Carmim, tu me lembra minha amada, ela parecia com você.
O seu cheiro é doce, o dela minha querida, me hipnotizava.
Cada toque suave e prazeroso, surgia na minha mente, como o cabelo dela, que era macio, brando, que nem polpas de algodão.
O beijo era quente, mas suas mãos eram frias, criava choque no meu corpo, admito que era bom.
Era?
Sim, era.
Já dei flores pra ela, que deprimente, ela preferiu sentir o vento frio na madrugada.
Já disse que teu batom vermelho reluzente parecia uma rosa, deplorável, era cravo.
Perguntei qual era a cor que mais encantava os olhos dela, jurei que era vinho.
Mulher, mulher.
Forte e quente, leve e fria.
Amável e disforme.
Tu é tão bonita.
Mas que pena que eu, infelizmente, não consigo me apaixonar por tu, só por ela.
Jurava que a flor que ela mais admirava eram rosas formosas, enganação, era violeta, que são completamente lilás.
Não não, ela me disse, é o azul mais quente.- R.Daltro
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Valsa das palavras e outros ensaios
PoetryDe certo modo, eu admiro, sim, admiro. Admiro o modo como as palavras são encaixadas em bilhões de possibilidades. Como elas pertencem uma a outra, e ao mesmo tempo, se repelem. É adorável a interação delas, é bonito a forma que elas dançam nas f...