LXXXI. Ponto de recomeço

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22 de Março, Segunda-Feira.

PONTO DE RECOMEÇO | "Logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim" (Gálatas 2:20).

QUANDO Lúcifer caiu junto com milhares de anjos e passou a se chamar Satanás, o mundo ainda não era cativo do pecado. Mas, então, veio o plano divino de criar o Éden e nele permitir que o ser humano — imagem e semelhança divina — vivesse.

O inimigo observava toda a criação sentindo o peso do seu pecado. Ele "estava espantado diante de sua nova condição. Sua felicidade havia acabado. Olhava para os anjos que, com ele, haviam sido tão felizes, mas que tinham sido expulsos do Céu em sua companhia. Antes de sua queda, nenhuma sombra de descontentamento havia nublado sua perfeita alegria. Agora, tudo parecia mudado. Os rostos que tinham refletido a imagem de seu Criador estavam melancólicos e sem esperança" (História da Redenção, Ellen G. White, p. 18). Essa era a consequência da rebelião: a infelicidade.

Satanás entendeu que se ele não seria feliz, então o ser humano também não seria, porque essa iria ser a sua vingança contra Deus. Se ele caiu, todos também cairiam. Ele tornou o seu maior objetivo frustrar os planos divinos, mas não há poder tão grande que seja capaz de desfazer a palavra de Deus. Adão e Eva foram avisados sobre a árvore do conhecimento do bem e do mal, eles receberam tudo das mãos do Criador e só precisavam obedecer a essa condição.

"Quando Adão e Eva foram colocados no belo jardim, tinham para sua felicidade tudo que pudessem desejar. Mas Deus determinou, em Seu plano onisciente, testar sua lealdade, antes que eles pudessem ser considerados eternamente fora de perigo. Eles teriam Seu favor, Ele conversaria com eles pessoalmente. Contudo, Ele não colocou o mal fora do alcance deles. Satanás tinha permissão de tentá-los. Se resistissem às tentações, ficariam no eterno favor de Deus e dos anjos celestiais" (História da Redenção, Ellen G. White, p. 18). Deus só estava pedindo uma coisa da sua criação diante da tentação: obediência. A mesma coisa que ele pede para mim e para você!

Satanás tentou e conseguiu o que queria, a queda do ser humano. Ele conseguiu, finalmente, introduzir o pecado naquele mundo perfeito. Ele conseguiu semear a discórdia e o mal no coração do homem. Com muito pesar, Deus teve que expulsar a sua criação do jardim, mas antes eles souberam o preço da desobediência. O preço seria uma vida afligida pelas tentações do inimigo, vida de árduo trabalho, uma vida sujeita a todo e qualquer tipo de sensação e uma vida agora que caminha para o fim, a morte. Porque "o salário do pecado é a morte" (Romanos 6:23). Mas ainda não era o fim. O plano divino não terminava na queda humana, era preciso resgatar o que foi criado.

Foi então que Jesus, diante do Pai, disse que viria ao mundo e daria a sua vida para que o ser humano pudesse viver eternamente outra vez. Ele se dispôs a doar a sua vida perfeita, em troca da liberdade do mundo. Porque esse era o preço. O cativeiro que fomos colocados só poderia ser destruído com uma vida e essa foi a de Jesus. Nossa liberdade tem preço de sangue e nosso valor é de uma vida. Ninguém jamais nos amará mais do que Aquele que se entregou pelo pecador. O céu, ao saber do plano da salvação, entrou em pranto.

"Os anjos se prostraram diante dEle. Ofereceram a vida. Jesus lhes disse que pela Sua morte salvaria muitos; que a vida de um anjo não poderia pagar a dívida. Unicamente Sua vida poderia ser aceita por Seu Pai como resgate pelo ser humano [...] o plano de salvação estava traçado, e Seu Pai aceitara o plano" (História da Redenção, Ellen G. White, p. 32). Ele disse que viria e veio.

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