XC. Brilhando o Eterno

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31 de Março, Quarta-Feira.

BRILHANDO O ETERNO | "Pela manhã, ao romper do dia, levantou-se o rei e foi com pressa à cova dos leões. Chegando-se ele à cova, chamou por Daniel com voz triste, disse o rei a Daniel: Daniel, servo do Deus vivo! Dar-se-ia o caso que o teu Deus, a quem tu continuamente serves, tenha podido livrar-te dos leões?" (Daniel 6:19-20).

OS Medo-Persas conquistaram Babilônia em 539 a.C e se tornaram o império mundial, assim, cumprindo a profecia do sonho da estátua de Daniel 2. Ciro, o Persa, é quem conquista o território, mas quem assume é Dario, seu tio Medo. Quando Dario assume o trono, é estabelecido o modelo de sátrapas, que consistia em 120 principais divisões do império, liderados por prefeitos e cada um desses eram subordinados à três presidentes. Um deles era Daniel, pois ele tinha se destacado diante dos olhos do rei e, posteriormente, Dario achou justo colocar Daniel como principal administrador do Império e conselheiro do rei. Tudo isso se deu, porque em Daniel se encontrava um espírito excelente (Daniel 6:1-3).

Obedecer e honrar o nome de Deus fez com que Daniel fosse reconhecido aos olhos do novo rei. Por outro lado, os outros presidentes e sátrapas tentavam encontrar algo no homem fiel que pudesse ser usado contra ele, mas a verdade é que Daniel era justo diante de Deus e dos homens, e nada podia ser encontrado de acusação nele.

Todos aqueles homens estavam cheios de ciúmes por perceberem que um judeu tinha mais poder, por um judeu nunca errar e por um judeu ter preferência diante do imperador. Na mente deles, tinha que ter alguma forma de prejudicar a Daniel, então, a saída foi usar algo contra a adoração a Deus.

Aqueles homens manipularam o rei a assinar um decreto de que qualquer pessoa que vinhesse a adorar outro deus seria condenado à cova dos leões (Daniel 6:6-9). Toda essa inveja e plano de destruição contra Daniel foi instigado por Satanás, afinal, "na conspiração assim formada tinha Satanás desempenhado importante parte. O profeta havia sido exaltado em mando do reino, e os anjos maus temiam que sua influência pudesse enfraquecer-lhes o controle sobre seus governantes. Foram essas forças satânicas que implicaram os príncipes a sentir inveja e ciúmes; foram eles que inspiraram o plano da destruição de Daniel; e os príncipes, mantendo-se aos instrumentos do mal, levaram-no à execução" (Profetas e Reis, Ellen G. White, p. 236).

Grande era o testemunho do Deus vivo em Daniel que chegou a amedontrar a hoste satânica. Grande era a fé desse homem que se fez necessário um plano para destruí-lo, a fim de que os planos malignos não fossem interrompidos. Satanás temeu a fé de Daniel e temeu ainda mais a influência dessa sobre o rei.

Quando Daniel soube do decreto decidiu não ceder a sua fé. Sua ligação com o Céu era tão forte que ele sabia que o melhor de Deus seria feito em sua vida. Que compensava muito mais ser fiel do que ousar duvidar e cair em tentação. Ele entrou em sua casa e, com as janelas abertas, orou a Deus como sempre fez. Não seria agora que o homem negaria a sua fé diante da possibilidade de morrer.

"Então, aqueles homens foram juntos, e, tendo achado a Daniel a orar e a suplicar, diante do seu Deus, se apresentaram ao rei, e, a respeito do interdito real, lhe disseram: Não assinaste um interdito que, por espaço de trinta dias, todo homem que fizesse petição a qualquer deus ou a qualquer homem e não a ti, ó rei, fosse lançado na cova dos leões? Esse Daniel, que é um dos exilados de Judá, não faz caso de ti, ó rei, nem do interdito que assinaste; antes, três vezes por dia, faz a sua oração" (Daniel 6:11-13). Foi nesse momento que Dario percebeu o plano de destruição contra Daniel.

Dario tentou salvar a Daniel até o pôr do sol, mas aqueles homens faziam questão de lembrá-lo de que um decreto assinado pelo anel do imperador não podia ser revogado. Com muito pesar, o rei teve que jogar Daniel na cova dos leões, mas, antes do feito, disse: "O teu Deus, a quem tu continuamente serves, que ele te livre" (Daniel 6:16). Essa é uma prova de que Dario tinha consciência da dimensão do poder de Deus e de que Daniel já tinha falado sobre as maravilhas feitas pelo Divino. A maior prova que Dario tinha do Deus vivo era a própria vida do seu mais fiel servo. Daniel não precisava falar muito, pois a sua vida já testemunhava o Céu e brilhava a luz da verdade.

Primeiro Deus (SÓ ATÉ MAIO)Onde histórias criam vida. Descubra agora