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Desculpem pela demora. Aquele negócio chato de provas e etc. Enjoy

Joalin Loukamaa

— Bem vinda Sunshine!

Aquelas palavras me trouxeram dúvidas. Boas vindas a que? Ele só podia ser louco. Um sádico. Um homem incapaz de expressar qualquer merda de sentimento ou mínima piedade. Estampei em meu rosto uma cara de pura falsidade e o mesmo sorriu da mesma forma fria de sempre.

Caminhando lentamente até mim ele se posiciona a minha frente.May devia ser no mínimo vinte centímetros mais alto que eu. Com a mão direita ele toca em meu rosto afagando minha bochecha. Em seguida a sua outra mão vai até minha cintura.

— Bai.... — eu ia pronunciar meu nome e o mesmo me encarou confuso. Creio que não tem consentimento que sei seu verdadeiro nome. — Senhor May eu estou com fome! — digo e o mesmo assente com a cabeça.

Ele interrompe seus toques e vai em direção a mesa, sentando em uma cadeira na ponta. Do outro lado da mesa havia outra cadeira na ponta. May faz sinal com a cabeça indicando que aquele era meu respectivo assento.

Aconchego-me na ampla cadeira de madeira acolchoada com veludo vinho. Dou-me conta que em meu copo não há vinho, e sim suco de uva. Levo o liquido a boca para confirmar e dúvida, permaneço em silêncio. Parecendo que leu minha mente, May se pronuncia.

— Você não vai beber, se é o que pensou em me perguntar — ele fala em um tom baixo e rouco.

— Por quê? — pergunto.

— Porque não te faz bem — ele disse me encarando do outro lado da mesa.

Nossos olhares se encontraram e assim revirei os olhos de modo involuntário o fazendo fechar a cara pra mim. Comecei a dar a primeira garfada. A comida era divina, levando em conta que não comia nada direito desde ontem estou completamente faminta. Percebo que o olhar do homem a minha frente é totalmente notável. Cada movimento meu era vigiado. Ele me encarava como uma presa. Ele era um lobo, a espreita de qualquer movimento falho, pronto para o ataque. Mas diferentes dos lobos... ele parecia ser sozinho, parecia não ter uma família ou qualquer vinculo de amor.

Meus pensamentos foram soltos em minha mente durante todo o jantar. O silêncio pairava em todo o cômodo. Procurei não dizer nada a não ser que ele falasse comigo.

Terminando meu jantar passei a fitar meus pés por baixo da cadeira.


— Terminou? — ele pronunciou-se.

— Sim — digo e ele me encara.

— Sim o que? — ele pergunta.

— Sim Senhor Wolfhard! — digo e ele vem ao me encontro.

Segurando em meu braço com um pouco de força sou levada novamente ao andar de cima.

Corredores e mais corredores são passados até chegarmos novamente a escada que levava ao andar dos quartos. Subo as escadas e com um pouco de pressa sou levada a porta negra novamente. May para a frente da mesma. Não toca na maçaneta ou diz uma palavra, parecia estar pensando, ou talvez apenas observando.

A mão dele gira a maçaneta abrindo o quarto dele. Eu já sabia o que iria acontecer. Eu estava com medo, assustada e nada pronta. Empaco na porta e vejo o homem adentrar o cômodo. Ao perceber que o mesmo não está sendo acompanhado por mim, May se vira me encarando.

DEAR SUNSHINE ↝ Joaley AdaptationOnde histórias criam vida. Descubra agora