby dizia desesperado assim que a amiga atendeu

- Não está, ela me ligou há algumas horas até disse que viria aqui e depois eu não soube de mais nada, o que houve com ela, Toby?

- Emily, acharam alguém morto ali na calçada - Samara, uma das meninas do internato chamou Emily -  Dá pra ver da janela, vem

- Ela saiu fazem dez horas, disse que já voltava, eu já liguei pros pais dela, pra amigos próximos e até agora nenhuma notícia - Emily ouvia Toby dizer enquanto se aproximava da janela

- Ouvi dizer que morreu de overdose - Uma outra menina se aproximou da janela - Foi encontrada ali na calçada tem uns 30 minutos, aí a emergência chegou mas já tinha batido as botas.

- Toby... - Emily fitava a calçada incrédula, sentindo suas lágrimas caírem - Eu acabei de encontrar a Maya.

Emily perdeu completamente a noção de tudo, apenas correu para a calçada onde estava o corpo da namorada, abraçou fortemente deixando a blusa de Maya encharcada com suas lágrimas, umas das freiras do internato puxava Emily de volta, mas a morena fazia o possível para se soltar e ficar ao lado da namorada.

- Meu mundo... - Emily dizia desesperada - O que aconteceu com você?

- Senhorita? - um dos paramédicos dizia - Temos que tirar o corpo daqui.

- Por favor, - Emily implorava - Ela era o amor da minha vida, sabia? Minha última lembrança é dela sendo expulsa da minha casa pelos meus pais, eu estava meses sem vê-la, já havíamos planejado uma vida juntas e agora nem vida ela tem mais, por favor, eu só peço dez minutos.

Todos assentiram, deixando Emily despedir-se de sua amada, suas lágrimas eram impossíveis de serem controladas, Emily sentia todo o seu amor se esvair naquela calçada, ela simplesmente apertava Maya com força fazendo o possível para eternizar aquele momento, o último momento juntas, ela acariciou os cabelos de Maya e logo foi afastada por uma das freiras que a chamava mais uma vez

- Venha, querida - a irmã disse - Me desculpe, eu sinto muito.

Aquela foi a última vez que Emily a viu, implorou ao seus pais permissão para sair e pelo menos se despedir mas não a deixaram ir em seu velório, ela apenas soube, através de Toby, que o corpo de Maya entrou em choque pois já estava se acostumando a viver sem química, mas a quantidade usada naquele dia foi muita, e muitas drogas diferentes foram misturadas.

Já havia se passado um mês e Emily estava sendo levada para a enfermeira após a sua terceira tentativa de suicídio depois da morte de Maya, e pela primeira vez ela não voltaria para o seu quarto planejando a próxima, pois ali ela encontraria alguém que a faria querer ficar bem.

[...]

Já faziam quatro meses que Alison estava morando no carro com a filha, sem ter o que fazer, já não tinha mais dinheiro, nem comida, nem nada, Lilly estava ficando doente e a mãe sem opções, ela poderia ir até uma delegacia e contar que é esposa de um policial assassinado, eles protegeriam ela, mas ela viu o que Archer era capaz de fazer com policiais então isso não garantia muita coisa, poderia também ir até a Califórnia atrás de Jason, que ela não via desde o dia em que o colocou no avião, mas como chegaria na Califórnia? Não tinha gasolina para dirigir até lá, não tinha dinheiro para comprar uma passagem, tudo o que tinha era um carro, mas onde se abrigaria se vendesse o carro?

Os dias iam passando e Alison sem saber o que fazer, se ela vendesse o carro, poderia morar nas ruas da Califórnia, seria por pouco tempo pois assim que encontrasse Jason ela teria abrigo, mas e Lilly? Lilly estava doente e morar na rua apenas pioraria a situação da pequena.

09 de março de 2004, Lilly estava completando dois anos e estava respirando com fraqueza, Alison chorava para colocar em prática o plano que tinha em mente, ela precisava salvar sua filha. Estacionou o carro em frente um internato religioso, onde ensinavam boas maneiras para meninas e também cuidavam de órfãs, Lilly só precisava ficar lá por um tempo, logo sua mãe voltaria. Com a menina deitada em seu colo, tossindo pelo vento da noite fria e as gotas de chuva que caiam sobre as duas, Alison bateu na grande porta de madeira que dava uma aspecto sombrio ao lugar.

- Olá - Uma loira saiu pela porta - No que posso ajudar?

- Vocês teriam um telefone por aqui? - Alison perguntou - Meu pneu furou, não consigo ligar para meu marido pra vir nos buscar, minha filha está ficando assustada com os trovões.

- Claro, entrem. - A loira disse - Eu me chamo Samara - se apresentou

- Sou Vivian - Alison mentiu

- Vou falar com a madre você poderá usar o telefone do escritório dela. - Samara disse, saindo

- Quantos anos ela tem? - Uma noviça apareceu atrás de Alison, brincando com Lilly

- Dois - Ali respondeu

- Posso pega-la?

- Claro - Alison disse, entregando a menina.

- A madre pediu para a senhora entrar - Samara apareceu outra vez - A irmã Ester vai acompanha-la - Disse se sentando para brincar com a menina, junto com a noviça.

Alison pegou o telefone, fingiu discar um número e conversar com alguém, minutos depois agradeceu a madre e voltou ao pátio.

- Meu marido está vindo - Disse para as moças - Vou estar lá fora, sinalizando para mostrar onde estou, pois está bem difícil de enxergar com essa chuva, podem ficar com ela pra mim?

- Claro, não se preocupe - Samara respondeu

Alison pegou a filha no colo e a colocou no chão, agachou ao lado da menina e sussurrou em seu ouvido:

- Feliz aniversário, filha, eu te amo - Abraçou a pequena - Se comporta meu amor, mamãe já está voltando. - Fingiu um sorriso e saiu pela porta com suas lágrimas escorrendo.

Ela entrou no carro, respirou fundo e acelerou sem olhar para trás, sentindo parte de si ficar, assim como sentiu quatro meses antes, com Lorenzo.

O tempo foi passando e perceberam que Alison não voltaria, por cuidarem de órfãos as freiras sabiam que era comum mães abandonarem as filhas lá, mas a tática de Alison havia sido genial. Lilly não parava de tossir, o que começou a preocupar Samara que ficou encarregada de cuidar da menina, ao ver a pequena com falta de ar a loira não hesitou em, literalmente, correr para a enfermaria onde esbarrou com Emily.

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Não vou negar, já shippei Emaya e fiquei triste quando escrevi a morte dela, aff

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Dear Destiny - Emison [Concluida]Onde histórias criam vida. Descubra agora