Capítulo V : O coite e o Lobo ( parte I)

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  • Dedicado a Rodrigo Ponciano
                                    

Pac...Pac....Pac...ARF...ARF..

 Os pés pisavam no chão de areia vermelha ferozmente, às vezes cambaleante e outra hora pausadamente tentando retomar o fôlego. O moicano azul estava todo deformado a face do caçador estava desesperada, ele olhava direto para trás tentando vem se o perseguiam. Em sua mente as lembranças da sua fuga miraculosa voltavam como flashes. Após o garoto de cabelos negros mandar os caçadores para longe com uma grande rajada de vento, o caçador de moicano azul acabara de recobrar a consciência, enquanto os outros caçadores ainda estavam desacordados. O caçador observou que perto dele havia uma pedra pontiaguda que talvez servisse para cortar a corda que o prendia. O caçador se locomoveu com dificuldades arrastando os lombos no chão árido e pedregoso, a dor lhe subia pela nuca de uma forma dolorosa, o caçador pensou consigo mesmo que depois desse tamanho feito seria difícil sentar novamente, mas por fim chegou ao seu objetivo segurou a pedra com uma das mãos e começou a cerrar a corda que lhe prendia o pulso, uma tarefa que demorou quase até o amanhecer, o caçador ouviu uns gritos horrendos vindo da cordilheira algo que o apressou ainda mais a se desfazer das cordas que o amarravam os pés. Logo após desembaraçar as cordas que prendiam seus pés começou a correr já podia observar o sol nascente no meio do horizonte, as sombras começavam a se estender devido a cada tempo que passava, o caçador observou uma placa de madeira que dizia “Cuidado você esta chegando à cidade COVIL DOS LADRÕES”. Essa placa inspirou ainda mais o caçador que se apressara para chegar à cidade;  já podia observar os grandes muros de aço e ferro e os vigias na torre. O caçador parou em frente do grande portão de carvalho. Do alto do muro uma voz soou:

  ---- Quem vem lá?

  ---- Sou o Gaal o coite selvagem! --- gritou o caçador de moicano azul.

  ---- O Ventrículo esta a sua espera.

 Logo soou um grande estalo, os grandes portões de carvalho começavam a se abrir, dando agora para ver uma grande cidade em seu interior, havia edifícios altos, também havia muitas casas de vários tamanhos, alguns bosques e arvores seca. No começo da cidade havia três estatuas uma era de um homem vestido uma armadura grande e na cabeça usava um capacete de lobo com um corte do lado esquerdo do capacete. A outra era de um homem encapuzado com uma mascara de caveira, apenas seus olhos estavam de fora e davam  ar sombrio para a estatua.  A outra estatua era de um homem que usava uma armadura grande, seus olhos eram frios, ele também segurava uma linda espada que tocava o chão, em baixo desse estatua estava escrito: " Tolien o ultimo filho do dragão ". Mais  para frente,  o homem observou uma grande fonte onde uma estatua de uma linda mulher que segurava um jarro;  o jarro da mulher jorrava uma cascata de água, e de tempo em tempo alguns jatos de água subiam da fonte. O chão da cidade era de vários tijolos brancos, em que algumas partes eram douradas e formavam um desenho no solo. Também na entrada da cidade havia um grande arco que trazia o nome: Covil dos Ladrões. As torres se destacavam na grande cidade em cada torre havia duas sentinelas. No fim da cidade dava para ver de longe um grande edifício que parecia mais um castelo com suas torres laterais. O caçador voltou a correr, passando por vários lugares singulares;  passou por um beco escuro onde um grupo de homens mal encarados cercavam uma mulher, pulou do corpo de um homem que fora lançado da porta de um bar; socou um homem que tentava  o roubar empunhando uma faca debilmente. Cortou caminho pelas fabricas de armas, atraindo olhares de criaturas pequenas de braços e pernas musculosos e grandes pés e mãos, as criaturas estavam cobertas por uma roupa grossa e um capacete grande. Logo o caçador saiu da fabrica se esquivando de uma adaga que vinha ao seu encontro, chegando em uma viela,  o caçador saltou o muro do fim  da viela, ultrapassando o muro,  e caindo em um gramado bem aparado, mas pesados passos lhe sobrevinha ao seu encontro, o caçador voltou a correr e no seu encalço um grande cachorro com duas cabeças e dois rabos o perseguia; o estranho é que uma cabeça disputava com a outra, latindo como se fossem inimigos  mas tentavam trabalhar em conjunto para pegar o intruso. O caçador deu um salto mortal para trás, ficando de pé nas costas do grande animal, que virava as suas cabeças para morder o intruso, mas o cachorro se embaralhava resultando em uma cabeça rosnar para a outra; o caçador pisou nas cabeças do cachorro pegando impulso para ultrapassar o muro da parte de trás da casa, após ultrapassar o muro caiu bem em cima de uma mesa redonda fazendo as bebidas subirem e copos caírem e se quebrarem no chão; Gaal segurou a garrafa de bebida que subiu e deu um grande gole, atraindo olhares raivosos dos dois homens que estavam sentados nas cadeiras:

ARMAGEDOM a batalha dos últimos diasOnde histórias criam vida. Descubra agora