Capítulo 49

100 11 0
                                    

Nos arrumamos na casa de Dulce, a tia dela estava lá e nos maquiou com direito a cílios postiços e tudo. A medida que Maite, Ashley e Mery foram terminando suas apresentações na peça do colégio, também foram chegando na casa de Dulce e o assunto era sempre o mesmo: o beijo não técnico da minha apresentação com Alfonso, já estava ficando cansada daquele assunto, mas quando elas relatavam a cara que Belinda ficou eu voltava a me interessar.

Após a tia de Dulce terminar minha maquiagem, soltei meu coque e concertei alguns dos cachos que haviam se desfeito, coloquei o vestido, o salto e acessórios, depois passei o perfume que havia levado e me olhei no espelho, eu parecia mais adulta, mas isso não me incomodou, pelo contrário, até gostei da imagem que via, aquela garota do espelho não era alguém que Belinda humilharia de novo. Saí do banheiro e as meninas me encararam.

Dulce: Misericórdia, Any, você está querendo matar o Peri? - falou e todas riram.

Anahi: Na verdade, não é bem ele que eu estou querendo matar.

Ashley: Any, você precisa tomar cuidado com a Belinda, ela ficou furiosa com você depois que viu o beijo e ela é capaz de tudo para te prejudicar.

Anahi: Não se preocupe Ash, eu vou tomar cuidado, mas agora é uma questão de honra me vingar dela, eu quero que ela perca aquele sorrisinho sínico que ela tem.

Maite: Você não queria desistir dessa vingança, Any? Parece que essa história não está te fazendo muito bem.

Anahi: Eu queria, mas isso foi antes do que ela fez no meu aniversário, cansei de relevar as coisas que ela faz e deixá-la sair sempre impune, agora vamos até o fim. - Falei e Maite suspirou, parecendo preocupada.

Meiry: Vamos mudar de assunto, hoje é sua festa e você está uma gata! Mas vamos logo porque a aniversariante tem que estar lá para receber os convidados.

Terminamos de nos arrumar e fomos para a minha casa, quando chegamos lá, entramos e o DJ estava testando o som, o barman já cortava as frutas da batidinha e havia alguém sentado ali perto, me aproximei.

Anahi: Chegou cedo em? - brinquei.

Poncho: Sabe como é, né? Bebida e comida grátis - sorriu - também já estava morrendo de saudades da minha Ceci - falou, chegando perto de onde eu estava e pareceu parar.

Anahi: Que foi?

Poncho: Você está maravilhosa, assim é difícil ficar longe de você - se aproximou, me abraçando e me dando um beijo bem próximo ao canto da boca, sorri sem graça - feliz aniversário, estou esperando minha resposta. - sussurrou no meu ouvido e arrepiei.

Anahi: Fique à vontade - falei, tentando mudar de assunto - a peça do colégio já está terminando, daqui a pouco o pessoal chega.

Poncho: Hoje você não vai conseguir me enrolar, Anahi, nem com esse sorriso.

Anahi: Não gosto que me pressionem. - Falei e saí andando para me afastar dele.

Poncho: Eu não vou desistir, pode fugir o quanto quiser - falou, me segurando pelo braço - como eu sabia que você tentaria me enrolar, comprei esse presente para você - me entregou uma caixinha preta de veludo - se a sua resposta for sim, você só precisa colocar ela e irei saber, não abra agora, abra só quando se decidir - completou, soltando meu braço e eu não sabia o que falar.

Anahi: Eu nem sei o que te dizer, eu acho que...

Poncho: Não precisa falar nada, só pensa com carinho tá bom. - falou, beijando minha bochecha e indo cumprimentar as minhas amigas.

Fiquei um tempo ali parada tentando colocar a cabeça no lugar, não estava certo eu usar ele daquele jeito, mas eu queria muito acabar com o nariz empinado daquela garota. Por fim, coloquei a caixinha no meu quarto e voltei para a festa, tentando esquecer aquilo por um momento e aproveitar.

Primeiro Amor AyAOnde histórias criam vida. Descubra agora