LXXV. Poder divino

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16 de Março, Terça-Feira.

PODER DIVINO | "Porque o Senhor, vosso Deus, é Deus em cima nos céus e embaixo na terra" (Josué 2:11).

PASSADO aproximadamente 9 anos desde o sonho de Nabucodonosor, ele se esqueceu do poder de Deus e deixou seu coração se inclinar aos desejos mundamos e à ambição. Então, decidiu erguer uma grande estátua completamente de ouro e obrigou a todos a adorá-la. O fato da estátua ser de ouro vai contra ao que a profecia do sonho declarava, pois no sonho apenas a cabeça era de ouro, simbolizando o poder de Babilônia. Logo, essa atitude do rei nos faz entender que o poder babilônico seria perpétuo e não temporal.

Satanás achou que iria vencer os planos de Deus ao instigar o rei a fazer a coisa errada. Ele achou que não sobraria nenhum servo para se reverenciar apenas ao verdadeiro Deus. Ellen G. White diz que "Satanás estava procurando frustrar o propósito divino em favor da raça humana. O inimigo da humanidade sabia que a verdade isenta de erro é uma força poderosa para salvar; mas que quando usada para exaltar o eu e favorecer os projetos dos homens, torna-se um poder para o mal". Mas qual o plano divino que já foi frustrado pelas artimanhas do inimigo? Não importa o tamanho da apostasia, a profecia sempre se cumprirá. Todos se reverenciaram perante àquela imagem, menos os três jovens hebreus — Sadraque, Mesaque e Abede-Nego. Eles foram denunciados por homens caldeus e, por isso, foram intimados à presença do rei.

Nesse encontro, ocorreu o ápice da fé dos jovens provando ao rei, mais uma vez, que Deus é Deus e sempre será poderoso. Nabucodonosor deu mais uma chance aos jovens para se prostrarem perante a imagem e ainda ousou duvidar de Deus em salvar os seus filhos quando disse: "E quem é o deus que vos poderá livrar das minhas mãos?" (Daniel 3:15). Os jovens negaram mais uma vez afirmando que "se o nosso Deus, a quem servimos, quer livrar-nos, ele nos livrará da fornalha de fogo ardente e das tuas mãos, ó rei. Se não, fica sabendo, ó rei, que não serviremos a teus deuses, nem adoraremos a imagem de ouro que levantaste" (Daniel 3:17-18).

Eles não temeram a sentença da fornalha de fogo, nem baixaram a cabeça mediante às ofensas e ao orgulho do rei. Satanás perdeu mais uma vez e Deus provou que sempre haverá servos fiéis ao seu nome. Mas a história não acaba aqui, pois Deus ainda tinha mais o que revelar para responder a ousada pergunta de Nabucodonosor. Ao serem jogados na fornalha, o rei observou que não havia três homens, mas sim quatro. E o quarto era "semelhante a um filho dos deuses" (Daniel 3:25). Era Jesus na sua forma redentora ao lado dos jovens fiéis. Ele desceu até o fogo para protegê-los e mostrar a toda Babilônia que somente Ele deve ser adorado e exaltado. Que quando blasmefado, não exita em responder tal calúnia.

Diariamente, somos provados e recebemos diversas oportunidades de testemunhar o poder do nosso Deus assim como os três jovens hebreus fizeram. Pode ser que não recebamos o decreto da fornalha, mas somos pressionados a assistir certas coisas que não nos convém. É quando estamos passando pelo vale que Deus se mostra soberano a nós. É quando quando caminhamos pelo deserto que Deus prova o seu poder. É na tempestade que o Senhor nos diz que é Deus em cima nos céus e em baixo na terra. Não há nada em nossa vida que possa limitar o poder de Deus, a não ser que decidamos não aceitá-Lo, mas, ainda assim, Ele sempre será Deus.

O Senhor é poderoso para te livrar do fogo, mas também é amoroso ao te permitir a provação. Porque, até mesmo quando as lágrimas são nossa companhia, Ele demonstra o seu imenso amor ao permanecer conosco. Nosso Deus nunca disse que nunca passaríamos pelo vale, mas nos prometeu que sempre estaria ao nosso lado nos amando e ajudando. "Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum, porque tu estás comigo; o teu bordão e o teu cajado me consolam" (Salmos 23:4), os jovens compreenderam isso e, quando também compreendermos e tomarmos como verdade, teremos a sensibilidade de ver a beleza do deserto. Finalmente, compreenderemos o poder do nosso Deus e saberemos que o mal sempre será vencido, porque o Cordeiro venceu todas as coisas na cruz. Muitos ainda vão caçoar da nossa fé e onde estará a sua confiança? Você abaixará sua cabeça à tentação ou exaltará o nome do verdadeiro rei mesmo que sua sentença seja de morte?

Sabemos que o fim se aproxima, que Satanás está armando contra os filhos do Deus vivo e que um dia teremos que decidir negar ou não a Cristo. Nossa resposta será tão poderosa quanto a dos jovens ou por medo você negará? A verdade "para mim, o viver é Cristo, e o morrer é lucro" (Filipenses 1:19) deve estar cravada em nosso coração para que, mesmo diante da morte, não ousemos duvidar do nosso Deus. Pode ser que morramos ou vejamos Cristo voltar, mas, por todo o sempre, Ele será eterno soberano do universo. Não duvide desse poder, nem fraqueje diante da tentação. Seja fiel e Ele não exitará em ser fiel. Esse é o nosso Deus, é aquele que abre o mar, salva do fogo, mas também permite a morte para a honra e glória do teu nome, pois "esta enfermidade não é para a morte, e sim para a glória de Deus, a fim de que o Filho de Deus seja por ela glorificado" (João 11:4).

Que o nosso viver e nosso morrer sejam um testemunho do poder divino a esse mundo caído — como escreveu Ellen G. White, "a maior necessidade do mundo é a de homens - homens que se não comprem nem se vendam; homens que no íntimo da alma sejam verdadeiros e honestos; homens que não temam chamar o pecado pelo seu nome exato; homens, cuja consciência seja tão fiel ao dever como a bússola o é ao pólo; homens que permaneçam firmes pelo que é reto, ainda que caiam os céus" — e que nossa esperança esteja ligada a promessa da breve volta de Jesus Cristo, nosso Salvador.

"Somos abatidos, mas não destruídos. Ainda há a boa obra, eu sei. Seu amor é o primeiro e o último em tudo o que farei. Somos perseguidos, mas não desamparados. Glorio-me na Sua cruz, esperança irrompe no sangue de Jesus" (Não Desanimamos - Acústico Novo Tempo), seja fiel! Testemunhe desse poder impactando todos ao seu redor e aguarde com fé o grande dia da nossa redenção!

Anaaliinaa

Anaaliinaa

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Primeiro Deus (SÓ ATÉ MAIO)Onde histórias criam vida. Descubra agora