17º

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Por sorte eu tinha pego uma das várias identidades e passaportes falsos, agora estou em um shopping pois vou comprar algumas coisas para poder sair do país, caminho até uma loja bem bonita mas alguém puxa meu braço.

- Christina? - Arquio a Sombrancelha vendo um homem com mais ou menos 45 anos me olhar como se tivesse visto um fantasma.

- Desculpe mas acho que não nos conhecemos! - Digo tentando me soltar, mas ele me aperta mais quando vejo seu rosto banhado em lágrimas me assusto.

- Filha! - Arregalo os olhos, do que ele me chamou?

- Desculpe, mas o senhor deve estar me confundindo com alguém! - Ele me abraça e eu realmente não sei o que fazer.

- Eu nunca me esqueceria desses olhos lindos, desse rosto, você é tão parecida com sua mãe! - Estava mais que confusa.

- Senhor, sem querer ser rude mas eu conheço meus pais! - Digo mas ele não se afasta.

- Não, não conhece! Eu sou seu pai, Filha! Minha filha! - Ele diz chorando e me apertando mais.

- O senhor pode me soltar por favor? Eu não o conheço e tenho certeza que está me confundindo! - Digo e ele se afasta me olhando nos olhos, ele me solta e começa a preocurar algo nos bolsos, ele tira sua carteira e depois a abre e me mostra.

- Olha! - Ele diz apreensivo, olho para foto ali e Arregalo os olhos ao ver minha mãe com um bebê no colo em uma cama de hospital, pego a carteira dele e Lágrimas começam a cair.

- Onde conseguiu essa foto? - Pergunto em choque.

- Isso foi no dia que você nasceu, eu dormir por alguns minutos e derepente você e sua mãe sumiram, não sabe o quanto eu me arrependo de ter fechado meus olhos, não sabe o quanto eu sofro todos os dias por não ter ficado acordado, não sabe o quanto eu te preocurei! Minha menina! - Ele diz secando minhas lágrimas. - Não sabe o quanto eu te amo! - Sinto tudo girar, me viro de vagar e com cuidado  eu me sento em um banco ali perto.

- Não, não é verdade! - Digo fraca, tudo estava girando e eu não conseguia parar de chorar.

- Você está passando mal? - Ele pergunta preocupado o olho e pela primeira vez o reconheço de uma foto que eu vi bem pequena, a foto estava na mão da minha mãe enquanto ela dormia e ela chamava por...

- Gregory? - Pergunto chorando, ele assente sorrindo, choro mais e o abraço, ele é mesmo meu pai? Me afasto dele com cuidado e me levanto, isso não pode estar acontecendo! começo a caminhar para fora do shopping mas ele me segura.

- Espera, onde você vai? - Ele pergunta me puxando.

- Há algum problema aqui? - um policial pergunta.

- Dylan...Dylan Ryder! - Digo fraca antes de ver tudo escurecer.

******

Acordo na cama de um quarto desconhecido por mim, me levanto rápido e vou até a porta antes que eu a abra uma senhora entra e me olha emocionada.

- Olá Christina! - Ela diz sorrindo.

- Onde eu estou? - Pergunto apreensiva, abraço minha cintura com intenção de proteger meu bebê, a mesma olha para minha barriga e sorrir.

- Você está em sua casa não se preocupe! - Ela diz sorrindo e limpando suas Lágrimas.

- Não, não estou! Essa não é minha casa! Eu quero ir embora, agora! - Digo auterada.

- Não precisa ficar nervosa, isso não é um sequestro ou algo do tipo, só estamos cuidando de você! - Ela diz normal. - Você está ofegante e auterada, acho melhor irmos um pouco para o jardim! - Ela diz abrindo a porta, saímos e ela me acompanha, descemos algumas escadas e vejo aquele homem no que parece ser o hall da casa conversando com alguém no celular, continuo acompanhando a senhora torcendo para ele não me ver.

- Fique por favor quero falar com você! - O homem diz me fazendo parar. - Nos dê licença mãe! - Ele diz e a senhora saí me deixando ali sozinha, me viro de cabeça baixa. - Desculpe por ter te trago para cá, mas eu realmente não sabia o que fazer! - Ele diz me olhando fixamente. - Você é tão parecida com sua mãe! - Ele diz desviando o olhar para o chão, ele passa as mãos pelo rosto e cabelo.

- O senhor pode devolver minhas coisas? Eu quero ir embora! - Digo fazendo ele me olhar, ele dá um passo em minha direção me fazendo encolher-me.

- Eu não vou machucar você filha! - Ele diz triste.

- Desculpe mas eu só quero ir embora! - Digo com um aperto no coração e com vontade de chorar.

- Não posso deixar você ir embora enquanto não saber o que você tem, não vou deixar você sozinha por aí doente! - Ele diz calmo.

- Eu não estou doente, só quero ir embora! - Digo desconfortável.

- Quem era o homem por quem estava chamando enquanto dormia? - Não digo nada. - É casada? - Balanço a cabeça negativamente. - Então quem é Dylan Ryder? Mandei preocurar alguém com esse nome ou sobrenome e não achei nada! - Ele diz preocupado.

- Talvez por que não seja da sua conta! - Digo rude. - Desculpe senhor, mas eu não o conheço e minha vida já tem muitos problemas, na verdade minha vida está se tornando um problema, eu não quero mais um, não quero ser um problema para o senhor então peço que me deixe ir e seguir minha vida! - Digo chorando. - Eu não posso acreditar que minha vida toda foi uma mentira! Não posso acreditar que todas as vezes que eu peguei minha mãe chorando e chamando por um homem que eu não fazia a mínima ideia de quem era, é porque ela estava sofrendo por amor! - Choro desesperadamente.

- Sua mãe sumiu sem motivo nenhum e eu acho que nunca vamos saber desse motivo se não falarmos com ela! - Ele diz triste, caio no chão chorando me lembrando do corpo frio e pálido da minha mãe naquela poça de sangue.

- Você ainda não entendeu? Não entendeu que eu só estou aqui por que não tenho mais minha mãe, não tenho mais ninguém! Minha mãe morreu! - Ele se agacha com as mãos no rosto também chorando. - Mataram ela e aquele homem que dizia ser meu pai, mataram ela e eu fiquei nas mãos de um cara nojento! - Ele me olha assustado. - Que tentou abusar de mim! Mas graças a Deus eu tive com quem contar, alguém que me protegeu e que me ama e eu o amo, mesmo sabendo que o que ele fez não foi tão grave assim serviu como desculpa para mim, ele é um homem tão bom e não merece estar preso a uma pessoa como eu! - Digo chorando, eu olhava para os lados e via tudo desmoronando, eu queria meu Dylan aqui comigo agora, mas parecia que eu não era boa o bastante para ele e isso doia pois eu o amava mais que tudo no mundo, eu não sei o que fazer, não sei mesmo.

My Baby Love! (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora