— Já ouviu falar em educação?
Ou é tolo demais?Ouvirá minha mãe falar do seu quarto enquanto passava para ir para o meu, a voz da mesma estava embargada, e eu podia ouvir seus soluços. Colei meu ouvido na porta, prendendo a respiração.
— ELA É MINHA FILHA JUAN! — E então quase me assustei com seu grito. — EU NÃO VOU ENTREGA-LA À VOCÊ, SEU DELIQUENTE.
Eu não podia estar ouvindo isto.
Mas estava. E não é como se eu não soubesse que ele aparecia.
Ele sempre aparecia.
E sempre deixava o que estava ruim, pior.Eu podia passar dias fingindo que não, mas sim, ele aparecia.
Mas prefiro pensar que não.
E consigo.
Mas ela não, minha mãe simplesmente se sai péssima em fingir não ligar pro meu pai, suas palavras dolorosas, e sua indiferença quanto a nós duas.— VOCÊ NÃO VAI COLOCÁ-LA NESSA VIDA. ELA NÃO É UM ROBÔ!
O aparelho foi jogado contra a parede, seguido de maus coisas que foram quebradas. Forcei a porta para frente a fazendo abrir, e observei o pior da minha mãe.
Ela estava descabelada, maquiagem borrada, se olhando no espelho, que agora quebrado, ela soluçava, e tentava passar um caco no seus pescoço.
Meus pés correram até a mesma tiram o caco de sua mão e o jogando longe. Ela pareceu cair em si, quando me olhou. De cima a baixo. Ela estava com medo. Me olhava como se fosse perder o seu único amor.
— Você não pode ir, por favor! — Ela se estirou em minha direção, me apertando contra si.
— Mãe, eu não vou te deixar ok? Eu te amo, e estou aqui, ninguém vai me tirar do seu lado, estamos juntas nessa.
Passei a mão nos seus cabelos enquanto ela se acalmava.
— Sai, por favor.
Ela disse evitando me olhar.
Assenti e sai dali.
Definitivamente meu mundo estava caindo.Eu vi a pior coisa que se poder ver em toda a minha vida, eu nunca cheguei a imaginar que coisas suicidas passavam pela mente de Elena, mas somos humanos.
Suspirei pesadamente buscando o ar, desde o acontecimento ela não saiu do sei quarto, e já são cinco e quatro da manhã, e eu posso ouvir os soluços doloridos dela.
Eu estava me segurando para não desabar também. Eu tinha que estar ali para ela.
E sim, eu estava sentada na porta da mesma, sem tirar a roupa da escola.
— Mãe, por favor.
Ela abriu a porta e eu me levantei rapidamente.
— Estou bem filha, pode dormir! — Sorriu falsamente, se não a conhecesse, iria acreditar.
— Mãe, eu te amo, e eu tô aqui.
Falei passando meus braços ao redor da mesma na tentativa de acalmar seus ânimos, ela me convenceu a voltar para o meu quarto e descansar e eu o fiz.
Chegando no mesmo levo um susto quando vejo Ethan deitado na minha cama, enquanto mexia em meus ursos, era fofo, estava tão distraído.
— O que você está fazendo aqui?
— Isso lá é maneira de tratar o amor da sua vida, Cher?
— Não amo ninguém, Ethan, não é uma boa hora.
Falei já sentindo meus olhos encherem de água, e Ethan ficou sério, se levantou e caminhou até mim, me abraçando. O que me fez desabar.
— O que foi, étoile?
Suspirei ouvindo o apelido que ele me dera, quando entramos no fundamental dois, quando ele me irritava, mas logo depois, me afastei de tudo e todos, drasticamente.
O término dos meus pais me afetou muito.
— Ela nunca o superou, ela virou um robô e eu também, temos que ser perfeitas o tempo todo, e mesmo assim, me chamam de vadia, eu não entendo! — Desabafo o apertando contra mim, ele tinha o melhor abraço do mundo. — Ele ligou pra ela falando que queria me tirar dela, ela surtou, queria se matar, e eu vi, eu entrei em pânico.
Ele passou as mãos grandes pelos meus fios, que estavam totalmente desajeitados.
— Você não precisa ser perfeita, mesmo que pra mim, você seja.
Eu observei seus olhos castanhos mel, que chamavam atenção.
— Eu vou tomar banho.
— Eu espero.
Eu me surpreendi com isto.
Mas fiquei quieta.Era bom estar com ele.
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Péssima Garota
Ficção AdolescenteCapa by: nextbye Alyssa Cooper sempre soube que tem a pior fama de todas as pessoas da cidade, e do colégio, mas como todos veem, ela parece não ligar. E talvez não ligue. Ela não era uma boa garota, ela não seguia as regras, ela não era quem pareci...